Com
a proximidade do fim do ano, o presidente Michel Temer irá fazer quinta-feira(22/12),
um balanço dos seis meses de sua gestão. Orientado por auxiliares, o presidente
pretende apresentar os dados em café da manhã com a imprensa, previsto para ser
realizado no Palácio do Planalto.
Um
possível pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, ainda está em
estudo e pode ser realizado até o próximo dia 31. Segundo assessores
palacianos, no encontro com os jornalistas não há previsão de que Temer faça
anúncio de novas propostas para a área econômica.
Até
o início desta semana existia a expectativa de que o governo apresentasse
Medidas Provisórias que tratam das questões trabalhistas. Tais proposta deverão
ser apresentadas apenas no início do próximo ano. Junto com a Emenda
Constitucional que estabeleceu o teto dos gastos públicos e o projeto de
Reforma da Previdência, as mudanças nas regras trabalhistas são consideradas
como “carro chefe” do governo para tentar reaquecer a econômica e gerar novos
empregos no próximo ano.
A
decisão de se fazer o café da manhã foi tomada na tarde de terça-feira(20/12) e
o bate papo com a imprensa está no rol de iniciativas que o governo pretende
adotar, até o fim do ano, para criar uma agenda positiva em meio à crise
política e econômica. Na tarde de ontem, Temer participou do anúncio ao lado do
ministro da Educação, Mendonça Filho, do repasse de 850 milhões para ações na
área do ensino médio prevista no âmbito do Programa Nacional de Acesso ao
Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Os recursos serão divididos entre o novo
programa Médiotec e o programa de Fomento à Escola em Tempo Integral. O
primeiro receberá R$ 700 milhões e o segundo, R$ 150 milhões.
A
medida foi ofuscada, contudo, pela derrota do governo na votação do projeto da
Dívida dos Estados, realizada no plenário da Câmara. Durante as discussões da
proposta, contrariando a equipe econômica do governo, os deputados retiraram as
contrapartidas estabelecidas Estados.
Segundo
auxiliares palacianos, Temer não descarta, porém, vetar trechos do texto
aprovado e vai procurar os caminhos jurídicos para restabelecer as
contrapartidas aos entes estaduais. Nos próximos dias, a equipe técnica do
governo deve se debruçar para verificar quais serão os procedimentos que
poderão ser adotados. (AE)
Quarta-feira,
21 de dezembro de 2016
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