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13 de janeiro de 2016

NEM UMA PALAVRA SOBRE A IMPUNIDADE



Nunca se viu sujeira igual à que escorre das delações premiadas dos últimos meses, dentro da Operação Lava Jato e adjacências. Dos delatores mais recentes, não escapa a acusação sobre nenhum presidente da República, exceção dos anos em que Itamar Franco exerceu o cargo. Os maiores beneficiados dessa operação tem sido os delatores, por sinal os formadores de quadrilha, os mais ladrões, com raras exceções. O último exemplo é o tal Cerveró. Não dá para entender porque ele e o bando dos assaltantes dos cofres públicos gozam de tantas regalias, como prisão domiciliar, férias de Natal e Ano Novo e regime prisional especial para os que ainda não se livraram das grades.

A Polícia Federal, o Ministério Público e até certas instâncias do Poder Judiciário fazem o dever de casa, mas são tantas as brechas da lei que a maioria dos meliantes sob processo situa-se em patamar especial. Oldbretches e Dirceus ainda respondem pelo mal praticado, mas no mundo político sobram acusações óbvias de crimes sem punição para os autores denunciados. Pelo contrário, eles disputam ainda maiores espaços de poder, debaixo da complacência do poder que deveria abrir investigações e puni-los.

Essa seria a primeira mudança institucional de vulto a ser promovida para o país sair do lamaçal onde se encontra. A lei precisa não apenas ser dura, mas igual para todos. Do ladrão de galinha ao assaltante e o assassino, quem respondeu a processo e foi condenado costuma sofrer as penas correspondentes. Exceção, é claro, daqueles capazes de comprar a liberdade pelo dinheiro ou a influência.

Por que, então, essa nova classe de bandidos mantém-se à margem da correnteza? Porque são eles não apenas a fazer as leis, mas a valer-se de suas brechas que há muito precisariam ter sido vedadas. Encontram-se imunes até ex-presidentes da República, atuais presidentes do Senado, na Câmara, parlamentares, ministros e ex-ministros, sem esquecer antigos e atuais governadores. Seria constrangedor citá-los, mas basta ler os jornais do dia. Enquanto a impunidade continuar encontrando espaços para manter-se e até expandir-se, continuaremos uma nação dupla: a dos que pagam e a dos que se mantém imunes.

Agora que começam a ser antecipadamente discutidas as preliminares da sucessão presidencial de 2018, com tantas especulações vãs e inconsistentes, torna-se necessário indagar porque não apareceu, até agora, um pré-candidato disposto a sustentar que lugar de ladrão – qualquer ladrão – é na  cadeia. Nenhum dos nomes sugeridos disse uma única palavra a respeito do que fazer para interromper a impunidade. Se a falha está na complacência da lei, que se mude a lei. De preferência pelo voto.

O que fará Aécio Neves se porventura eleito? Protegerá tucanos envolvidos nas tramoias do período em que Fernando Henrique governou o país? Geraldo Alckmin terá coragem para denunciar e mandar punir correligionários mergulhados em negociatas ainda hoje denunciadas em São Paulo? E José Serra, continuará preocupado em recuperar as finanças nacionais sem atingir políticos e empresários dispostos ao redor de sua candidatura? O Lula, ele mesmo arcabuzado na família e nos fiéis companheiros, permanecerá recomendando olhar o futuro e esquecer o passado? Michel Temer insistirá na proteção aos membros da quadrilha que forma ao seu lado? Ciro Gomes irá poupar líderes corruptos de seu novo partido empenhados em fazê-lo candidato? Marina Silva poupará os ambientalistas favoráveis à depredação da natureza, desde que apoiando sua nova tentativa de levá-la ao Planalto? A relação parece não ter fim, quando se chega a Jair Bolsonaro, Ronaldo Caiado e outros pretendentes que se disponham a transformar o Brasil sem transformar suas concepções. Permanecem mudos. Uma palavra que seja para extirpar a impunidade bastaria para destacá-los dos demais, mas qual deles se dispõe?

(Carlos Chagas)

Quarta-feira, 13 de janeiro, 2016

MATERIAL ESCOLAR ESTÁ 12,7% MAIS CARO




Não adiantou torcer e ter pensamento positivo. Os preços dos materiais escolares acompanharam a trajetória ascendente da maioria dos principais bens de consumo e subiram acima da inflação. Para o próximo ano letivo, pais e estudantes vão pagar por itens até 12,7% mais caros. É o que aponta pesquisa do Procon Goiás, divulgada ontem, que também mostra variação média de quase 150% entre o preço pedido pelo mesmo item em diferentes estabelecimentos e de até 850% entre itens similares, como é o caso de um apontador simples, que pode custar de 20 centavos a R$ 1,90.

Foram levantados preços de 100 dos itens mais pedidos na lista de material escolar em 19 estabelecimentos, sete deles da região central Goiânia, entre os dias 4 e 11 de janeiro. Conforme o gerente de pesquisa do Procon, Gleidson Tomás, esse ano foi escolhido fazer o trabalho nesta época pois é habitual que o comércio eleve os preços dos materiais escolares quando se aproxima o início das aulas. “Dessa forma, temos um resultado mais fiel ao que o consumidor vai encontrar nas lojas”, declarou Tomás, lembrando que a alta anual é considerável, de dois dígitos.


Para fazer a comparação fiel, o órgão apura o preço entre marcas, modelos e quantidades idênticas. Uma lapiseira de 7 mm foi encontrada de R$ 1,99 e até R$ 7,90, o que representa uma variação de 297%. Da mesma forma, um caderno capa dura espiral de dez matérias está sendo vendido de R$ 11,90 a R$ 35,95, uma variação de 202,10%. A caixa de lápis de cor foi encontrada de R$ 24,50 a R$ 39,95, variando 63,06%.

Economia

Tomás alerta que é possível economizar ao se optar por marcas menos conhecidas, que também possuem qualidade, e produtos que não são licenciados e levam a imagens de personagens de desenho, por exemplo. “Se ele optar pela marca mais conhecida pode se preparar para pagar até 176% a mais do que se não fizer tal exigência”, orienta.

Uma caixa de lápis de cor com 24 unidades de uma marca pouco conhecida sai a R$ 10,75 enquanto a da marca tradicional chega a R$ 29,70. “Quando esse produto leva a inserção de um personagem, essa variação pode chegar a 324%”, alerta.

Um apontador de plástico com depósito é encontrado a R$ 1,33, enquanto o da marca tradicional chega a R$ 3,60 e com personagem o mesmo apontador sai a R$ 5,64, uma diferença de 324% entre o menor e maior preço. “É importante que o pai, ao levar o filho durante a compra, explique essas diferenças, mostre a economia que fará ao optar pelas marcas mais simples, em uma verdadeira lição de educação financeira”, finaliza.
(O Hoje)
Quarta-feira, 13 de janeiro, 2016

12 de janeiro de 2016

O CRIME COMPENSA




É incrível como o PT, através do executivo que está em suas mãos sujas há 13 anos, esforça-se para provar que no Brasil o crime compensa. Como se não bastasse aquela lei repugnante que legaliza o dinheiro sujo guardado por criminosos no exterior escondido das autoridades competentes, como se não bastasse o absurdo corte de verbas da Polícia Federal, que precisa de recursos para passar a limpo a sujeira que inunda o país, como se não bastasse os ataques ferozes e continuados ao instituto da delação premiada que está possibilitando ao corajoso juiz Sergio Moro condenar mais de uma centena de meliantes e levantar a ponta do tapete que esconde o maior mar de lama que se tem notícia na história deste país, vem agora a honrada Presidente com esta medida provisória nº 703,  de 18 de dezembro de 2015, mais uma solene e estrondosa  bofetada na nossa cara, para livrar as empreiteiras corruptas e corruptoras de pagar por seus crimes que enojam a sociedade. E, pior do que isso, para permitir que continuem trabalhando para o governo, em obras superfaturadas que possibilitam manter aberto o propinoduto que irriga o sistema encastelado no poder através de pixulecos milionários.

Aliás, a sabedoria popular nos ensina que devemos desconfiar de pessoas que se autoproclamam honestas, como se isso fosse uma virtude e não uma obrigação...

Dilma, arrogante como sempre, vem com esse papo infantil pra boi dormir, dizendo que, em nome do interesse nacional (ou do PT?), não se deve condenar as virtuosas empresas, que tantos empregos geram, mas apenas seus executivos que praticaram “por iniciativa própria” os crimes dos quais estão sendo acusadas. Um sofisma de dar inveja aos mais célebres filósofos gregos da antiguidade, desde Protágoras de Abdera (490-421 a.C.), passando por Sócrates e outros menos votados.


Estas empreiteiras são empresas familiares que há décadas vem saqueando o erário e amealhando fortunas inimagináveis em parceria com políticos de vários matizes. São famílias de dar inveja a Don Corleone, um coitado se comparado com elas, que vem atuando há décadas, geração após geração, da mesma forma e no mesmo “setor”. É claro que o que se assiste hoje atingiu proporções surpreendentes e calamitosas, graças à ação de um partido patrimonialista que propositadamente confunde o público com o privado para sustentar seu projeto hegemônico.

Não é por menos que Modesto Carvalhosa, em brilhante artigo no Estadão, classifica mais este atentado ao pudor nacional de “A medida provisória do escárnio”.

Na verdade, o que deveríamos fazer, não sei como, é acabar com as tais medidas provisórias, sucessoras dos decretos-lei das ditaduras, desde o Estado Novo de Getúlio Vargas.

A pergunta do dia é: quanto não terá custado esta MP das empreiteiras, que é mais lucrativa do que a MP das montadoras, investigada na Operação Zelotes, e que rendeu 2,5 milhões de reais para o Lulinha, o filho caçula do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva?

Neste momento, e diante da circunstâncias, é preciso que juntemos nossa voz aos setores que estão fazendo críticas e restrições ao acordo de leniência que esta MP promove, que o deputado Raul Jungmann (PPS-PE) classifica como lei pró-corrupção.

Mas as continuadas barbaridades não param aí, nesse apoio aos “malfeitos”, como diria a Presidenta. Ainda vamos ver, daqui a pouco, os petralhas Delúbio Soares (antecessor do Ministro Edinho Silva), o multicriminoso José Dirceu (mensalão e Java Jato) que continuava ganhando fortunas operando do seu “escritório” na Papuda, e o ex-deputado João Paulo Cunha, entre outros, indultados pela Mamãe Noel do Planalto, nossa “mulher sapiens”, confirmando que no Brasil o crime compensa

Nós, que desejamos ser filhos de uma nação que nos dê orgulho, vamos continuar nossa batalha pelo impeachment, muito embora o Ministro Barroso do STF tenha jogado água fria na nossa fervura. Ficou mais difícil, mas não impossível. Isso se antes o TSE não nos der a alegria de invalidar o esbulho de 2014, baseado nas provas abundantes de injeção de recursos ilícitos que irrigaram a campanha mais cara que já aconteceu na República, e que deu origem ao mais escandaloso estelionato eleitoral já perpetrado na curta existência da nossa frágil democracia.

A verdade é simples, nua e crua: só poderemos começar a reconstrução nacional quando conseguirmos defenestrar o PT.

E assim provar que no Brasil o crime não compensa.

(Flávio Faveco Corrêa)

Terça-feira, 12 de janeiro, 2016