"Segurança do deputado estadual
Paulo Cezar Martins efetuou o disparo após bate-boca e pancadaria entre
integrantes de chapas opositoras"
Uma confusão dentro da sede do PMDB de
Goiás acabou em tiro na noite da quarta-feira(27/1). O presidente nacional da
Juventude do PMDB, Pablo Rezende, informou que o segurança do deputado estadual
Paulo Cezar Martins teria disparado contra ele. Em entrevista ao Jornal Opção,
Pablo afirma que o tiro foi em sua direção e de outro integrante da juventude,
Victor Hipólito.
No
caminho para a delegacia, Pablo Rezende relatou que a confusão começou quando o
deputado tentou impedir integrantes da chapa de Nailton Oliveira de ter acesso
a documentos que comprovariam uma suposta fraude na assinatura de delegados do
partido.
“Nós
tínhamos autorização do presidente da Comissão Provisória, Pedro Chaves, para
fazer cópias da documentação. Há uma suspeita de fraude, nós entramos com um
pedido na justiça para impugnar a outra chapa”, afirmou.
O
deputado estadual teria chegado na sala e iniciado uma discussão. Pablo
insistiu que iria levar os documentos e foi, então, que Paulo Cezar Martins
teria perdido a calma, e “quebrado a sala inteira”, relata. “Victor
começou a filmar tudo, Paulo Cezar mandou parar e saiu correndo atrás dele.
Pegou e quebrou o celular. Eu parti para cima dele e, na confusão, o segurança
atirou”, completa.
A
confusão teria sido presenciada por outras quatro pessoas, incluindo a
secretária do partido, Dona Helen. Presidente do diretório Metropolitano, Bruno
Peixoto, teria estado no local.
Outro
lado
Em
entrevista ao Jornal Opção, o deputado estadual Paulo Cezar Martins nega
veementemente que o tiro tenha sido disparado na direção do presidente da
Juventude, Pablo Rezende, e que apenas se defendeu de agressões.
“Cheguei
à sala onde estavam Pablo e Marcelo mexendo em documentos da eleição. Pedi aos
dois que parassem, pois eles não tinham autorização, a pessoa responsável já
não estava no local. Eles me ignoraram e continuaram. Insisti mais de seis vezes”,
conta.
Foi
então que o deputado desligou o computador de Pablo Rezende, que teria reagido.
Segundo ele, Marcelo, que acompanhava Pablo, avançou em sua direção com uma
cadeira. “Foi aí que eu vi documentos dentro da calça dele. Estavam levando
documentos!”, alega.
Em
meio à briga, o segurança de Paulo Cezar Martins, que estava fora da sala,
ouviu a gritaria e atirou para cima com o único intuito de separar a confusão.
“Vieram cinco para cima de mim, eu estava apanhando”.
O
deputado reconheceu que tomou e quebrou o celular de um dos que acompanhavam o
presidente da Juventude. “Eles estavam com documentos dentro da calça,
não iriam fazer xerox, foram lá para roubar documentos”, garante.
Também
na delegacia para fazer Boletim de Ocorrência sobre o caso, Paulo Cezar Martins
diz que a ação foi comandada pela ex-deputada federal Dona Íris: “Ela
está com medo de perder o poder. Mandou os jagunços dela lá para tentar
inviabilizar as eleições”.
“Dona
Íris está tentando manter o domínio do partido. Quer manter o ‘panelão’ do PMDB
e nós estamos reagindo democraticamente. Ela quer ser candidata a senadora e
está com medo de perder de novo”, desabafou.
EM NOTA, DANIEL VILELA
DIZ QUE NÃO COMPACTUA COM VIOLÊNCIA E PEDE TRANSPARÊNCIA NA ELEIÇÃO
Confira
na íntegra a nota de Daniel Vilela:
Propósito dos fatos ocorridos na sede do
diretório do PMDB na tarde de quarta-feira, o deputado federal Daniel Vilela,
candidato à presidência do partido em Goiás, faz as seguintes observações:
–
Não aceita e nem compactua com qualquer tipo de violência, verbal ou física,
envolvendo filiados do partido;
–
Defende a transparência e a publicidade de todos os documentos relacionados à
sucessão no diretório regional do PMDB;
–
Confia plenamente na autonomia e isenção dos membros dos diretórios municipais
que enviaram suas informações para a formação das chapas. Caso haja algum
questionamento, a Executiva do partido deve se manifestar;
–
Conclama todos os filiados do PMDB para uma eleição pacífica e democrática no
próximo dia 5 de fevereiro, respeitando as divergências internas e a história
do maior partido de Goiás.
Daniel
Vilela
(Por
Alexandre Parrode)
Quinta-feira,
28 de janeiro, 2016.
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