Se não é, seja nosso novo seguidor

Cadastre-se você também, ja somos 46 brothers no Clube Vip *****

25 de abril de 2019

Bolsonaro extingue horário de verão



O Brasil não adotará mais o horário de verão a partir deste ano. O presidente Jair Bolsonaro assinou quinta-feira (25/04) decreto que extingue a medida, em cerimônia no Palácio do Planalto. A decisão foi baseada em recomendação do Ministério de Minas e Energia, que apontou pouca efetividade na economia energética, e estudos da área da saúde, sobre o quanto o horário de verão afeta o relógio biológico das pessoas.

“As conclusões foram coincidentes. O horário de pico hoje é às 15 horas e [o horário de verão] não economizava mais energia. Na saúde, mesmo sendo só uma hora, mexia com o relógio biológico das pessoas”, disse, ressaltando que não deve haver queda na produtividade dos trabalhadores nesse período.

A medida já havia sido anunciada pelo presidente no dia 5 de maio.

De acordo com o secretário de Energia Elétrica do MME, Ricardo Cyrino, a economia de energia com o horário de verão diminuiu nos últimos anos e, neste ano, estaria perto da neutralidade. “Na ótica do setor elétrico, deixamos de ter o benefício”, disse.

Cyrino afirmou que o horário de verão foi criado com o objetivo de aliviar o pico de consumo, que era em torno das 18 horas, e trazer economia de energia na medida em que a iluminação solar era aproveitada por mais tempo. “Com a evolução da tecnologia, iluminação mais eficiente, entrada de ar-condicionado – que deslocou o pico de consumo para as 15 horas – e também a substituição de chuveiros elétricos [por aquecimento solar, por exemplo], que coincidia com a iluminação pública às 18 horas, deixamos de ter a economia de energia que havia no passado e o benefício do alívio no horário de ponta, às 18 horas”, explicou.

O horário de verão foi criado em 1931 e aplicado no país em anos irregulares até 1968, quando foi revogado. A partir de 1985, foi novamente instituído e vinha sendo aplicado todos os anos, sem interrupção. Normalmente, o horário de verão começava entre os meses de outubro e novembro e ia até fevereiro do ano subsequente, quando os relógios deveriam ser adiantados em uma hora em parte do território nacional.

O secretário afirmou ainda que nos últimos 87 anos de instituição do horário de verão, por 43 anos o país ficou sem adotar a medida e que ela pode ser instituída novamente no futuro. “Tivemos muitas alternâncias. Vamos continuar fazendo avaliações anuais e nada impede que, no futuro, caso venha a ser conveniente na ótica do setor elétrico, vamos sugerir novamente a introdução do horário de verão. Por hora, ele não faz mais sentido. ”
Novos decretos

Participaram da cerimônia, no Palácio do Planalto, parlamentares que apresentaram projetos no Congresso para extinguir o horário de verão. Bolsonaro se colocou à disposição para avaliar outras proposições que possam ser colocadas em prática via decreto presidencial.

“Sabemos da dificuldade do parlamentar para aprovar uma lei ao longo de uma legislatura. Muito difícil. Agora, um decreto tem um poder enorme, como esse assinado agora. A todos os senhores, o governo está aberto a quem tiver qualquer contribuição. Em havendo o devido amparo jurídico, apresentaremos um novo decreto”, afirmou. (ABr)

Quinta-feira, 25 de abril, 2019 ás 13:17



 


24 de abril de 2019

Votação é adiada e MP da Região Metropolitana do DF deve caducar


A batalha política para a avaliação da medida provisória que cria a Região Metropolitana do DF permanece. Mesmo há poucos dias do fim do período para a avaliação do Congresso Nacional — em 14 de maio —, parlamentares decidiram adiar a votação na Comissão Mista e continuar com o debate da proposta. Com o prazo apertado, a possibilidade de a MP caducar é tida como certa pelos deputados e senadores.

Enquanto a MP não caminha no Congresso, o Governo Federal ofereceu uma alternativa para dirimir o embate e tentar satisfazer todos os envolvidos. A ideia, defendida pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), é criar um conselho para gerir a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE). A União destinaria recursos para o grupo por meio do Fundo Social. A proposta é vista como a solução mais viável por parlamentares dos estados e do DF.

A medida provisória em tramitação no Congresso foi assinada pelo ex-presidente da República Michel Temer (MDB). O texto não cria imediatamente a região metropolitana, mas faz alterações no Estatuto da Metrópole (Lei nº 13.089 de 2015) para que o DF possa fazer parte de uma ação desse tipo — o que era vedado até então.

Com a mudança, a efetiva criação de uma região metropolitana ficaria condicionada à aprovação nas assembleias legislativas de Goiás e Minas Gerais e na Câmara Legislativa do DF. O texto da MP não estabelece quais cidades participarão da iniciativa, o que também seria decidido posteriormente. A intenção, no entanto, é agrupar todos os 33 municípios pertencentes à Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride).

Divergências

Há divergências, sobretudo, entre os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), e do DF, Ibaneis Rocha (MDB). O emedebista é um dos principais defensores da proposta, que, na avaliação dele, desafogaria a situação do DF e dos municípios vizinhos.

O embate entre DF e estados se dá principalmente por questões orçamentárias. O relator José Nelto (Podemos-GO) defendia que 20% dos recursos do Fundo Constitucional do DF fossem destinados diretamente para a região. “Criar uma região metropolitana sem orçamento seria como eleger um deputado e deixá-lo sem verba de gabinete. É no mínimo fazer a política da chamada enganação”, justificou.

Parlamentares do DF se opuseram firmemente à mudança que retira parte do Fundo Constitucional do DF e afirmaram que a ideia fere a Constituição e prejudica o Distrito Federal. “Não podemos fazer dessa MP uma guerra de estados. Não podemos deixar isso prejudicar a região. Essa briga vai se estender, vai para o Plenário. Será que não seria o caso de buscar esse atendimento e fazer essa alternativa da Ride proposta pelo Governo Federal?”, defendeu o senador Izalci Lucas (PSDB).

Ao votar pelo adiamento da proposta, o deputado federal Júlio César (PRB) lamentou a situação. “Sabemos que isso é decretar o fim dessa MP, que vai caducar com certeza, mas é a única opção já que não houve compreensão da importância dessa medida e se tentou tirar recursos do Fundo Constitucional do DF.”

O secretário de Desenvolvimento da Região Metropolitana, Paulo Roriz, admite que, com o adiamento, as chances de aprovação da MP ficaram praticamente nulas. “Esse adiamento foi uma ducha de água fria nas pretensões da criação da Região Metropolitana”, avaliou. “Vimos isso com muita tristeza. Já tínhamos projetos em andamento que poderiam avançar com mais segurança para o bem de toda a região. Agora vamos ter que sentar e ver como o DF vai se posicionar”, completou.

 (Correio Brasiliense)

Quarta-feira, 24 de abril, 2019 ás 16:20