Em
meio às discussões sobre a reforma da Previdência, disparou o número de pedidos
de aposentadoria por tempo de contribuição. Esses pedidos cresceram 5,5% no ano
passado, enquanto as aposentadorias por idade, que exigem no mínimo 65 anos
para homens e 60 anos para mulheres, subiram 3,7%. Em 2014, o ritmo de
crescimento das duas categorias era praticamente igual.
Para
se aposentar por tempo de contribuição no Brasil não é necessário cumprir uma
idade mínima, algo raro em todo o mundo. Acabar com esse tipo de aposentadoria
é um dos pilares da reforma da Previdência que está em tramitação no Congresso,
embora a votação esteja passando por sucessivos adiamentos.
Essa
modalidade de benefício é considerada pelo governo um dos privilégios
concedidos pelas regras atuais porque permite que pessoas mais novas e em geral
com maiores salários solicitem a aposentadoria cedo e com valor médio de
benefício mais elevado, onerando as contas previdenciárias, que tiveram o rombo
recorde de R$ 268,8 bilhões no ano passado.
Quem
se aposenta por tempo de contribuição (de 35 anos para homens e 30 para
mulheres) tem, em média, 54,9 anos e recebe quase R$ 2 mil por mês. Já quem se
aposenta por idade tem, na média, 60,9 anos e recebe R$ 950. Os dados da idade
média são de 2016. Apesar de serem menos numerosos (6 milhões de pessoas), os
aposentados por tempo de contribuição custam mais para a Previdência que os
10,5 milhões de aposentados por idade. Em dezembro, o primeiro grupo recebeu R$
11,8 bilhões, enquanto o segundo custou R$ 9,95 bilhões. (AE)
Terça-feira,
30 de janeiro, 2018 ás 10hs00
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