Segundo dados do Ministério da
Saúde, o Brasil bateu recorde de mortes por dengue, foram 1.094 vidas perdidas
em 2023.
Essas informações foram
extraídas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Comparado ao ano anterior, que
teve 1.053 óbitos, houve um aumento de 3,89% nas mortes por dengue. Já em
relação a 2015, o crescimento foi ainda maior, com um índice de 11%.
Em 2000, quando os registros
começaram a ser feitos pelo Ministério da Saúde, o país registrou apenas quatro
mortes por dengue, em três estados: Minas Gerais (2), Espírito Santo (1) e
Goiás (1). Até então, o número de mortes nunca havia ultrapassado a marca de
1.000.
Também houve um aumento
significativo nos casos de dengue. De acordo com os dados fornecidos pelo
Ministério da Saúde, houve um crescimento de 16,8% em um ano, passando de
1.420.259 infecções em 2022 para 1.658.816 em 2023.
Ao analisar toda a série
histórica, observa-se que o ano com mais casos confirmados da doença no Brasil
foi 2015, com 1.688.688 casos, seguido por 2023, com 1.658.816 casos. Já o ano
com menos casos foi 2004, com apenas 70.175 registros.
Os estados do Sudeste foram os
mais afetados em 2023. São Paulo registrou o maior número de mortes por dengue
(286), mas houve uma queda de 43,2% em comparação a 2015, quando o estado teve
504 óbitos. Exceto pelos estados do Acre, Amapá e Roraima, todos os demais
registraram mortes pela doença no ano passado.
Em relação aos casos de
infecção, Minas Gerais lidera a lista em 2023, com 408.395 casos. Os anos de
2016 e 2019 foram os mais expressivos, totalizando 522.745 e 476.916 casos,
respectivamente.
As projeções para 2024 indicam
que a região Centro-Oeste poderá enfrentar uma epidemia de dengue, devido ao
menor número de circulação do vírus nessa região. O Sudeste também tem um
alerta especial para Minas Gerais e Espírito Santo, com potencial epidêmico. O
Paraná apresenta um potencial muito alto, enquanto o Nordeste terá um aumento
nos casos, porém abaixo do limite epidêmico.
A vacina contra a dengue
A Secretaria Municipal de
Saúde de Dourados (MS) deu início à campanha de vacinação contra a dengue. A
vacina aplicada é a Qdenga, do laboratório japonês Takeda, que em outubro do
ano passado foi desprezada pelo governo Lula.
O objetivo é imunizar cerca de
150 mil pessoas entre 4 e 59 anos
A vacina Qdenga já está
disponível na rede privada de saúde, desde julho de 2023, e oferece imunidade
completa com duas doses, sendo a segunda aplicada três meses após a primeira.
Segundo a prefeitura de Dourados, o laboratório já entregou aproximadamente 90
mil doses, distribuídas para todas as unidades básicas de saúde (UBS).
Qual a eficácia da vacina
japonesa?
A eficácia geral da vacina
Qdenga alcançou 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo, após 12
meses da segunda dose. Além disso, o imunizante também reduziu as
hospitalizações em 90%. Segundo o laboratório Takeda, a imunização oferecida
pela vacina tem duração de até cinco anos.
*Com informações do O
Antagonista
Sexta-feira, 12 de janeiro 2024
às 21:28