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13 de abril de 2017

AGÊNCIAS DA CAIXA ABREM MAIS CEDO NESTA QUINTA-FEIRA PARA SAQUE DO FGTS




Agências da Caixa Econômica Federal abrem duas horas mais cedo hoje (13) para atendimento relativo às contas inativas de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O atendimento, das 9h às 15h, que já estava previsto para alguns sábados, ocorrerá também nesta quinta-feira, em 1.305 agências.

Segundo a Caixa, a abertura de forma antecipada ocorrerá em razão do fluxo de atendimento acima do esperado em algumas regiões do país. A lista com as agências pode ser consultada na internet. Nos locais em que os bancos abrem às 9h, a Caixa atenderá a partir das 8h e o fechamento será às 16h.

Os saques das contas inativas do FGTS foram anunciados no final do ano passado. No total, a liberação abrange 49,6 milhões de contas inativas, com um saldo total de R$ 43,6 bilhões. Os saques vão beneficiar 30,2 milhões de trabalhadores que pediram demissão ou foram demitidos até 31 de dezembro de 2015. De acordo com a Caixa, 90% das contas inativas têm saldo de até R$ 3 mil.

Os trabalhadores podem consultar o saldo a receber na página da Caixa.

Balanço

De acordo com balanço divulgado pela Caixa, cerca de 8 milhões de trabalhadores sacaram mais de R$ 12,3 bilhões em contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O cálculo considera a soma das fases liberadas até o momento.

Com relação ao pagamento da segunda fase, que corresponde aos trabalhadores nascidos em março, abril e maio, a Caixa informa que o valor pago, entre os dias 8 e 10 de abril, alcançou R$ 6,2 bilhões, o equivalente a 55% do total de R$ 11,2 bilhões previstos. Mais de 4,3 milhões sacaram os recursos, o que representa 56% dos 7,7 milhões de pessoas nascidas no período.

Na primeira fase, em que puderam sacar as pessoas nascidas em janeiro e fevereiro, entre os dias 10 de março e 10 de abril, a Caixa registrou o pagamento de mais de R$ 6,1 bilhões relativos às contas inativas do FGTS para 3,7 milhões trabalhadores nascidos no período. O valor equivale a 88% do total inicialmente previsto, de R$ 6,96 bilhões, e aproximadamente 77% dos trabalhadores, que são 4,8 milhões. (ABr)

Quinta-feira, 13 de Abril de 2017 ás 10hs06

12 de abril de 2017

É HORA DA POLÍTICA



 
Num país que desde 2005, data das primeiras denúncias da AP 470, assiste à criminalização da política e dos políticos, a lista de Edson Fachin – 8 ministros, 24 senadores, 39 deputados federais, 3 governadores – confirma aquilo que sempre se soube ou pelo menos sempre se imaginou.

As denúncias de desvios de recursos, abusos E corrupção pura e simples atingem (quase) tudo e (quase) todos, em especial aqueles que assumiram o poder de Estado a partir do impeachment de Dilma Rousseff.

(Não se pode deixar de registrar que até agora nenhuma denúncia criminal chegou a Dilma, afastada por um condomínio de conspiradores – apanhados em flagrante na lista de Fachin – reunidos para derrubar seu governo entre abril-agosto de 2016).

É uma lição vergonhosa – e um alerta precioso – a todos aqueles que, sem apoio no voto popular, se utilizaram da judicialização como instrumento político e, pela mentira ao povo e pela traição à democracia, ganharam acesso aos gabinetes que operam o poder do Estado brasileiro.

O melancólico destino do mensalão PSDB-MG, que até agora não apurou nem condenou nenhum acusado de boa plumagem, embora seja mais antigo do que a versão do mesmo esquema que levou à prisão o antigo núcleo dirigente do Partido dos Trabalhadores, sempre será uma advertência antiga, didática e indispensável. Confirma que, chamada a funcionar em ambiente de grande espetáculo, por trás das cortinas a Justiça costuma ser aplicada para proteger amigos e perseguir inimigos.

No mesmo caminho, no momento em que aproximava-se do governo Temer, o TSE foi colocado em férias coletivas.

Com oito ministros e uma porção luminosa de sua base parlamentar na lista, inclusive os presidentes da Câmara e do Senado, a permanência de Michel Temer a frente do Estado brasileiro ameaça tornar-se uma impossibilidade prática.

Desde o aliado principal, Eduardo Cunha, poupado até o momento em que cumpriu a tarefa de encaminhar o impeachment contra Dilma Rousseff, os pilares de sustentação estão desmoronando, um a um. Incapaz de aceitar o caráter de seu governo, nascido para ser transitório, Temer apenas agrava a própria situação quando multiplica iniciativas destrutivas, do ponto de vista das conquistas da população brasileira, e temerárias, do ponto de vista da democracia, imaginando que irá salvar-se em seminários entre Washington e Nova York.

Numa hora em que as máscaras caem e a farsa se desfaz, a prioridade absoluta é retornar a política, a partir da compreensão de que não há saída fora do respeito a soberania popular.  Não custa lembrar sempre. Com todos os seus defeitos a democracia é preferível às ditaduras, de qualquer tipo – inclusive um estado de exceção judicial.

Nos próximos dias, a lista de Fachin deve animar o debate em torno de ideias para tirar o país de uma crise cada vez mais grave. Não há muito para inovar nem é preciso distribuir prêmios de originalidade. Basta permitir ao povo escolher, em urna, quem irá governar o país em futuro breve. Os brasileiros e brasileiros manifestam essa vontade com clareza e veemência sempre que são perguntados. É hora de discutir como devem ser atendidos.

Paulo Moreira Leite

Quarta-feira, 12 de Abril de 2017 ás 12hs30