O
principal motivo para a demissão de servidores públicos em 2015 foi a
corrupção. De acordo com levantamento da Controladoria-Geral da União (CGU)
divulgado nesta sexta-feira, dos 541 servidores demitidos pelo governo por
práticas ilícitas, 332, ou 61,4%, foram acusados de corrupção. No total, 447
demissões de servidores efetivos foram registradas, número recorde em
comparação com os últimos cinco anos, além de 53 cassações de aposentadorias e
41 destituições de ocupantes de cargos em comissão. Funcionários de estatais
como Caixa Econômica, Correios e Petrobras não estão incluídos nos números.
Segundo
a CGU, "o abandono de cargo, a inassiduidade ou a acumulação ilícita de
cargos" são o segundo motivo que mais justificou demissões: 138, ou 25,5%
do total. "Proceder de forma desidiosa e participação em gerência ou
administração de sociedade privada" também aparecem entre as razões que
mais afastaram servidores.
De
2003 até 2015, o governo federal expulsou 5.659 servidores, dos quais 4.729 foram
demitidos, 426 tiveram a aposentadoria cassada e 504 foram afastados de suas
funções comissionadas. Os Estados com número mais elevado de punições nos
últimos doze anos foram Rio de Janeiro (980), Distrito Federal (705) e São
Paulo (600). Os ministérios do Trabalho e Previdência Social, da Educação e da
Justiça foram as pastas com maior quantidade de estatutários expulsos.
Pela
Lei Ficha Limpa, os servidores punidos ficam inelegíveis por oito anos. A
depender do tipo de infração cometida, também podem ficar impedidos de voltar a
exercer cargo público. Em todos os casos, as irregularidades cometidas ficaram
comprovadas após condução de Processo Administrativo Disciplinar (PAD), que
garantiu aos envolvidos o direito à ampla defesa e ao contraditório, segundo
informou a CGU em seu site.
O
relatório de punições é publicado mensalmente na internet, para prestar contas
à sociedade sobre a atividade disciplinar exercida no âmbito do Executivo
federal. As informações são consolidadas por meio do Sistema de Correição, que
conta com uma unidade em cada ministério e é dirigido pela Corregedoria-Geral
da União, vinculada à CGU.
(Com
Estadão Conteúdo)
Sábado,
09 de janeiro, 2016
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