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6 de setembro de 2015

ANTES QUE SE ARREBENTE




Há gente experta na política a vaticinar que o Brasil só escapará da encalacrada atual depois de esborrachar-se no muro. Não bastaria antever a aproximação do armagedom para mudar de rota. Seria preciso experimentá-lo.

Souvarine, o sabotador anarquista do "Germinal" de Zola, era um esteta do gênero: "Ateiem fogo aos quatro cantos das cidades, ceifem os povos, arrasem tudo e, quando nada mais sobrar deste mundo podre, talvez surja dele um melhor", dizia e praticava. A proclamação chega a ser esplêndida na literatura. Quando acontece na vida vivida, é apenas desgraça.

É para a desgraça certa que se desenrolam os acontecimentos da política brasileira. Estivesse a crise resumida a quizilas de poder, não haveria razão para desespero, mas ela arrasta para o fogo a segurança material de 200 milhões de almas.

O problema é como restaurar a responsabilidade dos atores políticos no momento em que o príncipe do nosso sistema, o presidente da República, reduziu-se a figura simbólica. A saída mais rápida seria repactuar forças em torno de Dilma Rousseff, o que no entanto tem sido dificultado pela inapetência da presidente e pela sua proximidade dos vetores desagregadores representados por Lula e pelo PT.

Não será possível salvar o governo Dilma, o ex-presidente Lula e o PT. Se a presidente continuar conectada ao seu mentor e ao seu partido, ninguém mais chegará perto dela para negociar saídas. O isolamento ficará tão intenso que a renúncia se tornará um recurso de misericórdia.

Outra opção seria organizar em torno de Michel Temer um governo de fato, fundado na partilha de responsabilidade com grupos dominantes no Congresso. A substância do acordo teria de conter reformas dolorosas nas despesas e nas receitas do Estado, além da "despetização" do Executivo. A um pacto forte assim, Dilma seria obrigada a submeter-se ou cair fora.

 Vinicius Mota

(Da redação da folha de S. Paulo)

Domingo, 06 de setembro, 2015

5 de setembro de 2015

A HORA DA “JARDINEIRA”




O contingente da recém-criada Força Aérea Brasileira chegou a Napoles, na Itália, para incorporar-se aos quadros   que lutavam contra o nazismo. A Força Aérea dos Estados Unidos preparou magnífica recepção a seus colegas do Brasil, com impecável desfile militar e banda de música, chegando ao clímax quando o general comandante americano, depois de mandar entoar o Hino dos Aviadores de seu país, dirigiu-se ao nosso comandante, coronel Nero Moura, anunciando no microfone que agora ouviríamos o Hino da Força Aérea Brasileira. O diabo é que as coisas tinham andado rápido demais. Se dispúnhamos de aviadores, ainda não possuíamos hino. O constrangimento parecia fatal quando um sargento sussurrou ao nosso comandante: “coronel, mande tocar a “Jardineira”.

Nero Moura ordenou que a banda atacasse com a marchinha vitoriosa no Carnaval daquele ano, que o Brasil inteiro conhecia e cantava. Foi um sucesso absoluto, a ponto de o general americano cumprimentar efusivamente o comandante brasileiro e até pedir a partitura da “Jardineira”, que imaginou ser o hino da nossa Força Aérea...

Por que se conta essa historinha?  Porque a improvisação sempre foi uma característica brasileira. Deveria a presidente Dilma parar de bater cabeça com seus ministros e líderes políticos, sem saber exatamente o que o governo pode fazer para enfrentar a crise econômica. Que tal inundar o país com um plano em condições de devolver o otimismo a empresários e trabalhadores?  Proibir demissões, contratar obras públicas, jamais aumentar impostos, mas cortar gastos na máquina pública e também no setor privado. Interromper, pelo tempo que for necessário, o pagamento de extorsivos juros devidos à dívida pública, que só beneficiam os especuladores. Enquadrar os bancos e limitar seus abomináveis lucros obtidos   às custas da economia nacional. E quanta coisa a mais, sob os acordes da “Jardineira”, ou melhor, da improvisação otimista que nunca nos tem faltado?
Por exemplo, no momento o hino para Dilma é "Peba na Pimenta" de Marines (acho!)
Veja o Video

QUEM MANTERÁ A ORDEM?

Continuando as coisas como vão, ou seja, com o governo sem saber o que fazer diante da crise, multiplicando-se as demissões na indústria, no comércio, nos serviços, na educação e na saúde, breve se tornará inevitável a reação das massas. Certas coisas pegam feito sarampo. A invasão de algum supermercado na periferia de alguma favela poderá acender um rastilho impossível de ser contido.  Nessa hora, fazer o quê?

É preciso evitar a explosão. Depois, todos lamentaremos os estilhaços.
-A crise pode ser suplantada. Cortem TODAS despesas inúteis do governo federal. Coloquem na rua TODA cambada de PTistas mamando nas tetas do governo. Apurem TODOS os casos de corrupção, "duela a quin duela". Cortem 25 inúteis ministérios, cortem TODOS cartões corporativos, cortem TODAS mordomias dadas aos funcionários públicos (salários astronômicos, aposentadorias vultosas, viagens nababescas, diárias absurdas, carros de luxo com ar condicionado, quinquenios, docenios e outros enios), cortem TODO sustento das ditaduras cubanas e africanas, cortem todos programas tipo bolsa-família eterno, estabeleçam metas efetivas e dobrem as metas, cortem TODOS empréstimos subsidiados, cortem TODOS benefícios a montadoras, cortem TODOS superfluos. Pronto, apareceram mais, muito mais do que 100 bilhões!!!!!!!! falo que cobre, com folga, o rombo do primeiro mandato. O excesso?? Honestamente apliquem na educação e saúde, novas escolas, novos hospitais, novas creches, salários bons para professores e médicos BRASILEIROS. O país começará a entrar nos eixos.
Carlos Chagas e Lico Azevedo
Sábado 5 de setembro, 2015

4 de setembro de 2015

DELATOR DA LAVA JATO E PRESIDENTE DA CCJ DA CÂMARA SÃO DENUNCIADOS AO SUPREMO



O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou hoje (4) ao Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, um dos delatores do esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato. Pessoa foi denunciado junto com o senador Benedito Lira (PP-AL) e seu filho, o deputado federal e presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Arthur de Lira (PP-AL). Eles vão responder pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

De acordo com a denúncia, Pessoa pagou “de modo livre, consciente e voluntário” propina para o senador e o deputado com objetivo de manter a UTC Engenharia no esquema de corrupção e lavagem de dinheiro que existia na diretoria de Abastecimento da Petrobras, que foi comandada por Paulo Roberto Costa, indicado do PP para a diretoria.

Segundo o procurador, os parlamentares receberam R$ 1 milhão, cada um, de Ricardo Pessoa. “Benedito de Lira e Arthur de Lira auferiram vantagens indevidas de praticamente todas as formas observadas no esquema de corrupção e lavagem de dinheiro relacionado à Petrobras desvendado pela chamada Operação Lava Jato. Em várias das situações, verifica-se o envolvimento de Ricardo Ribeiro Pessoa, proprietário da UTC Engenharia, uma das empresas integrantes do cartel de empreiteiras que atuava em detrimento da sociedade de economia mista [Petrobras]”, diz Janot.

Além da condenação, a procuradoria pede que os investigados devolvam R$ 2,6 milhões e paguem multa no valor de R$ 5,2 milhões, referente à indenização pelo dinheiro desviado. Janot também pediu que o STF decrete a perda da função pública dos parlametares. Conforme pedido da Procuradoria-Geral da República, a pena de Pessoa deverá considerar o tempo máximo acordado no acordo de delação premiada.

Em nota, o senador Benedito de Lira afirmou que nunca teve envolvimento com “malfeitos” e que aguarda serenamente a decisão do tribunal. "O senador Benedito de Lira tem consciência de que doação de campanha não é crime, pois sempre esteve prevista na legislação eleitoral”, diz a nota.

O advogado Pierpaolo Bottini informou que Arthur de Lira não foi notificado sobre a denúncia, mas considerou as acusações equivocadas.

André Richter

Sexta-feira, 04 de setembro, 2015