A situação da USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) é que ela foi oficialmente encerrada em 1º de julho de 2025, após mais de 60 anos de operações. A decisão de desmantelar a agência foi tomada pelo governo Donald Trump, com a execução a cargo do Secretário de Estado, Marco Rubio.
Principais pontos sobre o encerramento da USAID:
Motivação:
O governo Trump justificou o encerramento afirmando que a USAID "criou um complexo industrial de ONGs às custas dos contribuintes e tem pouco a mostrar desde o fim da Guerra Fria", e que "os objetivos de desenvolvimento não foram alcançados e o sentimento antiamericano só cresceu". A intenção é que a assistência externa seja "rigorosamente calibrada para promover os interesses dos EUA, salvar vidas, investir em aliados e promover novas parcerias comerciais", e que combata a influência da China.
Reestruturação:
As funções remanescentes da USAID foram transferidas para o Departamento de Estado dos EUA. Houve uma redução drástica no número de funcionários, com apenas cerca de 294 dos aproximadamente 10 mil funcionários e contratados permanecendo em atividade para operações mínimas.
Fim da mamata no Brasil:
O encerramento da USAID também teve um impacto significativo no Brasil. Projetos ambientais, supostamente de apoio a povos indígenas, jornalismo e organizações da sociedade civil que dependiam de financiamento da USAID foram comprometidos ou suspensos. Alguns levantamentos indicam que 34% do orçamento de organizações brasileiras respondentes para 2025 foram impactados.
Em resumo, a USAID, tal como era conhecida, não existe mais, e suas operações de assistência externa foram centralizadas e reorientadas sob o Departamento de Estado dos EUA, com uma ênfase maior nos interesses diretos dos EUA.
Acusações de interferência política e promoção de interesses dos EUA:
Uma das denúncias mais fortes, é a de que a USAID, sob a administração Biden, teria financiado "ONGs, veículos de mídia e movimentos políticos com o objetivo de moldar narrativas e interferir na democracia brasileira".
Essa narrativa ganhou força com declarações de figuras como Elon Musk, que chegou a classificar a USAID como uma "organização criminosa", e de ex-secretários do governo Trump. O próprio Donald Trump endossou a ideia de que a agência era "governada por lunáticos radicais" e gerava um "complexo industrial de ONGs às custas dos contribuintes".
No Brasil, parlamentares como Eduardo Bolsonaro, Bia Kicis e Carla Zambelli, também repercutiram essas denúncias, pressionando por investigações sobre a atuação política da agência no país.
A decisão de Trump de fundir a agência com a Secretaria de Estado, e o congelamento dos recursos desde fevereiro, gerou incerteza para diversas organizações que mamavam nesse financiamento.
Impacto no financiamento de projetos no Brasil:
No Brasil, o encerramento da USAID comprometeu ao menos R$ 84 milhões em projetos, especialmente na Amazônia, além de afetar programas supostamente de apoio a povos indígenas e a organizações da sociedade civil. Seis dos 10 maiores beneficiários brasileiros da agência em 2024 eram projetos ligados ao meio ambiente que não impediu as queimadas criminosas.
Qual o montante do prejuízo aos cofres do governo americano
Determinar o montante exato do prejuízo aos cofres do governo americano devido a fraudes e desperdícios na USAID é uma tarefa complexa, pois as denúncias e os valores mencionados variam bastante, e muitas vezes se referem a diferentes tipos de perdas (desperdício de verbas em projetos, casos de corrupção, etc.).
No entanto, podemos destacar alguns números e categorias de prejuízo que foram alvo de denúncias e investigações:
Casos de Fraude e Corrupção Específicos:
Esquema de Suborno de Mais de US$ 550 Milhões: Em junho de 2025, o Departamento de Justiça dos EUA anunciou que um oficial da USAID e três executivos de empresas se declararam culpados por um esquema de suborno que durou uma década e envolveu contratos de mais de US$ 550 milhões. Nesse esquema, o oficial da USAID teria recebido propinas em troca de informações sigilosas sobre licitações, favorecendo empresas e desviando o processo de concorrência justa.
Desvio de Fundos Menores:
Houve casos pontuais de desvio de valores menores, como o de um oficial de finanças de um projeto da USAID na Papua Nova Guiné que confessou ter desviado US$ 117.341. Embora não seja um valor grande em comparação com o orçamento total, ilustra a ocorrência de fraudes internas.
Alegações de Desperdício e Má Gestão:
Projetos Controversos:
O governo Trump e seus apoiadores frequentemente citam exemplos de "desperdício" em projetos que consideram desnecessários ou politicamente motivados. Alguns exemplos mencionados incluem:
US$ 1,5 milhão para "avançar a diversidade, equidade e inclusão em locais de trabalho e comunidades de negócios na Sérvia".
US$ 70.000 para a produção de um "musical DEI" na Irlanda.
US$ 47.000 para uma "ópera transgênero" na Colômbia.
US$ 32.000 para uma "história em quadrinhos transgênero" no Peru.
US$ 2 milhões para cirurgias de mudança de sexo e "ativismo LGBT" na Guatemala.
US$ 6 milhões para financiar o turismo no Egito.
Centenas de milhares de dólares para uma organização sem fins lucrativos ligada a "organizações terroristas designadas" (mesmo após investigações).
Milhões de dólares para a EcoHealth Alliance, envolvida em pesquisas no laboratório de Wuhan.
"Centenas de milhares de refeições" que teriam ido para "combatentes afiliados à Al-Qaeda na Síria".
Centenas de milhões de dólares para "canais de irrigação, equipamentos agrícolas e até fertilizantes usados para apoiar o cultivo de papoula e a produção de heroína no Afeganistão", beneficiando o Talibã.
Orçamento e Contexto Geral:
É crucial lembrar que a USAID gerenciava um orçamento substancial. Em 2023, por exemplo, a USAID distribuiu cerca de US$ 43,8 bilhões em ajuda. As denúncias de desperdício e má gestão, embora significativas em valores absolutos, precisam ser contextualizadas dentro do volume total de fundos que a agência operava.
Em resumo, não há um número único que represente o "montante total do prejuízo" aos cofres do governo americano. Existem casos comprovados de fraude que totalizam centenas de milhões de dólares, e alegações de desperdício de outros milhões em projetos questionáveis. Além disso, as auditorias identificam centenas de milhões em custos desalocados ou questionados, que o governo tenta recuperar.
As denúncias variam desde crimes claros de corrupção até a má gestão de fundos ou o financiamento de projetos que, para alguns, não se alinham aos interesses ou valores dos EUA.
Em resumo a mudança botou uma pá de cal na corrupção e no avanço do socialismo.
Fonte: Pesquisa da redação do blog
Quarta-feira, 02 de julho 2025 às 21:17
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