Se não é, seja nosso novo seguidor

Cadastre-se você também, ja somos 46 brothers no Clube Vip *****

27 de outubro de 2015

GREVE DOS BANCÁRIOS CONTINUA NO MATO GROSSO E EM RORAIMA




Após 21 dias de paralisação, os bancários de boa parte do país voltaram ao trabalho nesta terça-feira(27). O fim da greve foi decidido em assembleias realizadas ontem por representantes regionais das categorias - apenas os trabalhadores de Roraima e Mato Grosso optaram pela continuação do movimento. A maioria dos bancários concordaram com a última proposta feita pela Federação Nacional dos Bancos de reajuste de 10% no salário e de 14% nos vales alimentação e refeição. A princípio, a categoria reivindicava um aumento de 16%.

"Os bancos quiseram se aproveitar deste período para impor um reajuste abaixo da reposição da inflação. Foi uma grande vitória, pois superamos a adversidade política, economia e a forte intransigência dos bancos", comemorou, em nota, o presidente da Contraf, Roberto von der Osten. No último sábado, a entidade orientou os sindicatos regionais a aceitarem a oferta. Segundo a Contraf, o acordo foi costurado após os bancários rejeitarem três propostas feitas pelos bancos, de reajuste de 5,5%, 7,5% e 8,75%.

Em Cuiabá (MT), será realizada hoje uma nova assembleia às 18 horas para "avaliar os resultados dos outros Estados e tirar novos encaminhamentos". Nesta segunda-feira, o presidente Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e do Ramo Financeiro-MT (Seeb-MT), José Guerra, afirmou que a proposta pode ser "melhorada", tendo em vista o lucro dos banqueiros no primeiro semestre do ano. "A proposta feita pelos bancos cobre apenas a inflação de 2014, ou seja, apenas 0,12% acima da inflação de 9,88%. Isso não significa ganho real. Além disso, não houve nas questões como mais segurança, melhores condições de trabalho e nenhum compromisso de novas contratações", afirmou.

(VEJA)

Terça-feira, 27 de outubro, 2015


26 de outubro de 2015

'TIRIRICA DA GUATEMALA' É ELEITO PRESIDENTE DO PAÍS




O comediante evangélico Jimmy Morales ganhou as eleições para a Presidência da Guatemala com um resultado histórico: ele conquistou o dobro de votos de sua rival, Sandra Torres. Com 100% das urnas contabilizadas, Morales, de 46 anos, somou um número inédito de votos na nação centro-americana, 2.749.634, totalizando 67,43% dos eleitores.

Sua rival, a ex-primeira-dama Sandra Torres, da União Nacional da Esperança (UNE), conseguiu 1.327.976 votos, totalizando 32,57%. Morales, um novato no mundo da política, surgiu após as manifestações contra a corrupção dos últimos meses. "Não fui eu que me declarei vencedor, mas o povo que o fez", disse Morales, acrescentando que irá trabalhar com uma equipe de transição para estudar os problemas econômicos do país.
segundo os dados atualizados do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) em seu site, dos mais de 7,5 milhões de guatemaltecos convocados às urnas no domingo, um total de 4.253.417 eleitores votaram, o que representa uma participação do 56,29%, com abstenção de 43,71%. Morales, que se tornou o décimo presidente da era democrática da Guatemala, tomará posse do cargo no próximo dia 14 de janeiro para um mandato de quatro anos.

Veja

Segunda-feira, 26 de outubro, 2015


24 de outubro de 2015

À ESPERA DE UM INESPERADO QUALQUER




Alguma coisa vai acontecer. Não dá para imaginar o país insosso, amorfo e inodoro diante de tanta roubalheira que vai sendo divulgada através das delações premiadas da Operação Lava Jato. Pior seria a crise social de que falou o comandante do Exército. O fato dele ter falado já acende a luz amarela no semáforo postado na Praça dos Três Poderes. Não se fala de golpe militar, é claro, mas de que as forças armadas, como mil outras entidades, associações, corporações, federações e sindicatos estão chegando ao ponto de ebulição. Como o Brasil aceitará sem reagir a esse festival explícito de assalto aos dinheiros públicos, encenado por governantes, parlamentares, políticos, altos funcionários públicos e empresários, integrantes da mais formidável quadrilha jamais formada entre nós? São minoria em suas categorias, é verdade, mas minoria tão poderosa, descarada e criminosa a ponto de ofuscar as respectivas maiorias.

A roubalheira, por si só, já seria motivo de monumental indignação, mas some-se a esse horror os efeitos da crise econômica que nos assola. Fruto, é evidente, da incompetência e das fantasias do grupo que chegou ao poder nos últimos doze anos. Diga-se, legitimamente, pelo voto. Uma evidência a mais de que nossa democracia ainda precisa de muito tempo para aprimorar-se.

O problema é que à reação nacional ao insuportável assalto aos cofres públicos, promovido por agentes do Estado, vieram somar-se flagelos sacrificando a população. Impossível aceitar sem reagir o desemprego em massa, a redução de salários e de direitos trabalhistas, o aumento de impostos, taxas e tarifas, a perda do poder aquisitivo dos salários, a deterioração dos serviços públicos, em especial educação e saúde, a escalada da violência urbana e rural, as greves atingindo categorias fundamentais do meio social, como polícias, hospitais, escolas, transportes e a infraestrutura.

Ao longo de muitas décadas de vivência e observação dos fenômenos sociais, recordo-me do primeiro. Nos idos de 1945, ainda de calças curtas, assisti da janela de um apartamento na rua do Catete, no Rio, a invasão, a depredação e o saque da Padaria Vitória, onde na véspera morrera um estudante, depois de comer um doce estragado. De forma espontânea, em protesto, a multidão destruiu não apenas aquele estabelecimento comercial, mas centenas de outros, num movimento que se espraiou do bairro do Flamengo a toda a Zona Sul e, depois, à capital federal inteira. Foram três dias de rebelião que nem a polícia nem o Exército conseguiram conter.

De lá para cá tenho registrado incontáveis explosões populares, algumas até pacíficas, outras nem tanto. Sempre motivadas pelo inconformismo da massa, ainda que detonados por um episódio inesperado qualquer.

É o que infelizmente se deve esperar agora. Uma faísca em condições de atingir o imenso barril de pólvora em que transformaram o Brasil. Depois, será modificar e recompor as instituições. Mas a que preço?

Carlos Chagas

Sábado, 24 de outubro, 2015