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22 de junho de 2025

TORRE DE BABEL E O GOVERNO

 

Diversos políticos que inicialmente apoiaram Jair Bolsonaro se distanciaram dele ao longo de seu mandato e após. As razões para esses afastamentos variam, incluindo divergências políticas, ideológicas.

Ministros e ex-Ministros

 

Alguns dos mais notáveis afastamentos ocorreram entre seus próprios ministros, que deixaram o governo com fortes críticas:

 

Sergio Moro:

Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Moro pediu demissão em abril de 2020 alegando tentativa de interferência política de Bolsonaro na Polícia Federal.

 

Luiz Henrique Mandetta:

Ex-ministro da Saúde, Mandetta rompeu com Bolsonaro no início da pandemia de COVID-19 devido a divergências sobre as medidas de combate à doença, defendendo o isolamento social, enquanto Bolsonaro minimizava a gravidade do vírus.

Gustavo Bebianno:

Ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência e um dos coordenadores da campanha de Bolsonaro em 2018, Bebianno foi um dos primeiros a se afastar, em meio a desentendimentos e acusações.

 

Parlamentares e Aliados Políticos

 

No Congresso, muitos parlamentares que inicialmente foram aliados ou eleitos na "onda Bolsonaro" também se afastaram:

 

Joice Hasselmann:

Ex-líder do governo no Congresso e deputada federal (PSL-SP), rompeu com a família Bolsonaro após uma série de conflitos e acusações mútuas.

 

Alexandre Frota:

Deputado federal (PSDB-SP), um dos apoiadores mais fervorosos de Bolsonaro na campanha, tornou-se um de seus maiores críticos, após divergências com o governo.

 

Major Olímpio:

Ex-líder do PSL no Senado, Major Olímpio (falecido em 2021) se afastou do presidente, criticando publicamente algumas de suas ações.

Delegado Waldir:

Ex-líder do PSL na Câmara, também teve um rompimento público com Bolsonaro, chegando a chamá-lo de "vagabundo" em um áudio vazado.

 

Luís Miranda:

Deputado federal (DEM-DF), que depôs na CPI da COVID-19, fez acusações contra o governo relacionadas à compra de vacinas.

 

 Jorge Kajuru:

Senador (Podemos-GO), embora tenha tido momentos de reaproximação, também protagonizou atritos com o ex-presidente.

 

Julian Lemos:

Ex-deputado federal pela Paraíba e um dos coordenadores da campanha de Bolsonaro no Nordeste em 2018, tornou-se um forte crítico do ex-presidente e de seus filhos.

 

OUTRAS FIGURAS

 

Além dos exemplos acima, diversas outras figuras, incluindo militares e outros integrantes do governo, também se distanciaram:

 

General Carlos Alberto Santos Cruz:

Ex-ministro da Secretaria de Governo, foi demitido após desentendimentos com o "núcleo ideológico" do governo e críticas públicas a membros da base aliada de Bolsonaro.

 

Hamilton Mourão:

Vice-presidente durante o governo Bolsonaro, embora não tenha rompido completamente, teve uma relação marcada por distanciamentos e falas públicas que divergiam do presidente, sentindo-se muitas vezes isolado.

 

É importante notar que o cenário político brasileiro é dinâmico e as alianças podem mudar com frequência. A lista acima representa alguns dos casos mais notórios de políticos que se afastaram de Jair Bolsonaro desde o início de sua ascensão.

 

Claro! Além dos nomes já citados, é importante destacar outros políticos que, por diferentes razões, se afastaram ou tornaram-se críticos de Jair Bolsonaro, seja durante ou após seu mandato:

 

FIGURAS DO ALTO ESCALÃO MILITAR E DO GOVERNO

 

Ainda dentro do círculo mais próximo, alguns militares e membros do alto escalão do governo também tiveram seus distanciamentos, muitas vezes por divergências de métodos ou ideologias:

 

General Fernando Azevedo e Silva:

Ex-ministro da Defesa, deixou o cargo em março de 2021 em meio a uma crise militar e o desejo de Bolsonaro de ter maior controle sobre as Forças Armadas, no atual governo estão todos na coleira.

 

General Joaquim Silva e Luna:

Ex-presidente da Petrobras, foi substituído em abril de 2022 após atritos com o governo sobre a política de preços dos combustíveis.

 

Abraham Weintraub:

Ex-ministro da Educação, que deixou o governo de forma conturbada em 2020. Embora tenha sido um aliado ideológico, seu afastamento foi marcado por controvérsias e uma saída do país em meio a investigações.

 

PARLAMENTARES E EX-PARLAMENTARES

 

A base parlamentar de Bolsonaro também sofreu fissuras significativas ao longo do tempo:

 

Janaina Paschoal:

Deputada estadual por São Paulo, que foi uma das vozes mais proeminentes na defesa do impeachment de Dilma Rousseff e apoiadora de Bolsonaro em 2018. Com o tempo, ela se tornou uma pedra no sapato com forte crítica de várias de suas políticas e posturas.

 

 Soraya Thronicke:

Senadora (Podemos-MS), inicialmente alinhada, tornou-se uma das maiores críticas de Bolsonaro no Senado, especialmente durante a CPI da COVID-19, e foi candidata à presidência em 2022 em uma plataforma de oposição a ele.

 

Delegado Waldir:

Ex-líder do PSL na Câmara, teve uma relação tumultuada com Bolsonaro e seus filhos, culminando em um rompimento público.

 

OUTROS CASOS DE AFASTAMENTO OU CRÍTICA

 

Roberto Jefferson:

Ex-deputado federal e presidente do PTB, inicialmente um apoiador fervoroso, teve um rompimento dramático com o ex-presidente, culminando em eventos que o levaram à prisão.

 

Carla Zambelli:

Embora ainda seja uma aliada fiel, Zambelli teve momentos de divergência ou atritos com outros membros do círculo bolsonarista, mostrando as tensões internas da base.

 

É importante ressaltar que as dinâmicas políticas são complexas. Alguns desses afastamentos podem ter sido por diferenças ideológicas genuínas, enquanto outros foram motivados por disputas de poder ou por questões legais e investigações em curso. A lista reflete uma paisagem política em constante mudança.

 

Vamos aprofundar nas razões do afastamento de alguns dos militares e generais que tiveram papéis proeminentes no governo de Jair Bolsonaro e que, em algum momento, se distanciaram ou tiveram suas relações estremecidas com o ex-presidente.

 

General Carlos Alberto Santos Cruz (Ex-Secretaria de Governo)

 

Razões do Afastamento:

O General Santos Cruz foi um dos primeiros militares de alto escalão a sair do governo, em junho de 2019, apenas seis meses após o início do mandato. As principais razões foram:

 

Conflito com o "Núcleo Ideológico": Santos Cruz defendia uma gestão mais técnica e pragmática, o que o colocou em rota de colisão com a ala mais ideológica do governo, composta por figuras como Olavo de Carvalho (influência filosófica) e filhos do presidente. Ele criticava abertamente a "doutrinação" ideológica e os ataques a setores da imprensa e instituições.

 

Ataques de Aliados de Bolsonaro:

O general foi alvo de ataques coordenados nas redes sociais por parte de influenciadores e grupos alinhados a Bolsonaro, que o acusavam de ser "comunista" ou de se opor aos ideais conservadores do governo.

 

Divergências sobre Comunicação:

Havia um choque de visões sobre como o governo deveria se comunicar. Santos Cruz defendia uma comunicação mais formal e institucional, enquanto Bolsonaro e seus aliados preferiam o uso direto das redes sociais para atacar adversários e defender suas pautas.

 

Seu afastamento marcou o início de uma tendência de saída de militares que não se alinhavam completamente com a agenda mais radicalizada do governo.

 

General Fernando Azevedo e Silva (Ex-Ministro da Defesa)

 

Razões do Afastamento:

O General Fernando Azevedo e Silva deixou o Ministério da Defesa de forma abrupta em março de 2021, em um momento de profunda crise política e sanitária no país. Os motivos foram complexos:

 

Pressão por Alinhamento Político das Forças Armadas:

Bolsonaro desejava um alinhamento mais explícito e ativo das Forças Armadas com suas pautas políticas e ideológicas. Fernando Azevedo, assim como outros comandantes militares, defendia a não politização das Forças Armadas, mantendo a instituição focada em suas missões constitucionais e atuando como uma instituição de Estado, não de governo.

 

Resistência a Atos Antidemocráticos:

Em diversas ocasiões, havia expectativa por parte de Bolsonaro e seus apoiadores de que as Forças Armadas interviessem em crises políticas ou apoiassem manifestações de cunho antidemocrático. O General Azevedo e os comandantes resistiram a essas pressões, reiterando o compromisso com a Constituição.

 

Crise na Cúpula Militar:

A saída de Azevedo e Silva foi seguida pela demissão inédita dos comandantes das três Forças (Exército, Marinha e Aeronáutica) em sequência, demonstrando uma profunda insatisfação da cúpula militar com as tentativas de politização da instituição por parte do então presidente.

 

O afastamento de Fernando Azevedo e a subsequente crise na Defesa indicaram a resistência dos militares de carreira em serem usados como "braço político" do governo.

 

General Joaquim Silva e Luna (Ex-Presidente da Petrobras)

 

Razões do Afastamento:

Embora não fosse um ministro, Silva e Luna, um general da reserva, foi nomeado por Bolsonaro para presidir a Petrobras e sua saída em abril de 2022 foi motivada por:

 

Divergências na Política de Preços de Combustíveis: A principal razão foi a crescente insatisfação de Bolsonaro com a política de preços da Petrobras, que seguia as flutuações do mercado internacional (PPI - Preço de Paridade de Importação). Com a alta dos combustíveis impactando sua popularidade, Bolsonaro passou a pressionar publicamente a empresa para controlar os preços.

 

Acusações de "Lucros Excessivos":

Bolsonaro e seus aliados acusavam a Petrobras de ter "lucros excessivos" em detrimento do consumidor, o que gerou um atrito constante com a gestão de Silva e Luna, que defendia a autonomia da empresa e a necessidade de seguir as regras de mercado para garantir investimentos.

 

A saída de Silva e Luna, e de outros presidentes da Petrobras no período, refletiu a tentativa de Bolsonaro de intervir em empresas estatais para fins políticos, gerando atrito com a gestão técnica.

 

General Hamilton Mourão (Ex-Vice-Presidente)

 

Razões do Afastamento/Distanciamento:

A relação entre Bolsonaro e seu vice, Hamilton Mourão, foi marcada por um distanciamento progressivo e muitas vezes público, embora Mourão tenha permanecido no cargo até o fim do mandato.

 

Divergências sobre Temas Estratégicos:

Mourão frequentemente expressava opiniões que divergiam das posições de Bolsonaro em temas como meio ambiente, política externa, relações com o Congresso e até mesmo a pandemia de COVID-19. Ele era visto como uma voz mais "moderada" dentro do governo.

 

"Esvaziamento" Político:

Bolsonaro e seu círculo próximo tendiam a "esvaziar" o papel de Mourão, delegando-lhe poucas responsabilidades políticas relevantes e, em diversas ocasiões, o ignorando ou criticando publicamente.

 

Falta de Confiança e Isolamento:

Houve uma clara falta de confiança mútua. Bolsonaro desconfiava da popularidade de Mourão e via suas falas como tentativas de projeção própria, enquanto Mourão se sentia isolado e sem espaço para contribuir efetivamente.

 

Disputa pelo Legado Conservador:

A relação também foi marcada por uma disputa velada sobre quem representaria o futuro da direita no Brasil, especialmente após a derrota de Bolsonaro em 2022.

 

O caso de Mourão é um exemplo de afastamento político e ideológico dentro da própria chapa, resultando em um vice-presidente com pouca influência real no governo.

 

Esses exemplos ilustram como as divergências ideológicas, as pressões políticas, a busca por autonomia institucional e a própria dinâmica do poder levaram ao distanciamento de militares que inicialmente compunham ou apoiavam o governo Bolsonaro.

 

Durante o mandato, o governo tornou-se uma torre de babel, aliados de primeira hora ficaram decepcionados e o resultado foi uma guerra fria para derruba-lo. Suas críticas ao STF criaram inimigos mortais dentro da corte.

Postado pela Redação

Domingo, 22 de junho 2025 às 17:06