Após
21 dias de paralisação, os bancários de boa parte do país voltaram ao trabalho
nesta terça-feira(27). O fim da greve foi decidido em assembleias realizadas
ontem por representantes regionais das categorias - apenas os trabalhadores de
Roraima e Mato Grosso optaram pela continuação do movimento. A maioria dos
bancários concordaram com a última proposta feita pela Federação Nacional dos
Bancos de reajuste de 10% no salário e de 14% nos vales alimentação e refeição.
A princípio, a categoria reivindicava um aumento de 16%.
"Os
bancos quiseram se aproveitar deste período para impor um reajuste abaixo da
reposição da inflação. Foi uma grande vitória, pois superamos a adversidade
política, economia e a forte intransigência dos bancos", comemorou, em
nota, o presidente da Contraf, Roberto von der Osten. No último sábado, a
entidade orientou os sindicatos regionais a aceitarem a oferta. Segundo a
Contraf, o acordo foi costurado após os bancários rejeitarem três propostas
feitas pelos bancos, de reajuste de 5,5%, 7,5% e 8,75%.
Em
Cuiabá (MT), será realizada hoje uma nova assembleia às 18 horas para
"avaliar os resultados dos outros Estados e tirar novos
encaminhamentos". Nesta segunda-feira, o presidente Sindicato dos
Empregados em Estabelecimentos Bancários e do Ramo Financeiro-MT (Seeb-MT),
José Guerra, afirmou que a proposta pode ser "melhorada", tendo em
vista o lucro dos banqueiros no primeiro semestre do ano. "A proposta
feita pelos bancos cobre apenas a inflação de 2014, ou seja, apenas 0,12% acima
da inflação de 9,88%. Isso não significa ganho real. Além disso, não houve nas
questões como mais segurança, melhores condições de trabalho e nenhum
compromisso de novas contratações", afirmou.
(VEJA)
Terça-feira,
27 de outubro, 2015
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