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2 de julho de 2015

CÂMARA APROVA REDUÇÃO DA MAIORIDADE PARA CRIMES GRAVES





Em uma decisão histórica, embora reversível, a Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta quinta-feira uma proposta que permite a punição criminal de adolescentes a partir dos 16 anos em casos de crimes graves. O resultado da votação é uma vitória pessoal do presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - que, sob protestos do PT e de outros partidos contrários à medida - reverteu a derrota de uma proposta semelhante ocorrida menos de 24 horas antes. Houve 323 votos favoráveis, 155 contrários e duas abstenções.

O texto aprovado é um pouco mais brando do que o rejeitado na madrugada desta quarta, o que foi suficiente para que alguns parlamentares passassem a apoiar a redução e a emenda apreciada ultrapassasse o mínimo necessário de 308 votos. A proposta mantém a redução da maioridade nos casos de crimes graves contra a vida, como homicídio, estupro, sequestro, lesão corporal seguida de morte e exploração sexual infantil. A mudança em relação ao texto anterior significa que os adolescentes de 16 e 17 anos que praticarem tráfico de drogas, roubo qualificado, tortura, lesão corporal grave e terrorismo não serão mais incluídos no sistema criminal: para eles, valerá a regra atualmente em vigor.

Os adolescentes que se enquadrarem na nova regra não ficarão presos em cadeias comuns; eles terão de ser mantidos em unidades ou alas isoladas, de forma que também não tenham contato com os menores que cumprem medida socioeducativa.

A proposta ainda depende de aprovação em segundo turno na Câmara dos Deputados e do aval do Senado, onde a votação deve ser ainda mais acirrada. Em todos os casos, é preciso ter 60% do total de deputados ou senadores para que a proposta de emenda à Constituição (PEC) avance.

A votação foi precedida de queixas de deputados contrários à mudança na legislação. Eles afirmavam que Eduardo Cunha desrespeitou o regimento ao trazer o tema novamente à pauta horas depois da rejeição de uma proposta semelhante.

Parlamentares do PT e de outras siglas de esquerda afirmaram que houve um"golpe". O caso deve chegar ao Supremo Tribunal Federal. "Se vossa excelência quer administrar o parlamento brasileiro por decreto ou de ofício vossa excelência tem que apresentar um projeto para que só vossa excelência determine as decisões a serem adotadas", disse Glauber Braga (PSB-RJ).

Cunha e os defensores da nova emenda argumentaram que o regimento permite que, após a rejeição de um substitutivo, a Câmara aprecie uma proposta alternativa, desde que ela esteja baseada no texto original. No caso, a proposta-base é a que reduz a maioridade para 16 anos em todos os casos. Foi sobre essa proposta que o deputado Laerte Bessa (PR-DF) construiu seu substitutivo derrotado antes.

Na discussão de mérito, o PT e o governo insistiram no argumento de que a redução nada fará para reduzir a criminalidade. O líder do governo, José Guimarães (PT-CE), pediu mais tempo para a construção de um "entendimento": "O caminho é a reforma do ECA, principalmente naquilo que é fundamental, que é a ressocialização", afirmou.

Já o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), defendeu a aprovação da medida: "A proposta é equilibrada e restrita. É a resposta pela qual a sociedade anseia porque não aceita mais a impunidade", afirmou.

Após a sessão, Eduardo Cunha citou o regimento da Casa para afirmar que não há risco de impugnação da votação. "Não há o que contestar. Ninguém é maluco", dise ele. O peemedebista também ironizou as críticas dos petistas à condução dos trabalhos: "Eles têm dois pesos e duas medidas. Na verdade, eles foram derrotados na sua ideia porque a maioria da população brasileira quer isso".
Por: Gabriel Castro
 Quinta-feira, 02 de julho, 2015. 


30 de junho de 2015

AÉCIO ACIONA DILMA E EDINHO POR “EXTORSÃO”




Depois de uma reunião entre presidentes e líderes na Câmara e no Senado, os partidos de oposição decidiram nesta terça-feira 30, liderados pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), entrar com uma ação na Procuradoria-Geral da República contra a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, que foi tesoureiro da campanha presidencial do PT em 2014, por extorsão.

A representação terá como base uma das revelações do empresário Ricardo Pessoa, da UTC, em delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato. O empreiteiro disse ter sido pressionado pelo então secretário de finanças da campanha para que sua empresa doasse ao PT. "Há ali, explicitado por ele, uma clara chantagem. Ou ele aumentava as doações ao Partido dos Trabalhadores e à campanha da presidente da República ou ele não continuava com suas obras na Petrobras", comentou Aécio, após o encontro.

Segundo Aécio, como apenas a presidente "é quem teria as condições de efetivar essa chantagem", a ação também é contra ela. Nos trechos da delação divulgados pela imprensa, Pessoa teria dito aos investigadores: "O Edinho me disse: você tem obras na Petrobras e tem aditivos, não pode só contribuir com isso. Tem que contribuir com mais. Estou precisando". Em coletiva de imprensa no último domingo, Edinho Silva negou que tenha pressionado o empresário a fazer doações ao PT durante as eleições.
presidenta Dilma e ministro Edinho

O senador tucano afirmou que a reunião entre líderes da oposição hoje levou a outras duas decisões contra a presidente. Os partidos irão solicitar o compartilhamento da delação de Pessoa junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em busca de mais informações sobre doações que teriam sido feitas com dinheiro de corrupção da Petrobras. E entrarão ainda com uma nova representação no Tribunal de Contas da União (TCU) para "reiterar" que as chamadas "pedaladas fiscais" continuam sendo praticadas em 2015.

O próprio tribunal, porém, está com a credibilidade abalada após ter sido citado na delação do dono da UTC no âmbito da Lava Jato. Ricardo Pessoa revelou ter pago R$ 50 mil por mês ao advogado Tiago Cedraz, filho do ministro Aroldo Cedraz, para que ele repassasse informações do tribunal que fossem do interessa da construtora.


O dono da UTC disse ter doado R$ 7,5 milhões à campanha da presidente Dilma no ano passado. Sua lista de doações, porém, inclui diversos figurões da oposição, como o próprio senador Aécio Neves, que recebeu R$ 8,7 milhões para sua campanha presidencial, o ex-candidato a vice na chapa de Aécio, Aloysio Nunes, quando se candidatou a senador em 2010, o deputado Júlio Delgado, do PSB, entre outros.

(A/E)

Terça-feira, 30 de junho, 2015

29 de junho de 2015

TSE TERÁ QUE AVALIAR DELAÇÃO NO JULGAMENTO DAS CONTAS DE DILMA




Ministro do Supremo diz que é época da correção de rumos e lembra que prestação da campanha petista ainda está em aberto

Ministro do Supremo Tribunal Federal e ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio Melo disse ontem domingo (28/6) ao Globo que, diante da revelações do delator da UTC Ricardo Pessoa, à Procuradoria-Geral da República, de que R$ 7,5 milhões do petrolão irrigaram a campanha da presidente Dilma Rousseff, em 2014, é preciso acreditar que as instituições funcionarão de forma democrática, sem visões totalitárias, para levar a cabo as investigações. Ele lembra que as contas da presidente Dilma ainda não foram aprovadas, e agora o relator, ministro Gilmar Mendes, terá novos fatos para analisar. Para Marco Aurélio, o julgamento da ação penal 470, do mensalão, provou que ninguém está acima da lei. “Processo não tem capa, tem conteúdo”, disse o ministro do Supremo.

Como ministro do Supremo, qual sua impressão sobre as revelações feitas pelo delator Ricardo Pessoa, divulgadas pela revista Veja?

MARCO AURÉLIO – O que percebo é que as coisas estão aflorando e revelando as deficiências do sistema. É época de correção de rumos visando dias melhores para esse sofrido Brasil. Mas digo que mil vezes o conhecimento dos fatos, embora revelem os desmandos dos últimos tempos, do que empurrar tudo para debaixo do tapete. Só lamento que a crise econômica, que ainda não chegou no seu pior momento, ainda chegaremos em dias piores, agora se agrave com a crise política e o esgarçamento das instituições. Temos que garantir que as instituições funcionem para apurar todas as responsabilidades.

Essas denúncias poderiam ensejar um reposicionamento do TSE em relação a eleição da presidente Dilma?

MARCO AURÉLIO – O Tribunal Superior Eleitoral ainda está com as contas da campanha da presidente Dilma em aberto. O ministro Gilmar Mendes abriu prazo para avaliar. Agora, evidentemente, ele terá que considerar esses novos fatos. Vamos aguardar sem precipitações, ensejando o direito de defesa dos acusados desses desvios de conduta. O que não dá é para partir para o justiça mento. Isso não coaduna com os ares democráticos da Constituição de 1988.

Qual o impacto dessas revelações sobre dinheiro de origem de propina na campanha da presidente da República?

MARCO AURÉLIO – É preocupante o quadro como um todo. Quantos anos vamos precisar para recuperar os parâmetros de normalidade, levando em conta os desmandos dos últimos anos? A presidente Dilma é uma pessoa honrada, mas a essa altura foi completamente envolvida pelo sistema. Realmente me preocupo mais com a crise política, porque a crise econômica mostra sinais de saída lá para 2016. Mas se há crise política, fica desacreditada para tomar as medidas necessárias com legitimidade.

O senhor acredita que as instituições podem funcionar para levar adiante essa investigação?

MARCO AURÉLIO – Vamos acreditar que sim. Vamos acreditar no funcionamento das nossas instituições democráticas, sem visões totalitárias nem de justiça mento. Temos que observar que na atuação da ação penal 470, a grande leitura da atuação do Judiciário brasileiro é que a lei vale para todos. Eu digo sempre e repito agora: processo não tem capa, tem conteúdo.

(Agência Globo) 

Segunda-feira, 29 de junho, 2015