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23 de outubro de 2015

PGR COBRARÁ R$ 170 MIL DE PIZZOLATO POR DESPESA COM EXTRADIÇÃO, DIZ JANOT




 O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, informou em entrevista nesta sexta-feira (23) que o Ministério Público Federal vai cobrar R$ 170 mil do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no julgamento do mensalão, pelos gastos do órgão com a extradição dele da Itália para o Brasil.

O ex-diretor do BB chegou ao Brasil nesta sexta, trazido por uma equipe da Polícia Federal, e foi levado para o presídio da Papuda, em Brasília, onde ficará preso.

Segundo Janot, as despesas se referem a viagens, tradução de documentos, e três vídeos realizados na penitenciária da Papuda, em Brasília, e em dois presídios de Santa Catarina para demonstrar às autoridades italianas que Pizzolato, como cidadão italiano, teria tratamento digno nas prisões brasileiras.
 Durante a entrevista à imprensa, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, afirmou que o governo também tentará na Justiça obrigar Pizzolato a pagar 100 mil euros (R$ 439 mil), como ressarcimento pelos gastos do órgão para pagar honorários de advogados que representaram o Brasil junto à Justiça italiana no processo de extradição.

Denúncia
Além disso, o Ministério Público Federal quer apresentar denúncia contra Pizzolato junto à Justiça brasileira pelos crimes de lavagem de dinheiro, no Rio de Janeiro, e uso de documento falso em Santa Catarina.

Janot esclareceu, no entanto, que para acusar formalmente o ex-diretor do BB no Brasil, terá antes de pedir autorização da Itália, já que o país aceitou extraditá-lo, como cidadão italiano, somente para cumprir a pena referente ao mensalão.

'Dia importante'
Para Janot, esta sexta-feira, dia em que  "é um dia importante para a Justiça brasileira", ao comentar a chegada do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato ao país.

Pizzolato foi condenado no processo do mensalão do PT em 2012 a 12 anos e sete meses de cadeia. Em 2013, o ex-diretor, que tem cidadania italiana, fugiu para a Itália para não ser preso no Brasil.

“Hoje é um dia importante para a Justiça brasileira e para o MP brasileiro. Conseguimos ultimar o processo após uma longa discussão jurídica. Conseguimos vencer os obstáculos para trazer esse brasileiro condenado pelo Supremo Tribunal Federal”, afirmou o procurador-geral.

Adams e Janot ressaltaram que trata-se da primeira extradição de um cidadão italiano feita pela Itália em favor do Brasil.

“Fica muito claro para pessoas que cometem ilícitos que as decisões judiciais valem também além das fronteiras dos respectivos limites nacionais. A Justiça brasileira está apta a alcançar valores e bens fora de seu limite territorial”, afirmou Janot (PGR).

“Há uma clara resultante que é a punição. Mostra que o Brasil com suas instituições avança fortemente na modernização e na efetiva realização da aplicação de suas leis a todos os brasileiros”, completou depois Adams (AGU).

Renan Ramalho

Sexta-feira, 23 de outubro, 2015

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