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1 de março de 2016

RIO VERDE É A PRIMEIRA CIDADE DO PAÍS A TER SOMENTE O SINAL DE TV DIGITAL




 O ministro das Comunicações André Figueiredo participou do encerramento da transmissão do sinal analógico de televisão, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás, na tarde desta terça-feira (1º). Com isso, a cidade passou a ser a primeira do país a ter exclusivamente a TV digital.

Segundo o ministro, esse é o quarto marco da história da televisão no país. “A TV surgiu como um marco na história da sociedade, nos anos 1960. Em 1972 viveu o segundo marco, com a televisão a cores. Em 2007 viveu o início da TV Digital em paralelo. E agora vive o início do desligamento do sinal analógico, uma evolução da tecnologia que faz parte da história dos brasileiros”, afirmou.
O encerramento das transmissões de sinal analógico aconteceu na sede TV Anhanguera, afiliada da Rede Globo em Goiás. A emissora é a primeira a transmitir todo o conteúdo exclusivamente por sinal digital em Rio Verde.

O presidente do Grupo Jaime Câmara, Cristiano Câmara, afirmou que a participação da TV Anhanguera neste processo "revela o pioneirismo da emissora".

“Eu sou a terceira geração de uma família dedicada à radiodifusão e ao jornalismo. Para nós, que fomos uma das primeiras emissoras a se tornar digital, em 2008, é muito gratificante participar desse momento tão importante para a história da TV, de Rio Verde e do país”, considerou Câmara.

O ministro André Figueiredo destacou, ainda, que a transição só foi possível através da mobilização feita junto à população. “Nós acompanhamos o envolvimento e o sentimento de orgulho da população da cidade em ser pioneira no desligamento do sinal analógico”, ressaltou Figueiredo.
Casas habilitadas

Para encerrar as transmissões de sinal analógico em Rio Verde, foi estipulado pelo Ministério das Comunicações a meta de 93% de casas adaptadas para receber o sinal de TV Digital. No entanto o desligamento aconteceu com 85% das residências habilitadas à tecnologia. Para o ministro, encerrar o sinal analógico abaixo da meta estabelecida foi um consenso que levou em conta as particularidades do município.

O presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Pimentel Slaviero, também participou do encerramento do sinal analógico e considerou que, com a transição para a TV Digital oficializada, quem ainda não se adaptou para receber o sinal deve se organizar a partir desta terça-feira.

“Nós esperamos que nas próximas semanas, já com sinal encerrado, as pessoas que ainda não tem o conversor e antena possam se organizar para poder ter acesso à televisão gratuita de qualidade e em alta definição”, disse Slaviero.

Com o encerramento da transmissão, quem ligar a TV no canal analógico verá, nos próximos dias a mensagem: “O Ministério das Comunicações e Anatel informam que a transmissão analógica deste canal foi interrompida. Assista à mesma programação no canal digital de Rio Verde. Em caso de dúvidas, acesse vocenatvdigital.com.br ou ligue 147”.

O comunicado, segundo o ministro, tem o objetivo de dar informações para o telespectador sobre a transição. “Acreditamos que a campanha da mudança para a TV digital foi bastante ampla e propagada por todas as emissoras envolvidas no processo. Provavelmente, ninguém vai ser pego de surpresa com a mensagem”, afirmou o ministro.

Marco

Os moradores estão orgulhosos pelo marco histórico para a cidade. A aposentada Maria de Lourdes Dias, de 72 anos, diz que jamais imaginava que ia viver um momento da tecnologia como este ao lado das filhas, do neto e do esposo.

"A gente que gosta tanto de assistir televisão, acha muito bom. Eu que sempre gostei de assistir novela, tenho nem palavras pra uma imagem tão bonita e clara, parece que a gente tá vendo os artistas de perto mesmo, do tanto que é boa a imagem da TV Digital", disse a aposentada.

A data do encerramento já havia sido adiada, já que para fazer o encerramento do sinal analógico, conforme o ministro, era necessário que ao menos 93% das casas estivessem prontas para receber o sinal.

O instalador de antenas Danilo Alves, de 30 anos, diz que a população da cidade estava bastante mobilizada para receber o sinal digital. Ele afirma que por mês instala mais de 100 antenas. "É uma revolução isso, a gente que mora aqui em Rio Verde acha bom viver isso, ser a primeira cidade a ter a maioria da população vivendo essa experiência de tecnologia tão boa", afirma o antenista.

Ele considera que, ao longo do tempo, com o desenvolvimento tecnológico, aumentou a qualidade diretamente proporcional à simplicidade dos equipamentos.

"A gente percebe isso no tamanho e espessura das TVs, por exemplo. Uma televisão moderna é mais fina, mais leve e basta uma antena pra poder receber o sinal digital. Já as mais antigas, de tubo, precisam de um conversor, mas que também é de simples instalação", ponderou.
Distribuição de conversores
Os moradores de Rio Verde presentes no Cadastro Único, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) puderam receber gratuitamente kits com conversor e antena para receber o sinal TV Digital em modelos mais antigos de televisão.

A distribuição dos kits foi feita em duas etapas. A dona de casa Dirce Maria Martins foi uma das beneficiárias do programa e comemora a mudança, já que, segundo ela, a TV analógica da casa dela não está com a imagem boa. “Fica escura, cheia de chuvisco, quase não dá pra ver as pessoas direito”, afirma.

Quase 17 mil pessoas têm o direito de receber o kit digital em Rio Verde. A primeira fase durou cerca de três meses e foi exclusiva para beneficiários do Programa Bolsa Família, que continuam recebendo os aparelhos. A segunda etapa começou no dia 15 de janeiro.

Coordenadora do ponto de distribuição na cidade, Fernanda Borges afirma que todas as pessoas cadastradas têm o direito de receber os equipamentos. “Todas as pessoas cadastradas no cadastro único, ou seja, quem recebe Bolsa Família, Renda Cidadã, Minha Casa Minha Vida, têm o direito”, afirma.

Segundo ela, para buscar os aparelhos no ponto de distribuição é necessário se cadastrar pelo telefone 147 ou por meio do site da campanha. (G1)

Terça-feira, 1º de Março, 2016


29 de fevereiro de 2016

VIOLÊNCIA QUE ASSOMBRA




A morte da estudante Nathália Araújo Zucatelli nos deixa perplexos e inseguros porque a violência chegou a todos os cantos de Goiânia, de Goiás e do Brasil. Os números de homicídios em nosso país são estarrecedores. Em Goiânia e Goiás, a situação é ainda mais alarmante do que a média nacional. Ninguém tem paz. Nós, pais, além da própria segurança, vivemos o pesadelo de não saber se nossos filhos estarão vivos amanhã, porque não há mais local seguro.

Dados da 5ª edição do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), divulgado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República em janeiro do ano passado, mostram que Goiás ficou na 7ª posição do ranking, que reúne dados de 26 estados brasileiros e do Distrito Federal. Segundo o estudo, em 2012, o estado teve índice de 4,82 mortes para cada mil adolescentes.

O IHA estima o risco de adolescentes de 12 anos a 19 anos serem assassinados antes de completarem seu 19º aniversário nos municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes. No levantamento sobre as capitais,Goiânia aparece na 10ª posição, com IHA de 3,84.

Além da capital, ainda de acordo com o estudo, três cidades localizadas no Entorno do Distrito Federal registram incidência elevada de violência letal contra menores, com IHA acima de 6. São elas: Águas Lindas de Goiás, Valparaíso de Goiás e Luziânia. Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital; Rio Verde, no sudoeste do estado e Formosa, também no Entorno do DF, figuram com índices na faixa do IHA entre 4 e 6.
Outro estudo, divulgado há um mês, feito pelo Conselho Cidadão para a Segurança Pública e a Justiça Penal, uma organização não governamental mexicana, apontou que Goiânia e Aparecida de Goiânia estão entre as 30 cidades mais violentas do mundo em 2015.

Veja, caro leitor, uma pesquisa internacional aponta Goiânia como uma das cidade mais violentas do mundo. Neste caso, a lista leva em consideração o número de homicídios por 100 mil habitantes e inclui apenas as cidades com 300 mil habitantes ou mais, excluindo ainda as regiões que vivem em “conflitos bélicos abertos”, como, por exemplo, a Síria e o Iraque.

No ranking mundial de violência da ONG mexicana, Goiânia e Aparecida de Goiânia ocupam a 29ª posição, com o mesmo índice: 43,38 homicídios por cada 100 mil habitantes. Caracas, capital da Venezuela, é a cidade mais violenta segundo a lista, com 119,87 homicídios por 100 mil habitantes.
O Brasil é o país com mais cidades inclusas no ranking. Das 50 primeiras da lista, 21 cidades são brasileiras. No país, Fortaleza, capital do Ceará, lidera, com 60,77 homicídios por cada 100 mil habitantes. No mundo, a capital cearense ocupa a 12ª posição.

Portanto, os números são claros, não deixam margens para dúvidas, vivemos uma epidemia de homicídios e nossos jovens e adolescentes são as principais vítimas dessa violência que precisa ser contida. Precisamos enfrentar urgentemente as causas desse banho de sangue a que todos estamos expostos.

O poder público precisa reagir, nós, cidadãos, pais, adolescentes, precisamos unir forças para cobrar mais verba para a segurança pública e mudanças nas leis para manter os criminosos na prisão.
Não podemos assistir, passíveis, mais Nathalias sendo mortas.

(Pedro Azulão Júnior, vereador em Goiânia pelo PSB)

Segunda-feira, 29 de fevereiro, 2016

28 de fevereiro de 2016

SAUDADE DA IMPUNIDADE


A presunção de inocência à brasileira vai até onde se puder pagar advogados para impetrarem recursos até os crimes prescreverem

Sou filho, neto e bisneto de advogados e juízes, na nossa família sempre se levou a Justiça muito a sério. Por isso, vibrei com a recente decisão do STF de mandar para a prisão os réus já condenados em segunda instância por decisão colegiada, como acontece na França e nos Estados Unidos. E fiquei chocado, e depois ri, com a “Carta aos jovens criminalistas” assinada por nove ilustres causídicos brasileiros, comparando o atual Judiciário à ditadura, que “em vários aspectos era melhor do que hoje no Brasil”.

Leiam! No palavreado rebuscado, exaltado e antiquado, sente-se o aroma nostálgico de tempos heroicos em que eram jovens e defendiam presos políticos de graça, mas agora falam como alguns dos melhores e, com toda a justiça, mais bem pagos advogados de alguns dos réus mais ricos do Brasil. Eles não estão com saudade da ditadura, mas da impunidade ameaçada.

Para os velhos criminalistas, a nova jurisprudência atenta contra o princípio constitucional da inocência, mas a atual presunção de inocência à brasileira vai até onde se puder pagar advogados para impetrarem incontáveis recursos, até os crimes prescreverem. Se o “garantismo” é só para o réu, quem garante os direitos da sociedade?

Em tese, as atuais liberalidades processuais foram criadas como a antítese da legislação repressiva da ditadura, mas exageraram na dose, e elas foram tão deturpadas para servir aos piores interesses, que chegou a hora da síntese democrática, sob o princípio dos princípios constitucionais: todos são iguais perante a lei.

O ministro Joaquim Barbosa já se enfureceu com um processo com 62 recursos. O ex-senador Luiz Estevão, um dos mais notórios e ricos ladrões públicos, condenado em todas as instâncias que a frouxidão da presunção de inocência e os truques processuais dos advogados permitem, graças a 32 recursos, continua solto. Não há advogado digno do nome que não se envergonhe disso.

Mas os jovens criminalistas podem ficar tranquilos, vão ter muito trabalho no Brasil pós-Lava-Jato. Mas entre eles não estará impetrar infinitos recursos para livrar criminosos ricos da cadeia, como faziam velhos chicaneiros.

 (Nelson Motta)

Domingo, 28 de fevereiro, 2016