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7 de fevereiro de 2020

MPF denuncia tenente-coronel da PM/RN por liderar contrabando de R$ 16 milhões


O Ministério Público Federal (MPF) denunciou quinta-feira (6/02) o tenente-coronel da PM do Rio Grande do Norte, André Luís Fernandes, como líder de uma organização criminosa (Orcrim) responsável pelo contrabando aquaviário de pelo menos R$ 16 milhões em cigarros do Paraguai para diferentes regiões do país. Entre outros onze denunciados, estão o policial militar reformado Sildaire Gregório da Silva, vulgo “Sid”, e o cabo da PM Aldenir Garcia Silva, conhecido como “Careca”.

Como nome de urna “Coronel Fernandes”, o oficial da PM disputou um mandato de deputado estadual nas eleições de 2018, pelo Partido da Mulher Brasileira (PMB). Ele foi preso em 14 de janeiro deste ano, na Operação Níquel, deflagrada pela Polícia Federal, e inserido no Sistema Penitenciário Federal.

“É o líder e comandante da organização criminosa armada, com total domínio financeiro e operacional das atividades […] Se valia do próprio efetivo policial do interior do Rio Grande do Norte para blindar sua organização e evitar que terceiros subtraíssem a mercadoria do grupo”, denunciou o MPF.

Em celular apreendido na residência do tenente-coronel, conversas em grupo no aplicativo WhatsApp, com participação dos líderes, revelaram detalhes da operação. Segundo o MPF, os integrantes “possuíam doutrina de sigilo, com alertas sobre eventual acesso por parte da polícia do conteúdo das mensagens trocadas. ”

Para se blindar de investigações, os membros da Orcrim evitavam ostentar patrimônio, se esquivavam ou corrompiam a polícia e buscavam o enfrentamento de criminosos concorrentes.

Outro integrante apontado como líder do grupo é Assaf Elias Assaf (conhecido como “Gringo” ou “Libanês”). Com base em Foz do Iguaçu/PR, ele era responsável pelo financiamento e coordenação do fornecimento de cigarros.

Os demais denunciados são: Leonardo Aparecido do Vale, Julierme Rodrigues de Souza, Thiago Bruno de Queiroz, José Raimundo Correa Moraes (“Pescada”), Tony Edson Ramos Agostinho Silva, Luciana de Souza Araújo Silva, Jardson da Silva (“Gago”) e Rameca do Nascimento Silva.

Eles devem responder pelo crime de organização criminosa armada (Art. 2º da Lei 12.850/2013), com pena de reclusão de três a oito anos, agravada pelo uso de armas de fogo e envolvimento de funcionários públicos. A pena do tenente-coronel Fernandes ainda é aumentada pelo papel de liderança da Orcrim. O grupo também é denunciado pelo crime de contrabando (Art. 334-A do Código Penal).
R$ 16 milhões em 18 meses

Dados obtidos no Inquérito Policial dão a dimensão da Orcrim: em aproximadamente 18 meses, foram movimentados mais de R$ 16 milhões, por intermédio de pessoas físicas e jurídicas. Na tentativa de recuperar uma carga roubada em alto-mar, em 2017, o grupo chegou a alugar um helicóptero. A organização contava com pessoal armado no acompanhamento de cargas, a falta de fiscalização nas rodovias e eventual apoio das forças policiais para escoar os produtos para várias cidades, como Fortaleza/CE, Natal/RN e São Paulo.

Segundo o MPF, o grupo era dividido em dois núcleos de atuação. O primeiro operacionalizava o escoamento, escolta e guarda dos produtos contrabandeados. Já o segundo núcleo realizava as operações financeiras para ocultar a origem e destino dos recursos.

A investigação – com base em interceptações telefônicas, conversas em aplicativos de mensagens e planilhas financeiras – revelou a “plena estabilidade, clara divisão de tarefas e busca de perenidade na atuação da organização criminosa, que se valia do emprego de armas de fogo, de atuação transnacional e da participação de servidores públicos. ”

A organização criminosa passou a ser investigada com o compartilhamento de provas obtidas pelo Ministério Público do Estado do RN e pela Força Nacional, no âmbito das operações “Limpidare” e “Caronte”, que apuram mais de uma centena de mortes violentas em Ceará-Mirim (RN).

A denúncia tramita na 2ª Vara da Justiça Federal no RN, sob o nº 0800675-70.2020.4.05.8400. Acesse aqui a íntegra do documento.

Sexta-feira, 07 de fevereiro, 2020 ás 12:00

6 de fevereiro de 2020

Rogério Marinho é o novo ministro do desenvolvimento regional


O presidente Jair Bolsonaro exonerou quinta-feira (6/02) Gustavo Canuto do cargo de ministro do Desenvolvimento Regional. Para o seu lugar, foi nomeado Rogério Marinho, que ocupava a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. As mudanças já constam em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

Ex-deputado federal, Marinho é filiado ao PSDB e foi um dos principais articuladores do governo na aprovação da reforma da Previdência. Ele assume a pasta que comanda os programas de habitação popular, como Minha Casa, Minha e Vida, de infraestrutura urbana e de segurança hídrica do governo federal.

Gustavo Canuto é especialista em políticas públicas e gestão governamental, carreira vinculada ao Ministério da Economia, e formado em engenharia da computação. Ele não tem filiação partidária.

Ao chegar ao Palácio da Alvorada, na tarde desta quinta-feira, Bolsonaro disse que Canuto vai assumir a presidência da DataPrev, a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência. Minutos depois, veio a confirmação oficial do porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros:

"O presidente da República decidiu, na data de hoje, nomear para a presidência da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (DataPrev), Gustavo Canuto. A DataPrev é uma empresa pública que fornece soluções em tecnologia da informação e comunicação para o aprimoramento e execução de políticas sociais do Estado brasileiro. Ela tem como principal cliente o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Gustavo Canuto é graduado em engenharia da computação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e trabalhou por seis anos na IBM. É servidor efetivo do Ministério da Economia há mais de nove anos. Foi selecionado por ser um dos melhores quadros para equlizar tecnicamente os desafios enfrentados atualmente pelo INSS. Em consequência, o senhor presidente da República, Jair Bolsonaro, nomeou Rogério Marinho para o cargo de ministro de Estado do Desenvolvimento Regional", informou.

É a quinta mudança na equipe ministerial. Desde que assumiu o cargo, Jair Bolsonaro trocou os titulares do Ministério da Educação (Ricardo Velez por Abraham Weintraub), da Secretária-geral da Presidência (Gustavo Bebianno por Floriano Peixoto e, em seguida, por Jorge Oliveira) e Secretaria de Governo (Santos Cruz por Luiz Eduardo Ramos). (ABr)

Quinta-feira, 06 de fevereiro, 2020 ás 18:18

PF deflagra operação para investigar a suspeita de desvio de R$ 50 milhões no antigo Ministério do Trabalho.



A Polícia Federal deflagrou na quinta-feira (06/02) a Operação Gaveteiro, que apura os desvios do Ministério do Trabalho. Estão sendo cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 41 de busca e apreensão no Distrito Federal, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.

Entre os alvos de busca está o ex-deputado federal e ex-ministro do Trabalho do governo Temer Ronaldo Nogueira, que hoje é presidente da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), ligada ao Ministério da Saúde. A PF chegou a pedir a prisão de Nogueira, mas ela foi negada pela Justiça.

Também são alvos de buscas o ex-deputado federal Jovahir Arantes e ex-assessor da Casa Civil do governo Bolsonaro Pablo Tatim. Tatim foi exonerado há um ano, depois que a Controladoria Geral da União publicou um relatório sobre desvios na pasta do trabalho. Ele também participou do grupo de transição do governo Bolsonaro.

A Operação Gaveteiro apura desvios do Ministério do Trabalho por meio da contratação de uma empresa da área de tecnologia. O objeto dessa contratação foi a aquisição de solução de tecnologia e licenças, voltadas a gerir sistemas informatizados da pasta e detectar fraudes na concessão de Seguro-Desemprego.

As investigações apontam que a contratação da empresa foi um meio usado pela organização criminosa para desviar, entre 2016 e 2018, mais de R$ 50 milhões do órgão. Além das prisões e buscas, a Justiça Federal também determinou o bloqueio do valor aproximado de R$ 76 milhões nas contas dos investigados. Foram concedidas ainda medidas cautelares proibindo os investigados de se ausentarem do país.

Os envolvidos responderão pelos crimes de peculato, organização criminosa, fraude à licitação, falsificação de documento particular, corrupção ativa e passiva, com penas que, se somadas, podem chegar a mais de 40 anos de prisão. (O Globo)

Quinta-feira, 06 de fevereiro, 2020 ás 11:20