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25 de fevereiro de 2016

JOÃO SANTANA OS UNE




O marqueteiro João Santana e sua mulher Mônica foram parar na cadeia. Motivos não faltam. Meteram a mão, como tanta gente. A farra encenada pela Petrobras, Odebrecth, outras empreiteiras, ministros, altos e baixos funcionários, difere da performance do casal porque para eles na maior parte dos casos houve sucesso. Muitos de seus candidatos foram eleitos, a começar pelos mais ricos.

Nem por isso deveriam, Santana e mulher, ocupar a pole-position nessa corrida de horror. Nem poderiam. Porque acima deles situa-se outro poder maior e mais forte. Por mais que se dissimule e por mais que se tente ocultar sua participação, seu nome é LULA.

Impossível retirar-lhe os méritos de excepcional presidente. De imagem que mais se aproximou do conjunto que o escolheu para conduzi-la. Pelo menos no seu período inicial, dadas as expectativas e esperanças despertadas. Foi ao alcançar patamares tão altos, porém, que determinou o divisor de águas. Sem perceber ou por cair em tentação, entregou-se às facilidades do jogo do poder. Acostumou-se a ser tratado como um marajá. Em sua volta posicionou-se todo o tipo de bicões, cortesãos, aproveitadores e até bandidos. Não que ele tivesse dado o exemplo ou puxado a fila, mas era o chefe. João Santana, como antes outros seguiram o mesmo modelo.

Por mais cruel que possa ser o quadro, inexistem tintas tão verdadeiras: o país tornou-se o paraíso do crime. Quem podem passar adiante o colega do lado. Seja empresário, operário, profissional liberal, político, aluno ou professor, interessa-lhe chegar na frente, mesmo às custas de quaisquer sacrifícios de outros.

Dilma mudou muito pouco, apesar de aparências distintas. Também ela não se deixa levar por sentimentos à margem de suas concepções, ainda que contrárias à natureza das coisas. Tome-se o desemprego em massa. A elevação de impostos, taxas e tarifas. O custo de vida. A inflação.

O antecessor gerou uma sucessora diversa, mas a consequência é a mesma. João Santana os une.

(Carlos Chagas)

Quinta-feira, 25 de fevereiro, 216

24 de fevereiro de 2016

MORADORES DE RIO VERDE TÊM MAIS UMA SEMANA PARA MIGRAR PARA TV DIGITAL




Na casa da doméstica Marly Gomes Maia, moradora de Rio Verde (GO), o sinal de televisão já é digital. “Está muito bom. Até canais que não pegavam está pegando, e limpinho mesmo”, comemora. Como beneficiária do programa Minha Casa, Minha Vida, ela teve direito a pegar de graça a antena e o conversor necessários para receber o sinal digital.

O sinal analógico em Rio Verde deverá ser totalmente desligado no dia 29 de fevereiro, quando será transmitido apenas o sinal digital pelas emissoras de televisão. Na última segunda-feira (15), o sinal analógico de três emissoras já foi desligado, mas, como a meta de casas que já recebem o sinal digital ainda não foi atingida, o prazo foi ampliado para outras quatro emissoras da cidade.

Marly é uma das 12 mil pessoas de Rio Verde que já retiraram de graça os kits para a captação da TV digital na cidade. Outras 13 mil pessoas que têm direito ainda não retiraram os equipamentos. Podem retirar os equipamentos de graça os beneficiários do Bolsa Família ou inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal.

A distribuição dos kits da cidade está sendo feita pela Entidade Administradora do Processo de Redistribuição e Digitalização de Canais de TV e RTV (EAD), responsável por fornecer os equipamentos para os cadastrados do Programa Bolsa Família e no Cadastro Social e assegurar o sucesso da transição da TV aberta analógica para a fase digital. O presidente da entidade, Antônio Marteletto, explica que muitas famílias não sabem que têm direito a retirar o kit de graça.

“Muita gente não sabe que é inscrito no Cadastro Único. Sabe que faz parte de um programa social, mas não se identifica pelo Cadastro Único”, diz. Entre esses programas, estão o Minha Casa, Minha Vida, a Tarifa Social de Energia Elétrica, a Carteira do Idoso, o Telefone Popular, o Água para Todos, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, a Aposentadoria para Pessoas de Baixa Renda e programas de reforma agrária.

Inicialmente, só quem tinha direito a receber os equipamentos eram os beneficiários do Bolsa Família, mas, em Rio Verde, a distribuição foi estendida para quem é inscrito em algum dos programas sociais governo federal. Nas outras cidades, existe a perspectiva de que também sejam incluídos os inscritos no Cadastro Único.

As inscrições para receber os kits de graça podem ser feitas em Rio Verde pelo telefone 147 ou pelo site www.vocenatvdigital.com.br.  Por esses dois canais também é possível tirar dúvidas sobre a instalação e a recepção do sinal digital.

Quem não tem direito a receber os equipamentos de graça deve comprá-los para receber o sinal digital. O conversor custa entre R$ 150 e R$ 200; e a antena, em torno de R$ 50, além do serviço de um antenista, caso haja necessidade. Nos aparelhos de televisão mais modernos, não é preciso conversor, apenas uma antena. O sinal da TV Digital é geralmente transmitido em UHF, mas existem canais digitais também em VHF nas regiões metropolitanas de algumas grandes cidades.

Resistência

Marteletto explica que muitas famílias ainda resistem em mudar de tecnologia, seja por questões financeiras ou por estarem satisfeitas com a transmissão analógica. “Vivemos uma situação econômica complicada. Têm famílias com dificuldades em tomar a decisão de mudar. É complicado. Qualquer mudança tecnológica tem sempre um público que vai ficar com o serviço anterior se estiver satisfeito, então em um último momento tem que ter um pouco mais de pressão para que as pessoas tomem a iniciativa de mudar”, diz.

Rio Verde fica no Sudoeste de Goiás, a 230 quilômetros de Goiânia. A cidade foi escolhida para iniciar a digitalização do sinal de televisão no país por causa do porte, de 160 mil habitantes, da proximidade da capital federal e pelo fato de o sinal não influenciar outras cidades. Isso permite aos técnicos medir os impactos da mudança no restante do país.

Em outubro, Brasília e cidades do entorno do Distrito Federal vão fazer a transição do sinal analógico para o digital. A distribuição dos kits já começou em nove cidades do entorno: Cristalina, Luziânia, Santo Antônio do Descoberto, Valparaiso, Cidade Ocidental, Novo Gama, Formosa, Águas Lindas de Goiás e Planaltina. Nesses locais, já foram entregues cerca de 20 mil aparelhos para receber o sinal digital de TV.

(Sabrina Craide/Abr)

Quarta- feira, 24 de fevereiro, 2016

MORO DESCASCA LULA PARA PRENDÊ-LO



Vitória - Não conheço a formação acadêmica do juiz Sergio Moro, muito menos a sua predileção por livros clássicos. Nunca me ative aos seus dotes intelectuais. Passei a admirá-lo mais pela sua eficiência jurídica, coragem, valentia e, sobretudo, pelo seu empenho em passar o Brasil a limpo, o que para mim já é o bastante. Mas analisando com mais profundidade o seu trabalho à frente da Lava Jato arrisco a dizer que se trata de um leitor voraz de Nicolau Maquiavel.

Só uma pessoa com o conhecimento do escritor renascentista italiano, que escreveu sobre política de estado, teria essa sagacidade e a esperteza para destroçar o Partido dos Trabalhadores. Para isso, ele age com sobriedade e adota um estratagema de forma a não permitir que as suas decisões sejam contestadas pelos tribunais superiores, a exemplo do STF e do STJ. Moro descasca lentamente a personalidade política de Lula e desnuda com precisão a fanfarronice do ex-presidente, mostrando-o à sociedade como um farsante, cúmplice do maior escândalo da história do Brasil.

Sergio Moro aprendeu tudo com Maquiavel, certamente devorando o Príncipe, seu livro mais conhecido. Aprendeu, inclusive, a atacar seu alvo no momento certo com precisão cirúrgica para manter a sua caça na toca. Veja: ele descama a popularidade do Lula desde que começaram as investigações da Lava Jato, encurralando-o no canto do ringue sem deixar soar o gongo salvador. Hoje, não se sabe de quem é a maior rejeição se do seu partido, o PT, ou a dele, o que abre caminho para o bote final de Sergio Moro ao chegar mais próximo da intimidade de Lula com os empresários e lobistas que roubaram a Petrobrás.

Moro foi envolvendo Lula na Lava Jato a conta-gotas com a colaboração dos delatores que o deixaram na vitrine da corrupção. Não se precipitou, como bom estrategista, em chamá-lo para depor antes de ter em seu poder confissões de investigados que o colocava na cena do crime como um personagem influente da trama da corrupção.  Trabalhou com paciência, como um exímio enxadrista, para acuar o ex-presidente até o xeque-mate que se aproxima com a movimentação cuidadosa das peças no tabuleiro.

Lula detém hoje uma rejeição de mais de 55%, segundo o Ibope, índice que o coloca praticamente fora do páreo presidencial em 2018.  O seu partido, o PT, carrega a pesada cruz da corrupção e certamente nas eleições municipais deste ano vai experimentar o porrete do eleitor. O ex-presidente se mantém na mídia diariamente como o sujeito que “não sabe nada”, que vive às custas dos “amigos” e que tem as suas despesas pagas por um colegiado de empresários corruptos e condenados, muitos na cadeia como Leo Pinheiro, da OAS, e Marcelo Odebrecht.

Com a imagem abalada, lambida pela Lava Jato, Lula ainda conta com o suporte do “Exército Vermelho” do Stédile e de alguns pelegos da centrais sindicais que no momento oportuno deverão ser contidos pela própria sociedade. Da Câmara e do Senado vem a resposta a sua maldição com a redução da bancada de deputados e senadores, que fogem do PT como o diabo da cruz. E, agora, para seu desespero, vai ter que torcer para que João Santana não bote a boca no trombone como fez Duda Mendonça ao depor na CPI do mensalão.

É assim que o juiz Sergio Moro está montando o quebra-cabeça do maior escândalo da história do país, organizando o jogo de xadrez com inteligência e a paciência de um monge. A prisão de Lula, se vier a ocorrer, será apenas o coroamento dessa operação incansável dos nossos Eliot Ness. Com a imagem deteriorada, Moro não acredita que o povo proteste nas ruas contra a prisão de Lula no desfecho da operação.

Ao STF e a STJ não resta outra alternativa que não seja a de aplaudir Sergio Moro, o magistrado que veste à Justiça com uma nova toga, a da dignidade.

(Jorge Oliveira)

Quarta-feira, 24 de fevereiro, 2016