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12 de janeiro de 2016

O CRIME COMPENSA




É incrível como o PT, através do executivo que está em suas mãos sujas há 13 anos, esforça-se para provar que no Brasil o crime compensa. Como se não bastasse aquela lei repugnante que legaliza o dinheiro sujo guardado por criminosos no exterior escondido das autoridades competentes, como se não bastasse o absurdo corte de verbas da Polícia Federal, que precisa de recursos para passar a limpo a sujeira que inunda o país, como se não bastasse os ataques ferozes e continuados ao instituto da delação premiada que está possibilitando ao corajoso juiz Sergio Moro condenar mais de uma centena de meliantes e levantar a ponta do tapete que esconde o maior mar de lama que se tem notícia na história deste país, vem agora a honrada Presidente com esta medida provisória nº 703,  de 18 de dezembro de 2015, mais uma solene e estrondosa  bofetada na nossa cara, para livrar as empreiteiras corruptas e corruptoras de pagar por seus crimes que enojam a sociedade. E, pior do que isso, para permitir que continuem trabalhando para o governo, em obras superfaturadas que possibilitam manter aberto o propinoduto que irriga o sistema encastelado no poder através de pixulecos milionários.

Aliás, a sabedoria popular nos ensina que devemos desconfiar de pessoas que se autoproclamam honestas, como se isso fosse uma virtude e não uma obrigação...

Dilma, arrogante como sempre, vem com esse papo infantil pra boi dormir, dizendo que, em nome do interesse nacional (ou do PT?), não se deve condenar as virtuosas empresas, que tantos empregos geram, mas apenas seus executivos que praticaram “por iniciativa própria” os crimes dos quais estão sendo acusadas. Um sofisma de dar inveja aos mais célebres filósofos gregos da antiguidade, desde Protágoras de Abdera (490-421 a.C.), passando por Sócrates e outros menos votados.


Estas empreiteiras são empresas familiares que há décadas vem saqueando o erário e amealhando fortunas inimagináveis em parceria com políticos de vários matizes. São famílias de dar inveja a Don Corleone, um coitado se comparado com elas, que vem atuando há décadas, geração após geração, da mesma forma e no mesmo “setor”. É claro que o que se assiste hoje atingiu proporções surpreendentes e calamitosas, graças à ação de um partido patrimonialista que propositadamente confunde o público com o privado para sustentar seu projeto hegemônico.

Não é por menos que Modesto Carvalhosa, em brilhante artigo no Estadão, classifica mais este atentado ao pudor nacional de “A medida provisória do escárnio”.

Na verdade, o que deveríamos fazer, não sei como, é acabar com as tais medidas provisórias, sucessoras dos decretos-lei das ditaduras, desde o Estado Novo de Getúlio Vargas.

A pergunta do dia é: quanto não terá custado esta MP das empreiteiras, que é mais lucrativa do que a MP das montadoras, investigada na Operação Zelotes, e que rendeu 2,5 milhões de reais para o Lulinha, o filho caçula do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva?

Neste momento, e diante da circunstâncias, é preciso que juntemos nossa voz aos setores que estão fazendo críticas e restrições ao acordo de leniência que esta MP promove, que o deputado Raul Jungmann (PPS-PE) classifica como lei pró-corrupção.

Mas as continuadas barbaridades não param aí, nesse apoio aos “malfeitos”, como diria a Presidenta. Ainda vamos ver, daqui a pouco, os petralhas Delúbio Soares (antecessor do Ministro Edinho Silva), o multicriminoso José Dirceu (mensalão e Java Jato) que continuava ganhando fortunas operando do seu “escritório” na Papuda, e o ex-deputado João Paulo Cunha, entre outros, indultados pela Mamãe Noel do Planalto, nossa “mulher sapiens”, confirmando que no Brasil o crime compensa

Nós, que desejamos ser filhos de uma nação que nos dê orgulho, vamos continuar nossa batalha pelo impeachment, muito embora o Ministro Barroso do STF tenha jogado água fria na nossa fervura. Ficou mais difícil, mas não impossível. Isso se antes o TSE não nos der a alegria de invalidar o esbulho de 2014, baseado nas provas abundantes de injeção de recursos ilícitos que irrigaram a campanha mais cara que já aconteceu na República, e que deu origem ao mais escandaloso estelionato eleitoral já perpetrado na curta existência da nossa frágil democracia.

A verdade é simples, nua e crua: só poderemos começar a reconstrução nacional quando conseguirmos defenestrar o PT.

E assim provar que no Brasil o crime não compensa.

(Flávio Faveco Corrêa)

Terça-feira, 12 de janeiro, 2016



11 de janeiro de 2016

OITO PREFEITOS QUE TÊM CHANCES DE REELEIÇÃO EM GOIÁS




Mesmo quando eficientes, os prefeitos goianos têm dificuldades para administrar os municípios. Faltam recursos para investimentos e mesmo para pagar funcionários e fornecedores. O resultado é que há uma quebradeira generalizada. Oito prefeitos têm condições de serem reeleitos. Embora não sejam líderes nas pesquisas de intenção de voto, alguns deles estão em fase de recuperação. Issy Quinan, do PP, é favorito disparado em Vianópolis. Faz uma administração considerada qualitativa até por seus adversários, tanto que não tem rivais consistentes para a disputa de 2 de outubro deste ano. Evandro Magal, do PP, é favoritíssimo em Caldas Novas. É consistente tanto política quanto eleitoralmente. Tende a ser reeleito com facilidade e conta com o apoio da deputada federal Magda Mofatto (PR) e do deputado estadual Marquinho do Privê (PSDB).

Judson Lourenço (PMDB), de Santa Helena, não pretende disputar a reeleição, porém, dada sua consistência política e administrativa, é um nome forte. Pode ser empurrado para a disputa.

Jardel Sebba (PSDB), de Catalão, enfrentou uma fase difícil, mas está se recuperando. Pode surpreender Adib Elias (PMDB). Com fama de violento — numa gravação, fala em matar o empresário César da PC —, Adib Elias pode ser superado pelo afável e civilizado Jardel Sebba.


Jânio Darrot (PSDB) pôs a casa em ordem em Trindade e deve ser reeleito. Quando assumiu, em 2013, descobriu que o prefeito anterior, Ricardo Fortunato (PMDB), havia deixando a prefeitura quebrada. Aos poucos, de maneira organizada, ajeitou as contas da prefeitura e, agora, sua gestão está deslanchando. Se for reeleito, terá condições de fazer uma gestão até revolucionária. É um político decente e um gestor sério e comprometido com a sociedade. A deputada Flávia Morais, do PDT, pode apoiá-lo? É possível. Se o fizer, será imbatível.

Misael Oliveira, de Senador Canedo, não lidera as pesquisas, mas pode ser reeleito. Há um dado curioso: o prefeito do PDT é mais bem avaliado como administrador do que como político. Resta-lhe estabelecer um marketing eficiente que acoplem as imagens do gestor e do político. Zélio Cândido (PSB) é teleguiado por Vanderlan Cardoso; não tem identidade. A história de Divino Lemes (PSD), embora relativamente esquecida, não é positiva no município.

Em Itumbiara, Chico Balla (PTB), se tiver o apoio do líder José Gomes da Rocha, pode comprar o terno para a segunda posse. Não se trata de um gestor criativo e de um político popular como Zé Gomes. Porém, com o apoio do ex-prefeito, é favoritíssimo. E, até agora, a oposição não apresentou um nome sólido.

O problema de João Gomes é mais o PT do que sua gestão. O prefeito de Anápolis faz uma administração bem avaliada e articula politicamente com habilidade — tanto que mantém relação positiva com o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB —, mas o fato de pertencer ao PT o prejudica. O que o favorece é sua imagem de empresário e de que não é um petista dos mais petistas.

(Jornal Opção online)

Segunda-feira, 11 de janeiro, 2016

POR QUE FOGO ANTECIPADO SOBRE JAQUES WAGNER



Calcula-se que em política não há coincidências, valendo prospectar porque, de duas semanas para cá, o couro vem cantando no lombo do chefe da Casa Civil, Jaques Wagner. Afinal, seus dois mandatos no governo na Bahia, sua escolha para primeiro-ministro da presidente Dilma e sua performance no palácio do Planalto vinham sendo saudados como dos raros aspectos louváveis do PT e do governo.

De repente, desaba a tempestade sobre o personagem, com suposições de sua participação em maracutaias eleitorais e até referências na Operação Lava Jato.

Há que atentar para a evidência de que tudo acontece depois de o Lula perder altura como obvio candidato natural do PT à sucessão de 2018. No PT, registrou-se muita ebulição, com o próprio ex-presidente reagindo à crise econômica e sugerindo propostas que a presidente Dilma ignora. Ainda mais depois de referências ao seu filho mais novo em atividades pouco claras. Apesar de continuarem se encontrando com periodicidade, antecessor e sucessora divergem cada vez mais, com Jaques Wagner chefiando a resistência de Madame, peça fundamental para a queda de Joaquim Levy do ministério da Fazenda. A bolha estourou quando, entre parte dos companheiros, o principal auxiliar começou a ter seu nome lembrado como alternativa para a indicação presidencial. Muitos entendem tratar-se de um sacrilégio, além de uma hipótese quase impossível o afastamento do Lula. Mesmo assim, incomoda. Eis a coincidência, em especial quando Wagner colocou em campo um exército de coelhos. De seu próprio partido foram disparados petardos, claro que também acionados de trincheiras variadas.  Existem ministros felizes com a blitz. Da mesma forma, gente no PMDB, para não falar das oposições.

Não tivesse o ex-governador sido mencionado como alternativa sucessória e não estaria sendo alvo antecipado.

OS RICOS E OS POBRES

O passado costuma sempre apontar o que devemos evitar, mais do que o que fazer. Há exceções, no entanto. Will Durant, na sua magistral “História da Civilização”, conta que nos séculos de Augusto a Marco Aurélio, na maioria das municipalidades da península, assembleias escolhiam os governantes, magistrados e demais autoridades. Só que eles se obrigavam a dar às cidades apreciável quantidade de dinheiro em troca do privilégio de servi-las. O costume determinava que fizessem donativos para o bem público. Os cargos não tinham remuneração, e além de obras públicas como estradas, pontes, aquedutos e bibliotecas, também teatros, jogos, templos, e banhos eram por conta da municipalidade. É claro que a aristocracia unia-se à oligarquia, em detrimento da imensa maioria de pobres, mas nunca o rico fez tanto pelo pobre, até fornecendo viveres grátis em tempos de carestia. Em retribuição as cidades votavam aos doadores estátuas e inscrições. Os pobres não se entusiasmavam muito, pois acusavam os ricos de haver enriquecido às custas deles e pediam menos edifícios belamente ornados e mais trigo em conta.

A diferença é de que dois mil anos depois dos romanos assistimos autoridades, magistrados e governantes não apenas muito bem remunerados, mas continuando a prática do enriquecimento às custas do conluio entre aristocratas e oligarcas. Só que o rico, agora, faz muito menos pelo pobre...

(Carlos Chagas)

Segunda-feira, 11 de janeiro, 2016