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13 de dezembro de 2015

JANOT VÊ REGULARIDADE EM ABERTURA DE IMPEACHMENT ANTES DE OUVIR DILMA




Em manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se posicionou contra a exigência de defesa prévia da presidente Dilma Rousseff antes da abertura de processo de impeachment. O argumento da necessidade da defesa é usado pelo PC do B, em ação proposta à Corte, e também pela Presidência da República para pedir a anulação do ato do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que recebeu a denúncia que deu origem ao processo de impedimento de Dilma.

Para Janot, não há previsão legal para ouvir a presidente antes de dar prosseguimento ao processo de impeachment. “A Suprema Corte não pode atuar como legislador positivo (...) para o fim de criar fase processual não prevista na lei especial a que a Constituição defere a regulamentação do processo de impedimento do chefe do Executivo”, escreveu Janot. Ele argumenta que o impeachment do ex-presidente e atual senador Fernando Collor (PTB-AL) foi realizado sem a fase da defesa prévia antes do recebimento da denúncia.

O procurador-geral, no entanto, opinou pela invalidade da eleição que escolheu 39 integrantes da comissão especial da Câmara. De acordo com ele, não há previsão constitucional para que a votação fosse feita de forma secreta, como foi. Ele aponta ainda que a votação teve cenas “lamentáveis de tumulto, incivilidade e dano a patrimônio público”. “Nas deliberações em processo por crime de responsabilidade do Presidente da República, não há espaço para votação secreta. O texto constitucional, ao tratar da matéria, não autoriza deliberação sigilosa e determina que lei especial disponha sobre o tema”, escreveu Janot, ao recomendar que o Supremo anule a votação se entender que a escolha não seguiu os preceitos constitucionais.

A ação que questiona o rito que deve ser seguido pelo Congresso foi proposta pelo PC do B e será discutida em plenário no STF na próxima quarta-feira, dia 16. Até lá, o impeachment da presidenta Dilma está travado no Congresso por liminar do relator da ação, ministro Luiz Edson Fachin.


Senado. Um dos principais pontos da ação pede que o STF se manifeste sobre o papel do Senado na instauração do impeachment de Dilma. A alegação do PC do B, reforçada pela manifestação do próprio Senado e pelo documento enviado pela Presidência da República, é de que a decisão da instauração do impeachment deve ser tomada por 2/3 dos senadores e não é vinculada à deliberação da Câmara. A atuação da Câmara, neste caso, consiste em mera autorização para prosseguimento do impeachment.

No parecer encaminhado ao Tribunal, Janot segue entendimento de que a competência para instauração do impeachment é do Senado, sem vinculação com o entendimento da Câmara. Ele entende, no entanto, que a decisão precisa ser tomada por maioria simples dos senadores e não por 2/3 do plenário, como proposto pelo governo.

“A norma constitucional veda instauração direta de processo no Senado, pois define como indispensável prévia autorização da Câmara dos Deputados, que consubstancia condição de procedibilidade. Após deliberação desta, o processo pode ser instaurado e julgado pela câmara alta, que realiza juízo de acusação e julgamento da causa”, escreveu Janot. A discussão opõe Câmara e Senado. Em manifestação ao Supremo, Cunha defendeu que não caberia ao Senado revisar a decisão dos deputados. Já o Senado, assim como a Presidência da República e Janot, apontam que as decisões não estão vinculadas.

Cunha. O procurador-geral afirmou ainda que não cabe, no tipo de ação proposta ao STF, determinar a ocorrência de suspeição ou impedimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ou de outro parlamentar, na condução do processo de impeachment. De acordo com Janot, não é o tipo de ação para fazer o questionamento. (AE)
Domingo, 13 de dezembro, 2015

11 de dezembro de 2015

DOAÇÕES PARA CAMPANHAS ELEITORAIS PREOCUPAM MINISTROS DO TSE





As instruções para as eleições de 2016 foram tema de debate na sessão de hoje do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, enquanto era discutida a minuta de resolução sobre os limites de gastos a serem observados por candidatos a prefeito e vereador, o presidente do Tribunal, ministro Dias Toffoli, e o vice-presidente, Gilmar Mendes, demonstraram preocupações com as doações para as campanhas.

“Essa é uma resolução extremamente importante em uma eleição em que não vamos ter mais doação de pessoas jurídicas. E também aqui o tema tem conexão com a questão dos gastos e certamente isso vai envolver um aprendizado para a justiça eleitoral no que diz respeito à própria fiscalização, que não depende apenas da justiça eleitoral, mas dos próprios candidatos e partidos”, disse Mendes.

O presidente do Tribunal, ministro Dias Toffoli, também manifestou preocupação com o tema das doações. A proibição da doação de empresas a partidos políticos já está valendo para as próximas eleições, em 2016: “Eu tenho, inclusive, uma preocupação, porque quando aquilo que era lícito passou a ser proibido, quem pode fazer a doação ou quem tenderá a fazer a doação é quem já está no ilícito. É importante nessas novas regras que o Ministério Público Eleitoral esteja preparado para acompanhar de perto esta questão”.

Toffoli disse ainda que em todo o mundo ocidental há uma preocupação com relação ao uso de recursos vindos de organizações criminosas. “Em toda a América Latina, e em todo o mundo ocidental, uma das maiores preocupações está sendo o dinheiro vindo de organizações criminosas e narcotráfico nas campanhas eleitorais. E é importante estar atento a isso nessas eleições de 2016 porque, com a proibição de as empresas fazerem doações, o mundo real procura as suas alternativas”.

E Toffoli completou: “O mundo real é como a água da chuva: ela procura uma saída, procura uma alternativa e penso que o Ministério Público deverá ter aí um papel fundamental”. O ministro Gilmar Mendes disse que vai propor a criação de um grupo ou comissão para debater o tema da fiscalização: “Temos que tomar todos os cuidados no que diz respeito ao aperfeiçoamento da fiscalização”.

Os ministros do TSE vão decidir sobre as instruções para as eleições municipais de 2016 na próxima sessão, na terça-feira (15). As minutas das resoluções analisadas tratam de temas como registro e divulgação de pesquisas eleitorais, escolha e registro de candidatos e limites de gastos, entre outros. O TSE realizou audiências públicas para coletar sugestões para cada uma das instruções.

(EBC)

Sexta-feira, 11 de dezembro, 2015


TSE GARANTE URNA ELETRÔNICA NAS ELEIÇÕES DE 2016




O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou quinta-feira (10) que as eleições municipais do próximo ano serão realizadas com urnas eletrônicas. Segundo nota enviada pela corte, após o Congresso aprovar o projeto de lei que mudou a meta fiscal de 2015, o Ministério do Planejamento fez uma nova estimativa de receitas que garantem a votação por meio eletrônico. Com a nova meta, a Justiça Eleitoral terá 267 milhões de reais garantidos. A equipe econômica manteve o corte de 161 milhões de reais.

No dia 3 de novembro, o TSE havia afirmado que não teria recursos para custear a eleição com urnas eletrônicas por causa do contingenciamento de 428 milhões de reais do orçamento da Justiça Eleitoral. Dessa forma, os eleitores brasileiros voltariam a escolher seus representantes pelo voto de papel.

"Esse bloqueio no orçamento afeta severamente vários projetos do TSE e dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs). O impacto maior reflete no processo de aquisição de urnas eletrônicas, com licitação já em curso e imprescindível contratação até o fim do mês de dezembro, com o comprometimento de uma despesa estimada em 200 milhões de reais", dizia a nota do tribunal.

Desde 1996, a Justiça Eleitoral usa majoritariamente urnas eletrônicas no Brasil - elas são substituídas por urnas manuais apenas em caso de pane. Os pleitos municipais, como os do ano que vem, movimentam mais candidatos a prefeituras e câmaras municipais do que as eleições gerais.

(EBC)
 
Sexta-feira, 11 de dezembro, 2015