O
setor de construção civil no país perdeu em novembro o patamar de 3 milhões de
postos de trabalho, segundo pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da
Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a
Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do
Trabalho e do Emprego.
O setor encerrou o mês de novembro de 2015 com
2,9 milhões de trabalhadores formais, retornando ao nível registrado em agosto
de 2010. Em 12 meses, foram cortadas 514 mil vagas.
Em
relação a outubro, houve queda de 2% no nível de emprego, com o fechamento de
61,3 mil postos de trabalho, considerando os fatores sazonais.
Para
o vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan, a forte queda no
nível de emprego da construção em novembro reflete tanto a persistência da
retração dos investimentos como o fenômeno sazonal de mais demissões que
contratações, que acontece nos dois últimos meses de cada ano, quando o ritmo
das obras diminui. "Sem novos projetos para execução imediata e
desprovidas de um horizonte para a retomada da confiança, as empresas da
construção continuaram demitindo", comenta.
Em
novembro, preparação de terreno teve a maior retração (3,63%) em comparação a
outubro, seguido de infraestrutura (3,01%) e pelo segmento imobiliário (2,04%).
No acumulado do ano, contra o mesmo período do ano anterior, o segmento de
infraestrutura apresentou a maior queda (14,46%), seguido pelo segmento imobiliário
(13%).
A
deterioração do mercado de trabalho afetou todas as regiões do Brasil em
novembro, sendo que os piores resultados foram observados no Norte (- 5,13%), e
no Centro-Oeste (-2,57%). Em números absolutos, a maior queda foi no Sudeste
(-29.641 vagas). No Norte foram fechadas 9.196 vagas.
São
Paulo
No
estado de São Paulo, o emprego caiu 1,62% em novembro em relação a outubro,
considerando efeitos sazonais, com o corte de 12,8 mil vagas.
No
acumulado ano, a redução foi de 7,77% em relação ao mesmo período de 2014,
sendo que o segmento imobiliário respondeu pelo pior desempenho (-10,07%). O
estoque de trabalhadores caiu para 776,4 mil.
Na
capital, que responde por 46% do total de empregos no setor, a retração no
mesmo comparativo foi de 11,73%.
(G1)
Quinta-feira,
14 de janeiro, 2016
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