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8 de julho de 2019

Rodrigo Maia: semana será decisiva para reforma da Previdência


O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse segunda-feira (8/07) que a Casa vai viver uma semana decisiva com o início da votação da reforma da Previdência. Aprovada na semana passada, na comissão especial, a proposta de emenda à Constituição (PEC 6/19) vai a plenário na terça-feira (9/07).

“Vamos viver uma semana decisiva. O grande desafio nosso é a votação no plenário. Temos que mobilizar um número enorme de parlamentares, deputados, deputadas, para um tema que é fundamental e decisivo, mas a gente sabe que foi uma construção”, disse Maia, em um podcast publicado em suas redes sociais.

Segundo o presidente da Câmara, a elaboração do texto que vai a plenário se deve “à capacidade de diálogo" e ao "equilíbrio" do Congresso.

“A construção da vitória, se acontecer, será uma construção do Parlamento, não será uma construção do governo. O governo ajuda. O governo, em alguns momentos, atrapalhou, mas tem ajudado nas últimas semanas. Mas precisa ficar claro, nesse processo – exatamente para que os deputados tenham conforto para votar –, que o resultado desta semana será o resultado do esforço, do trabalho e da dedicação de cada deputado e de cada deputada”, afirmou Maia.

Negociações

As negociações para votação da reforma da Previdência continuam entre Maia e líderes partidários, nesta segunda-feira, após um fim de semana de conversas na residência oficial da Presidência da Câmara.

No sábado (6), Maia se reuniu com líderes e articuladores do governo. Ele disse estar confiante na aprovação da reforma da Previdência “com uma boa margem de votos”. Maia trabalha para que o quórum de deputados seja alto e, terminado o debate, seja possível entrar no processo de votação do texto entre terça-feira (9) e quarta-feira (10).

No domingo (7), foi a vez do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, se reunir com Maia. Na saída da reunião, ele demonstrou otimismo com a possibilidade de votação do primeiro turno da reforma da Previdência nesta semana no plenário da Câmara.

O relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-RJ) foi aprovado na madrugada de sexta-feira (5) na comissão especial destinada a apreciar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) encaminhada pelo governo. Maia marcou sessões no plenário a partir desta segunda-feira (8) à tarde para garantir que a matéria comece a ser apreciada no dia seguinte, já que é preciso um interstício de duas sessões do plenário. (ABr)

Segunda-feira, 08   de julho, 2019 ás 12:00



 


7 de julho de 2019

Real, o plano que salvou a pátria



Há 25 anos, o Plano Real foi lançado como uma aposta arriscada, mas foi bem-sucedido, controlou a inflação e ajudou a modernizar o Brasil

Em maio de 1993, Fernando Henrique Cardoso foi convidado pelo presidente Itamar Franco a trocar o posto de ministro das Relações Exteriores pelo cargo menos cobiçado do governo: ministro da Fazenda. Era o quarto ministro em sete meses. O brasileiro via o dinheiro perder o valor. Itamar incumbiu FHC de uma missão clara, mas brutal: banir a inflação e controlar o câmbio para retomar o progresso.

FHC consultou os economistas do PSDB, e concluiu que a solução era criar uma moeda estável, que batizaria de real. Convocou os economistas do partido. O primeiro foi Edmar Bacha, que relutou em aceitar, pois trabalhara no fracassado Plano Cruzado. Mas entrou para a equipe como assessor. “Os cardeais do PSDB disseram que era uma missão partidária”, diz Bacha

A missão do núcleo tucano em um governo de coalizão sofreu percalços. Em setembro, Itamar exonerou Paulo Ximenes do Banco Central, à revelia de FHC. Bacha ameaçou sair. Foi quando FHC obteve carta branca de Itamar. “Foi o ponto de virada”, diz.

Etapas da jornada

A equipe se consolidou. Pérsio Arida foi convidado para presidir o BNDES. Só aceitou se pudesse evitar o “feijão com arroz”: “Se fosse para fazer um plano de estabilização de verdade, a conversa era outra”. Gustavo Franco se incorporou como secretário adjunto, mas pensou que não duraria no cargo. “Tinha algo na sociedade como ‘por favor, mais um plano não’ e ‘pelo amor de Deus, resolvam a inflação’”, afirma. “Foi uma aventura. ”

O ambiente da elaboração era, segundo Bacha, “extremamente estressante”. Os políticos pressionavam para o lançamento do plano antes das eleições de 1994. “Eles sabiam que seriam eleitos se liberássemos uma poção mágica”, diz.

Lançar a moeda foi o passo inicial. O segundo parecia intransponível, pois visava a controlar um monstro em pleno voo: a inflação. Muitos duvidaram. Acadêmicos previam que a conversão dos contratos para real levaria três anos. Mas a equipe fez isso em três meses. “Os resultados foram incríveis”, afirma Arida. Ele os atribui a um “exemplo de boa engenharia política” que convenceu e dialogou com a população – que, apesar de cética, abraçou a moeda. “Conforme progredíamos, a excitação de fazer algo histórico era incrível”, diz Franco.

“O Plano Real, ao invés de surpreender o povo com medidas inesperadas, anunciou o que seria feito e cumpriu”, afirma FHC por ocasião do jubileu da jornada que o levou à Presidência da República no ano seguinte.

Bacha lembra de uma comissão que integrou na Câmara dos Deputados, em que a economista Maria da Conceição Tavares, do PT, proferiu: “Se vocês conseguirem acabar com a inflação, ganham o Nobel. Se não, que fujam para Harvard!” Não receberam o Nobel, mas entraram para a História. (IstoÉ)

Domingo, 07   de julho, 2019 ás 12:00