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20 de julho de 2021

CRISE NA PANDEMIA PODE AFETAR POR NOVE ANOS SALÁRIO DOS BRASILEIROS

O relatório do Banco Mundial "Emprego em Crise: Trajetória para Melhores Empregos na América Latina Pós-covid-19" alerta que os efeitos da pandemia da covid-19 podem afetar, por até nove anos, os salários dos trabalhadores médios do país. 

De acordo com o documento, a crise gerada pela pandemia vai afetar o mercado de trabalho no Brasil e na América Latina por um longo período, inclusive com efeito negativo sobre empregos e salários.

 

"No Brasil e no Equador, embora os trabalhadores com ensino superior não sofram os impactos de uma crise em termos salariais, e sofram apenas impactos de curta duração em matéria de emprego, os efeitos sobre o emprego e os salários do trabalhador médio ainda perduram nove anos após o início da crise", diz o relatório.

 

O relatório aponta que essa situação vai deixar cicatrizes, como o aumento no desemprego, na informalidade e também redução dos salários.

 

"Na região da ALC [América Latina e Caribe], as cicatrizes são mais intensas para os trabalhadores menos qualificados, sem ensino superior", diz o documento.

 

O documento foi divulgado em junho, e na manhã desta terça-feira (20) um webinário (seminário pela internet) com os autores aprofundou o diagnóstico. O documento também recomenda modificações no seguro-desemprego e maior atenção às políticas de inclusão de trabalhadores informais no mercado de trabalho, especialmente no cenário pós-pandemia.

 

"A crise econômica gerada pela pandemia da covid-19 ressaltou a importância de renovar os instrumentos de proteção social a fim de proteger a renda contra os choques canalizados por meio do mercado de trabalho, no Brasil e no mundo”, afirma o documento.

 

O relatório aponta que o seguro-desemprego acaba tendo um papel limitado na proteção social aos trabalhadores, “pois aqueles que são mais afetados pelas crises econômicas, como a causada pela pandemia, a exemplo dos trabalhadores informais e autônomos formais, são inelegíveis para receber o benefício”.

 

Em 2019, no Brasil, somente 17,7% da média mensal de trabalhadores desempregados (12,6 milhões) receberam benefícios de desemprego, podendo contar apenas com o Bolsa Família para a proteção mínima da renda, quando elegíveis.

 

O relatório também mostra que outro ponto a ser considerado é o de que o período de pagamento do seguro no país, que varia de três a cinco meses, é inferior ao de outros países comparados. Além disso, o acesso ao benefício é um pouco mais difícil no Brasil do que em outros países. Atualmente, para ter direito ao seguro-desemprego pela primeira vez é preciso ter trabalhado com carteira assinada em 12 dos últimos 18 meses anteriores ao desligamento.

 

“O alto valor do pagamento inicial dos programas de desemprego, juntamente com sua curta duração, resultam em incentivos ao uso excessivo de benefícios do desemprego, mas com um apoio abaixo do ideal, que não beneficia aqueles propensos a períodos de desemprego mais longos”, diz o relatório.

 

O relatório destaca que também faltam políticas de apoio para auxiliar os trabalhadores que estão buscando emprego de forma autônoma.

 

“Para enfrentar esses desafios, serão necessárias reformas regulatórias dos atuais benefícios de desemprego e reinvestimentos das economias para desenvolver sistemas de apoio modernos que reduzam o risco moral, mas também atendam a metade menos protegida do mercado de trabalho, para quem quase nenhuma despesa é dedicada”, defende o relatório.

 

Uma das recomendações propostas é a de que, para melhorar a cobertura do seguro-desemprego, o período de carência para elegibilidade ao primeiro pedido seja reduzido, e a exigência para pedidos subsequentes, aumentada. Outra possibilidade é de que um menor peso de contribuição poderia ser atribuído a períodos de contribuição ininterruptos.

 

O documento sugere ainda a adoção de programas de seguro-desemprego para os trabalhadores autônomos formais. Alguns desses programas já existem em países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE). Esses programas, tendem a ter critérios de elegibilidade mais rigorosos do que para os trabalhadores formais assalariados, incluindo a comprovação de falência ou fechamento involuntário da empresa. (ABr)

Terça-feira, 20 de julho, 2021 ás 19:17


 

19 de julho de 2021

ACIDENTE EM OBRA DE LINHA DE TRANSMISSÃO NO PARÁ DEIXA SETE MORTOS

Um acidente nas obras para a implantação da linha de transmissão do Projeto Novo Estado, na rodovia Transamazônica, no município de Pacajá, no Pará, deixou sete trabalhadores mortos, de acordo com nota divulgada pela Engie Brasil Energia, produtora privada de energia elétrica responsável pelo projeto. Outros 12 trabalhadores ficaram feridos, dos quais oito foram liberados e quatro estão hospitalizados.

 

O acidente ocorreu na sexta-feira (16/7). Os trabalhadores, contratados pela Sigdo Koppers Ingeniería y Construcción (SKIC), empresa especializada na execução de projetos de construção e montagem industrial de grande porte, contratada pela Engie para implantação da linha de transmissão.

 

A empresa informou que paralisou todas as atividades do projeto e que medidas de apoio aos acidentados e às famílias das vítimas foram providenciadas pela SKIC e acompanhadas pela companhia. “Uma comissão multidisciplinar está analisando as causas com o objetivo de elaborar um plano de ação e atualizar os procedimentos. A retomada das atividades ocorrerá de forma segura a gradativa”, diz a nota.

 

A SKIC informou ainda que a prioridade agora é “auxiliar as famílias que perderam seus entes queridos, acompanhar de perto o estado de saúde dos feridos e ajudar as famílias das vítimas no que for necessário”. A empresa diz ainda que está contratando a perícia técnica para investigar as causas reais do acidente e que dará todo apoio às autoridades na apuração do caso.

 

O Ministério de Minas e Energia publicou, no mesmo dia, nota de pesar lamentando o ocorrido. “Mesmo sabendo não haver palavras que possam amenizar a dor neste momento difícil, expressamos os nossos votos de superação às famílias, amigos e parceiros de trabalho”. (ABr)

 Segunda-feira, 19 de julho, 2021 ás 15:10


 

 

18 de julho de 2021

GOLPE DOS R$ 5,7 BILHÕES PARA O FUNDO ELEITORAL É UM ALERTA DE QUE DIAS PIORES AINDA VIRÃO

 

A “nova política” está por toda parte. Chegou ao poder federal com Jair Bolsonaro (“sem partido! ”) E ao governo de vários estados, como o Rio de Janeiro de Wilson Wetzel, que pelo menos já foi cassado.

 

Neste ano, os “homens novos” assumiram de vez o comando da Câmara, com Arthur Lira (PP-AL), cúmplice maior do presidente, seu premiê e regente da avacalhação nacional. Esse casamento de inconveniência acaba por gerar uma cambulhada de indignidades, tal como o golpe do fundão eleitoral.

 

Lira foi eleito com a promessa de dar poder “às bases”, ao baixo clero. Mais poder, na verdade, pois essa turma se tornou cada vez mais proeminente, predominante e poderosa com a multiplicação de partidos negocistas (a partir de 2007, também com a ajuda do STF) e com a degradação decisiva da Presidência da República.

 

Essa rebelião das massas parece agora desembestada. O aumento do fundo eleitoral de R$ 1,8 bilhão para R$ 5,7 bilhões em 2022 é apenas um sintoma, embora caríssimo (o dinheiro extra equivale a 11% do Bolsa Família).

 

A dinheirama estimula o empreendedorismo partidário e dá mais poder aos empresários das legendas de aluguel (quase todas das três dúzias), o que incentiva ainda mais a fragmentação partidária, em um efeito bola de lama.

 

Com tamanho fundão eleitoral e partidário à disposição, por que não abrir a sua franquia e até mesmo alugar a cobertura para um candidato a presidente? Pode dar rolo, com aconteceu entre o dono do PSL e os Bolsonaro. Mas isso é da vida, certo? Negócios têm algum risco, bem o sabiam os piratas que dividem butim.

 

Os parlamentares avançam sobre a definição do Orçamento como hienas, pois o fazem por meio de emendas picadinhas, obrigatórias e pouco transparentes, em vez de também redefinirem grandes prioridades de despesa. No ano que vem, essa mumunha vai continuar a julgar pelo que está escrito na Lei de Diretrizes Orçamentárias, aprovada na quinta-feira (15/7).

 

Os apaniguados de Lira também preparam uma reforma política ou eleitoral que pode perverter ainda mais o sistema partidário. Pretende-se dar uma avacalhada nas cláusulas de barreira (exigência de votação ou conquista mínima de cadeiras para que o partido tenha certas regalias).

 

Discute-se até a criação do distritão (os votos vão só para os candidatos, não para partidos), com o que as eleições parlamentares vão se tornar uma corrida de celebridades, ricos e representantes do crime (do crime não regulamentado, quer dizer, como facções e milícias).

 

O empresário partidário, porém, continuaria com o poder de alugar cômodos, ceder vaga na legenda para essa dança dos famosos eleitoral. Se ninguém prestar atenção, vai ser aprovada uma mixórdia sórdida, como era de prever com a chegada ao poder da “nova política”, esse projeto de ruína final do país.

 

O pacote de jabutis gordos que passou na lei de privatização da Eletrobrás e a palhaçada dinheirista que foi a votação do Orçamento de 2021 são outros exemplos da degradação. Não há liderança maior, poderosa e com vergonha na cara para conter a farra.

 

O governo Bolsonaro não tem projeto político e líderes para negociar um programa legislativo. Não é mesmo capaz de propor projetos com um mínimo de competência técnica e compostura —considere-se o papelucho bisonho que o ministro Paulo Guedes quis passar como “reforma do Imposto de Renda”.

 

Quanto ao Congresso, Bolsonaro apenas arrumou um Centrão para chamar de seu e evitar o impeachment. Em troca, Lira e sua turma entregam umas “reformas” mambembes e ficam à vontade para tocar a balbúrdia, para não dizer outra coisa.

*Folha

Domingo, 18 de julho, 2021 ás 12:16