A
greve de servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) completa dois
meses nesta sexta-feira (4) e atinge todos os estados e o Distrito Federal.
Os funcionários pedem reajuste salarial de
27,5%, a incorporação das gratificações, 30 horas de trabalho semanal para
todos os funcionários, realização de concurso público e melhoria das condições
de trabalho.
Uma
decisão liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no mês passado determinou
aos sindicatos a manutenção de 60% do efetivo trabalhando nas agências do INSS
enquanto durar a greve. O quantitativo deve ser respeitado dentro de cada
unidade do órgão, segundo nota do Ministério da Previdência Social. Números
sobre a paralisação só são informados ao STJ.
Segundo
o comando nacional de greve, 1100 agências em todo o país estão fechadas, com
adesão 85% da categoria, formada por 33 mil funcionários. Em alguns estados, os
sindicatos dizem que há um percentual maior que 90% paralisado.
Médicos
parados
Nesta
sexta-feira (4), os médicos peritos do INSS também entraram em greve. A
categoria reivindica reajuste salarial de 27,5% em duas parcelas,
reestruturação da carreira, fim da contratação de peritos terceirizados e a
garantia de 30 horas de trabalho semanais. Serão mantidos 30% do efetivo,
priorizando atendimento de idosos, pessoas com lesões graves e contribuintes
que ainda não recebem benefício.
Diretor
sindical da Associação Nacional dos Médicos Peritos, Luiz Argolo afirmou que as
condições de trabalho são “as piores possíveis” e que as agências funcionam de
forma “precária”. “Hoje há agências sem servidores, em cidades de baixa
população. Saíram pulverizando agência, não fizeram concurso e agora elas
trabalham sem realizar perícia, com baixo atendimento e sem aplicação nenhuma”.
O
que diz o INSS
Em
nota divulgada no último dia 27, o INSS afirma que, "dentre as pautas
reivindicatórias sob as quais a Autarquia possui alçada decisória, tem buscado
uma solução responsável para os pleitos de seus servidores", mas que
compete ao Ministério do Planejamtno a condução das negociações.
O
órgão esclarece que a central de atendimento está à disposição para informar a
situação do atendimento nas Agências, adotar providências de reagendamento dos
serviços e para orientar os cidadãos.
"Para
quem não for atendido em decorrência da greve, o INSS considerará a data
originalmente agendada como a data de entrada do requerimento, a partir de
quando são gerados os efeitos financeiros nos benefícios", diz o
instituto.
Como
remarcar atendimentos
As
unidades e a Central de teleatendimento 135 estão orientando quem não for
atendido quanto às providências de reagendamento. A remarcação pode ser
realizada diretamente pelo telefone 135.
GOIÁS
Segundo
o Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência (Sintfesp), 34
das 50 unidades aderiram ao movimento e continuam com atendimento parcial em
todo estado.
Atualmente,
apenas perícias medicas para acidentes de trabalho e auxílio doenças estão
sendo feitas. Os serviços mais prejudicados são os agendamentos de
aposentadoria e concessão de benefícios assistenciais. A estimativa é de que
cerca de 2,5 mil pessoas estejam ficando sem atendimento diariamente com a
paralisação.
Na
maioria das agências, apenas segurados que agendaram o atendimento por telefone
antes da greve estão recebendo atendimento.
DISTRITO FEDERAL
A
greve de servidores do INSS tem obrigado as pessoas que procuram postos do
órgão a voltarem para casa sem atendimento. O problema afeta até quem já tinha
algum serviço agendado.
Os
serviços em todas as agências da capital foram suspensos no dia 13 de julho,
uma semana depois do início da greve nacional dos funcionários do órgão. O
sindicato da categoria, Sindprev, informou que só estão sendo realizados
reagendamentos nos postos do INSS da capital.
O
INSS tem 19 agências no DF. Segundo o órgão, a maior delas, na W3 Sul, atende
cerca de 850 pessoas por dia, mas durante a paralisação está fazendo 40
atendimentos diários.
(G1)
Quinta-feira,
22 de outubro, 2015
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