A
Polícia Federal deflagrou na quinta-feira (06/02) a Operação Gaveteiro, que
apura os desvios do Ministério do Trabalho. Estão sendo cumpridos dois mandados
de prisão preventiva e 41 de busca e apreensão no Distrito Federal, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio
Grande do Norte e Rio Grande do Sul.
Entre
os alvos de busca está o ex-deputado federal e ex-ministro do Trabalho do
governo Temer Ronaldo Nogueira, que hoje é presidente da Funasa (Fundação
Nacional de Saúde), ligada ao Ministério da Saúde. A PF chegou a pedir a prisão
de Nogueira, mas ela foi negada pela Justiça.
Também
são alvos de buscas o ex-deputado federal Jovahir Arantes e ex-assessor da Casa
Civil do governo Bolsonaro Pablo Tatim. Tatim foi exonerado há um ano, depois
que a Controladoria Geral da União publicou um relatório sobre desvios na pasta
do trabalho. Ele também participou do grupo de transição do governo Bolsonaro.
A
Operação Gaveteiro apura desvios do Ministério do Trabalho por meio da
contratação de uma empresa da área de tecnologia. O objeto dessa contratação
foi a aquisição de solução de tecnologia e licenças, voltadas a gerir sistemas
informatizados da pasta e detectar fraudes na concessão de Seguro-Desemprego.
As
investigações apontam que a contratação da empresa foi um meio usado pela
organização criminosa para desviar, entre 2016 e 2018, mais de R$ 50 milhões do
órgão. Além das prisões e buscas, a Justiça Federal também determinou o
bloqueio do valor aproximado de R$ 76 milhões nas contas dos investigados.
Foram concedidas ainda medidas cautelares proibindo os investigados de se
ausentarem do país.
Os
envolvidos responderão pelos crimes de peculato, organização criminosa, fraude
à licitação, falsificação de documento particular, corrupção ativa e passiva,
com penas que, se somadas, podem chegar a mais de 40 anos de prisão. (O Globo)
Quinta-feira,
06 de fevereiro, 2020 ás 11:20
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