Mesmo
quando eficientes, os prefeitos goianos têm dificuldades para administrar os
municípios. Faltam recursos para investimentos e mesmo para pagar funcionários
e fornecedores. O resultado é que há uma quebradeira generalizada. Oito
prefeitos têm condições de serem reeleitos. Embora não sejam líderes nas
pesquisas de intenção de voto, alguns deles estão em fase de recuperação. Issy
Quinan, do PP, é favorito disparado em Vianópolis. Faz uma administração
considerada qualitativa até por seus adversários, tanto que não tem rivais
consistentes para a disputa de 2 de outubro deste ano. Evandro Magal, do PP, é
favoritíssimo em Caldas Novas. É consistente tanto política quanto
eleitoralmente. Tende a ser reeleito com facilidade e conta com o apoio da
deputada federal Magda Mofatto (PR) e do deputado estadual Marquinho do Privê
(PSDB).
Judson
Lourenço (PMDB), de Santa Helena, não pretende disputar a reeleição, porém,
dada sua consistência política e administrativa, é um nome forte. Pode ser
empurrado para a disputa.
Jardel
Sebba (PSDB), de Catalão, enfrentou uma fase difícil, mas está se recuperando.
Pode surpreender Adib Elias (PMDB). Com fama de violento — numa gravação, fala
em matar o empresário César da PC —, Adib Elias pode ser superado pelo afável e
civilizado Jardel Sebba.
Jânio
Darrot (PSDB) pôs a casa em ordem em Trindade e deve ser reeleito. Quando
assumiu, em 2013, descobriu que o prefeito anterior, Ricardo Fortunato (PMDB),
havia deixando a prefeitura quebrada. Aos poucos, de maneira organizada,
ajeitou as contas da prefeitura e, agora, sua gestão está deslanchando. Se for
reeleito, terá condições de fazer uma gestão até revolucionária. É um político
decente e um gestor sério e comprometido com a sociedade. A deputada Flávia
Morais, do PDT, pode apoiá-lo? É possível. Se o fizer, será imbatível.
Misael
Oliveira, de Senador Canedo, não lidera as pesquisas, mas pode ser reeleito. Há
um dado curioso: o prefeito do PDT é mais bem avaliado como administrador do
que como político. Resta-lhe estabelecer um marketing eficiente que acoplem as
imagens do gestor e do político. Zélio Cândido (PSB) é teleguiado por Vanderlan
Cardoso; não tem identidade. A história de Divino Lemes (PSD), embora
relativamente esquecida, não é positiva no município.
Em
Itumbiara, Chico Balla (PTB), se tiver o apoio do líder José Gomes da Rocha,
pode comprar o terno para a segunda posse. Não se trata de um gestor criativo e
de um político popular como Zé Gomes. Porém, com o apoio do ex-prefeito, é
favoritíssimo. E, até agora, a oposição não apresentou um nome sólido.
O
problema de João Gomes é mais o PT do que sua gestão. O prefeito de Anápolis
faz uma administração bem avaliada e articula politicamente com habilidade —
tanto que mantém relação positiva com o governador de Goiás, Marconi Perillo,
do PSDB —, mas o fato de pertencer ao PT o prejudica. O que o favorece é sua
imagem de empresário e de que não é um petista dos mais petistas.
(Jornal
Opção online)
Segunda-feira,
11 de janeiro, 2016
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