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8 de março de 2017

PROGRAMA DE CONCESSÕES PREVÊ R$ 45 BILHÕES EM INVESTIMENTOS, DIZ TEMER



 O presidente Michel Temer disse terça-feira(7/03), que o Programa de Parcerias em Investimentos (PPI) deverá atrair R$ 45 bilhões em investimentos em projetos e concessões na área de infraestrutura. O anúncio foi realizado no mesmo dia em que o IBGE divulgou o Produto Interno Bruto (PIB) de 2016, que mostrou recuo de 3,6%. O pacote inclui projetos de rodovias, ferrovias, terminais portuários e linhas de transmissão de energia.

Em declaração na abertura da reunião do PPI, Temer disse que o processo de retomada do crescimento econômico, que já começa a se desenhar, vai precisar da parceria dos recursos privados para a infraestrutura. "Precisaremos de investimento privado para retomada, até em função das dificuldades de orçamento que temos", comentou.

Depois de dizer que serão discutidos, na reunião, 35 lotes de empreendimentos na área de transmissão de energia em 17 Estados e projetos nas áreas de ferrovias, rodovias e portos, Temer comentou a situação da BR-163 no Pará, onde caminhões enfrentam dificuldades de tráfego porque a pista não é asfaltada. "Ouço palavras ressaltando que boa parte da safra se perde pela ausência de uma boa infraestrutura de transportes", disse.

Temer ressaltou que a situação foi herdada. "Não fomos nós que fizemos isso", frisou. Mas afirmou que o governo já está agindo, com o apoio do Exército, para garantir as condições mínimas de tráfego. "Digo isso para reforçar a importância dessa parceria de investimentos, porque com o tempo queremos ter infraestrutura tão sólida, eficaz e exata que o escoamento da produção se dê com grande facilidade."

Cronograma

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, apresentou o cronograma de concessões de infraestrutura do governo para os próximos meses. "O objetivo, respeitando o calendário, é restabelecer a previsibilidade no País", afirmou.

Desde que o PPI foi criado, de acordo com Moreira, o governo assinou dois contratos de prorrogação de terminais portuários e privatizou a distribuidora de energia goiana Celg-D, que pertencia à Eletrobrás e ao governo de Goiás. "Foi uma vitória do Ministério de Minas e Energia, pois para se chegar a esse contrato não foi uma trajetória tranquila, fácil e serena", disse.

O ministro citou que o governo lançou cinco consultas públicas: para a prorrogação da malha ferroviária paulista; das concessões das BR 101, 209, 286 e 448, no Rio Grande do Sul e Santa Catarina; dos terminais de celulose e veículos no Porto de Paranaguá; e do terminal de celulose do Porto de Itaqui.

Moreira mencionou ainda que oito editais foram publicados, sendo quatro dos aeroportos de Salvador, Fortaleza, Florianópolis e Porto Alegre, que serão leiloados em 16 de março; três de terminais portuários, com leilões previstos em 23 de março e 20 de abril; além da quarta rodada de campos marginais de petróleo e gás, cuja licitação está prevista para 11 de maio.

O governo contratou também dois estudos: um para a concessão das seis distribuidoras de energia que pertenciam à Eletrobras, no Norte e Nordeste; e um para a Lotex, que deve ser objeto de um informe do BNDES ainda hoje. Os dois estudos devem ser concluídos em julho. "Temos uma agenda de março a maio extremamente expressiva", disse.

Moreira destacou também o leilão de transmissão de energia, cujo edital será publicado até 13 de março, e as licitações para contratação de estudos de concessões de diversas companhias de saneamento. O leilão de dois terminais do Porto de Santarém em 23 de março, e o do terminal de trigo do Rio, em 20 de abril.

O governo também abrirá consulta pública para a concessão das BR 364 e 365 em Goiás até 31 de março, e para a Ferrogrão, até 25 de abril. "Também teremos a abertura de consulta pública para a Ferrovia Norte-Sul, um passo extremamente significativo", disse. (AE)

Quarta-feira, 8 de Março de 2017 ás 09hs55

7 de março de 2017

PRESIDENTE DO TSE AFIRMA QUE BRASIL VIVE 'QUADRO DE DESCALABRO'



O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou nesta segunda-feira, 6, que todo o TSE ficou surpreso com o volume de caixa 2 na última campanha eleitoral à Presidência, mesmo diante do alto montante gasto oficialmente, tanto pela chapa da candidata Dilma Rousseff, quanto pela do candidato de oposição, Aécio Neves. “Agora, estamos vendo o significativo percentual que foi doado por caixa 2, de maneira informal”, disse.

Ao ser questionado sobre conteúdo dos depoimentos de ex-executivos da Odebrecht à Corte Eleitoral, no processo que julga a chapa vencedora das últimas eleições presidenciais, composta por Dilma Rousseff e Michel Temer, Mendes declarou que o País vive um 'descalabro'. "Acho que nós vivemos, isso não precisa das delações, nas últimas décadas, um quadro de descalabro tão grande que é difícil classificar essa apropriação do público pelo privado, essa relação anárquica e promíscua", afirmou Gilmar.

O relator do julgamento na corte eleitoral, Herman Benjamin, também ficou impressionado com o grau de acesso e de domínio que o empresário Marcelo Odebrecht contou ter ao topo da cadeia de poder, sugerindo a impressão de apropriação do poder público pelo poder privado.

Comentando a declaração de Marcelo, que afirmou ter sido "bobo da corte" dos governos petistas, Gilmar disse que "realmente os eleitores têm sido feito de bobos nesse contexto todo".

Financiamento de campanha

Para as eleições presidenciais de 2018, o presidente do TSE defendeu que o Congresso Nacional consiga elaborar uma estrutura para regular o tema, que precisa entrar na agenda de votações até setembro. “Estamos num vazio. Corremos o risco de termos um quadro, talvez, de anomia [ausência de regras e normas], de falta de controle”, disse.

Gilmar Mendes chegou até a sugerir o “crowdfunding” (financiamento coletivo ou “vaquinha virtual”) como um modelo alternativo de financiamento de campanha eleitoral às normas atuais que impedem doação de empresas a partidos e candidatos.

"Temos que encontrar um outro meio de financiamento que não esse (atual), alguma coisa tem que ser feita, ou crowdfunding ou alguma coisa que se regularize em torno desse tema", afirmou Gilmar.

O ministro defendeu também que o fim das coligações seja encaminhado e passe a valer já nas eleições de 2018, considerando que a emenda constitucional sobre o tema foi aprovada no Senado e precisa passar pela Câmara. Para ele, a mudança já um "grande ganho".

Terça-feira, 7 de Março de 2017 ás 10hs30