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18 de setembro de 2017

CALOTE NOS BANCOS PÚBLICOS CRESCE R$ 10 BILHÕES EM 1 ANO




Em um ano, os bancos públicos viram seus índices de inadimplência - atrasos superiores a 90 dias nos pagamentos de financiamentos - saltar de 2,8% para 3,5%. Isso significa que, nesse período, os calotes nesses bancos - nos quais se incluem o Banco do Brasil, a Caixa e o BNDES - cresceram em R$ 10,4 bilhões.

O movimento é oposto ao registrado pelos bancos privados. Entre julho do ano passado e julho deste ano, essas instituições viram a inadimplência em sua carteira de crédito registrar uma queda de R$ 6,1 bilhões. Com isso, o índice de calotes nos bancos privados nacionais caiu de 5,1% para 4,6% - historicamente, essas instituições sempre tiveram inadimplência maior. Entre os bancos privados estrangeiros, esse indicador passou de 3,4% para 3,1% no mesmo período.

Para especialistas, a piora na situação dos bancos públicos tem como causa principalmente a exposição a grandes empresas e setores que sucumbiram à crise ou ao envolvimento na Operação Lava Jato.

Um dos casos mais simbólicos é o de um antigo “campeão nacional”: a operadora de telefonia Oi. A empresa de telecomunicações, criada com a fusão da Telemar e da Brasil Telecom com uma forte ajuda do governo Lula, tomou mais de R$ 10 bilhões em crédito de bancos estatais. Com a recuperação judicial pedida em junho do ano passado, essa dívida deixou de ser paga há um ano e as partes ainda negociam um acordo com a operadora.

Entre executivos do setor bancário, os empréstimos concedidos à Oi são citados como um exemplo de que as instituições públicas podem ter sido demasiadamente otimistas e talvez até minimizado riscos na operação. Essa percepção acontece especialmente porque instituições privadas também emprestaram à operadora. O balanço dos concorrentes, porém, não revela problema tão expressivo, porque as operações tiveram formatação que protegeu esses credores.

Um exemplo são os empréstimos realizados por bancos por meio da compra de títulos de dívida - as debêntures. Segundo um executivo do setor, bancos privados que optaram por esse caminho emprestaram igualmente à operadora de telefonia. A diferença é que o prejuízo não aparece no balanço porque esse título continua com valor de mercado - ainda que menor -, e não pode ser classificada como “default” ou calote. Procurada, a Oi não se pronunciou sobre o assunto.

Exposição

Também há problemas setoriais, como o da construção civil. Nesse segmento, algumas empreiteiras e fornecedores foram duramente prejudicados por envolvimento em esquemas descobertos pela Operação Lava Jato e deixaram de pagar seus empréstimos. Nesses casos, o reflexo é grande principalmente no BNDES, o principal financiador do setor.

Para piorar, há empresas que simplesmente não conseguiram aguentar a recessão persistente. Operadoras de rodovias e aeroportos estão entre os segmentos que tomaram crédito com a expectativa de movimento muito maior que o visto atualmente. Com a frustração dessas estimativas, o fluxo de caixa é insuficiente para quitar dívidas feitas no auge do otimismo com o Brasil. O resultado é conhecido: aeroportos que atrasam o pagamento das licenças, rodovias devolvidas ao governo e empresas que atrasam pagamento a fornecedores, incluindo os bancos. (AE)

Segunda-feira 18 de setembro, 2017 ás 10hs30

BNDES AVALIA RECORRER AO TCU PARA NÃO DEVOLVER R$ 180 BILHÕES AO TESOURO




O embate entre o BNDES e o governo federal está prestes a evoluir para uma disputa oficial. O motivo do confronto é o pedido da equipe econômica para que o banco devolva ao Tesouro, entre 2017 e 2018, R$ 180 bilhões que foram repassados à instituição financeira. O comando do BNDES é contra a devolução e ameaça apelar ao Tribunal de Contas da União (TCU) para não ter de desembolsar a quantia.

Antes disso, como última cartada, vai apresentar ao governo documentos que indicam que a antecipação do pagamento dos empréstimos pode trazer risco aos interesses do banco. "Nossa prioridade é governança, prudência e cuidados com recursos que são do público", disse Paulo Rabello de Castro, presidente do BNDES.

A União --única acionista do banco-- pediu a devolução de R$ 50 bilhões este ano e mais R$ 130 bilhões em 2018. Em 2015 e 2016, o BNDES já tinha devolvido R$ 130 bilhões.

O governo conta com esse dinheiro para reduzir a dívida pública e cumprir a chamada "regra de ouro", que impede a emissão de novas dívidas para financiar despesas correntes.

"Tenho dificuldade de entender como o banco pode antecipar pagamento de empréstimo cujo esforço de antecipação já foi feito, da ordem de R$ 130 bilhões, e que foi sujeito a questionamentos do TCU", disse Rabello.

Segundo ele, o tribunal já quis saber se a devolução afetaria as condições de equilíbrio econômico e financeiro do próprio banco. Ele rebate os argumentos de que o BNDES conta hoje com quase R$ 200 bilhões em caixa e por isso poderia devolver o dinheiro.

"Essa situação de folga tem de ser tratada com muito cuidado. 'Ah, tem aí uma grana, então passa essa grana aí', isso não é uma conversa séria, nem é a conversa que o governo está tendo com o banco."

O diretor de Crédito, Planejamento e Pesquisa do BNDES, Carlos Da Costa, ressalta que o valor de R$ 180 bilhões é "indicativo" e que, caso a missão institucional do banco seja ameaçada, essa cifra tem de ser revista. "Existem vários mecanismos de governança do banco, do TCU e mecanismos políticos também, saudáveis, que limitam o que conseguimos devolver."

Fontes do TCU avaliam que o banco pode de fato acionar o tribunal, mas que é "difícil dizer no que resultaria esse movimento". A corte de contas já tem dois processos que analisam a regularidade das emissões diretas do Tesouro ao banco e se o governo cumpriu a determinação de usar os R$ 100 bilhões devolvidos pelo BNDES exclusivamente para abater dívida bruta.

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, diz que não vê resistência do BNDES e que o banco está propondo soluções. "Temos buscado alternativas de maneira muito construtiva."

Entre economistas, as opiniões se dividem. Para José Roberto Afonso, pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o BNDES mais uma vez é usado para maquiar as contas públicas. "É um erro exigir que o banco antecipe pagamentos para inflar o Orçamento."

Já o ex-secretário do Tesouro Carlos Kawall defende que a medida é importante para reduzir a dívida bruta do governo num momento de ociosidade do BNDES e queda dos desembolsos.

Segunda-feira 18 de setembro, 2017 ás 00hs05

16 de setembro de 2017

MORRE AOS 65 ANOS O JORNALISTA MARCELO REZENDE




Morreu nesta tarde de sábado o jornalista Marcelo Rezende, aos 65 anos. Rezende lutava contra um câncer no pâncreas e no fígado, que revelou em entrevista na TV, em maio deste ano. Religioso, diante da agressividade do tumor, o jornalista abriu mão do tratamento convencional e participou de retiros espirituais. A causa da morte foi a falência múltipla de órgãos, de acordo com informações do Hospital Moriah, em São Paulo.

Nascido em 12 novembro de 1951 no Rio de Janeiro, Marcelo Rezende tinha mais de quarenta anos de carreira. Trabalhou na Globo, onde realizou reportagens investigativas e apresentou, entre outros programas, o Linha Direta, que exibia a reconstituição de grandes casos criminais, como o do maníaco Chico Picadinho. Na Record, comandava o policialesco Cidade Alerta desde 2012. Antes, esteve à frente do quadro A Grande Reportagem, do Domingo Espetacular.

Na reta final, Marcelo Rezende contou com o apoio de familiares e amigos, como o colega da Record Geraldo Luís, que chegou a socorrê-lo em casa, no início de maio. A filha Patrícia, que mora fora do país, voltou ao Brasil para acompanhá-lo — e se despedir.

Teve também o apoio constante da namorada, Luciana Lacerda, que chegou a fazer uma tatuagem em homenagem a ele. Nos últimos momentos, Luciana fez posts dramáticos no Instagram, em que pedia a Deus que cuidasse de quem ela não podia cuidar, e que segurasse nas mãos dela e de Marcelo Rezende. (VEJA)

Sábado 16 de setembro, 2017 ás 19hs00