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24 de outubro de 2017

PROGRAMAS DE QUALIFICAÇÃO DO GOVERNO EMPREGAM APENAS 10% DOS ALUNOS




Os programas de qualificação profissional bancados pelo Ministério do Trabalho só conseguiram empregar, até agora, um em cada dez beneficiados. De 2003 para cá, esses cursos custaram ao governo R$ 1,75 bilhão. A constatação é de uma auditoria do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU).

A baixa efetividade surpreendeu os técnicos e motivou um parecer com recomendações e alertas para evitar que o Qualifica Brasil, nova iniciativa do governo para fornecer ensino profissionalizante, siga o mesmo caminho.

Segundo a CGU, no ProJovem Trabalhador (criado em 2008) apenas 6,6% dos jovens qualificados conseguiram se inserir no mercado de trabalho. No Plano Nacional de Qualificação (PNQ), com oferta de vagas a partir de 2004, esse porcentual ficou em 10,3%. Ambos foram financiados com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e, com um terceiro programa vigente entre 2003 e 2007, tiveram custo total de R$ 1,75 bilhão.

A auditoria encontrou brechas nos convênios firmados entre o governo e as entidades de ensino para a execução dos cursos. As falhas de gestão foram consideradas comuns e, em diversos casos, houve dispensa de licitação sem a devida justificativa. Segundo a investigação, o porcentual de inscritos que conseguiram emprego pode estar superestimado, porque também são considerados empregados quem recebe do governo uma “doação de equipamentos”: alguém que fez o curso de manicure, por exemplo, e ganhou um kit de instrumentos para trabalhar.

A CGU aponta ainda que os cursos não atendem a uma necessidade real do mercado do trabalho. Há uma predominância, por exemplo, de aulas de administração, que têm menor custo. “Sinceramente, (quem mais perde) é o trabalhador, que não consegue emprego por não ter qualificação”, diz o coordenador-geral de auditoria da área de Trabalho, Emprego e Serviços Sociais Autônomos da CGU, Cléssio de Oliveira Bezerra.

O presidente do Conselho Deliberativo do FAT, Leonardo Arantes, que é representante do governo no colegiado, rebateu as acusações e disse que é preciso analisar os resultados à luz do contexto econômico. “Em um mercado de trabalho restritivo, garantir inserção de trabalhadores torna-se muito difícil”, disse por e-mail. Dados do IBGE mostram, porém, que a taxa de desemprego caiu de 8,9%, em 2004, para 6,9%, em 2014, e só subiu em 2015.

“Não dá para culpar a crise porque de 2014 para trás o mercado estava aquecido”, diz o economista João Saboia, professor da UFRJ e especialista em mercado de trabalho. “Acho um fracasso, dinheiro jogado fora.”

O Ministério do Trabalho é criticado no relatório pela morosidade e pela baixa efetividade nas fiscalizações. Há ainda hoje tomadas de contas em aberto na Pasta, mesmo de convênios já encerrados. O ministério não se pronunciou.

O Codefat aprovou em abril a transformação do PNQ em Qualifica Brasil. O orçamento do fundo para 2018 prevê a aplicação de R$ 73,2 milhões para a qualificação profissional de 187,1 mil trabalhadores no País. (AE)

Terça-feira, 24 de outubro, 2017 ás 11hs30

23 de outubro de 2017

MINISTÉRIO DAS CIDADES REMANEJA RECURSOS DO FGTS A PEDIDO DA CAIXA




O Ministério das Cidades atendeu a um pedido da Caixa e remanejou recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) entre programas da área de habitação e entre Unidades da Federação para o exercício de 2017. A mudança consta de instrução normativa publicada no Diário Oficial da União (DOU) que altera a programação anterior, prevista em uma IN de dezembro de 2016.

No caso dos programas, o Pró-Moradia ficou sem a verba de R$ 1 bilhão, alocada no plano de contratações e metas físicas do orçamento operacional do FGTS divulgado em dezembro. Com isso, ações como o Pró-Cotista e de apoio à produção de habitações receberam reforço. O Pró-Cotista, que tinha uma previsão de R$ 5 bilhões, agora passou a ter R$ 7,7 bilhões. Já os programas de apoio à produção de habitações saíram de um orçamento de R$ 24 bilhões para R$ 29,2 bilhões.

O remanejamento ainda favoreceu Estados como o de São Paulo, Minas Gerais e Goiás. São Paulo passou a contar com mais que o dobro do recurso previsto para as ações na área de habitação neste ano, saindo de R$ 7,1 bilhões para R$ 15,4 bilhões. Minas teve o orçamento elevado de R$ 3 bilhões para R$ 6,2 bilhões e Goiás saiu de uma previsão de R$ 900 milhões para 3,7 bilhões.

Na contramão, todos os Estados do Norte perderam recursos, assim como o Distrito Federal e outros Estados de outras regiões. Rondônia tinha uma previsão inicial de R$ 257 milhões e agora ficou com R$ 186 milhões. O Pará, que contava com R$ 3,2 bilhões na programação de dezembro, terá apenas R$ 461 milhões. Para o DF, a aporte caiu de R$ 1,2 bilhão para R$ 803 milhões.

Por região, Sudeste deterá a maior parte dos recursos (R$ 25,5 bilhões, ante R$ 14,4 bilhões), seguido por Sul (R$ 10,3 bilhões), Nordeste (R$ 9 bilhões), Centro-Oeste (R$ 6,5 bilhões) e Norte (R$ 1,1 bilhão). (AE)

Segunda-feira, 23 de outubro, 2017 ás 11hs45

22 de outubro de 2017

MINISTRO DA DEFESA DESCARTA INTERVENÇÃO MILITAR NO BRASIL




O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que não existe qualquer possibilidade de intervenção militar no Brasil, por conta da crise política, conforme pregam alguns setores da sociedade e até militares da ativa. Segundo o ministro, as Forças Armadas estão em paz dentro dos quartéis.

Raul Jungmann participou sábado (21/10) da solenidade que marcou o fim das operações do Brasil na Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah), depois de 13 anos de atuação.

Após o evento, ele conversou com os jornalistas e garantiu que não há espaço para qualquer participação militar no país fora do que é determinado pela Constituição. As afirmações do ministro contrariam correntes políticas que pedem a volta do regime militar, caso a sociedade civil não resolva os impasses políticos e jurídicos.
“Existe paz e tranquilidade dentro dos quartéis e nas Forças Armadas. Resumo o que as Forças Armadas entendem para o momento da seguinte maneira: dentro da Constituição, tudo, fora da Constituição, absolutamente nada”, respondeu o ministro, que questionou a validade de uma intervenção para o país.

“Para que intervenção militar? Para resolver o problema da Previdência? Para resolver o problema democrático, que está resolvido? Para resolver o problema da inflação, que está sendo resolvido? Para resolver o problema do desemprego, que está caindo? Para que intervenção militar, se o Brasil está sendo passado a limpo? Temos a Lava Jato, que estão punindo aqueles que são responsáveis pela corrupção”, afirmou.

Jungmann destacou que o Brasil vive um momento bom, punindo os corruptos. De acordo com o ministro, o país sairá desta fase fortalecido. Acrescentou que a situação atual é de democracia.

“Não existe nenhum tipo de possibilidade de qualquer intervenção militar, porque vivemos uma situação democrática e é isso que vai continuar sendo, com o apoio das nossas Forças Armadas”. (ABR)

Domingo, 22 de outubro, 2017 ás 00hs05