A
Câmara dos Deputados aprovou por 330 votos uma emenda sugerida pelo líder do
PRB, Celso Russomano (SP), incluindo na PEC da Reforma Política o financiamento
de empresas a partidos políticos e doações de pessoas físicas a candidatos. Também
aprovou o fim da reeleição para prefeitos, governadores e presidente, por 452
votos. Foram vitórias do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que,
assim, deu novas demonstrações de força.
Antes
havia sido recusada por 343 votos uma emenda do líder do PMDB, Leonardo
Picciani (RJ), definindo o financiamento como exclusivamente público - numa
manobra para prorrogar a sessão, enquanto o quórum esperado por Cunha.
A
meta do presidente da Câmara era regulamentar as doações antes de o Supremo
Tribunal Federal (STF) vetar a possibilidade de o Congresso incluir o
financiamento de empresas como regra da Constituição de 1988. A suprema corte
aprecia o tema em uma ação que já tem maioria para limitar as doações a pessoas
físicas e ao Fundo Partidário. Falta apenas o voto do ministro Gilmar Mendes,
que manifestou ontem(27) a disposição de apresentá-lo em junho.
Fim
da reeleição
A
Câmara também aprovou, ontem noite, o fim da reeleição para cargos no
Executivo. Após todos os partidos orientarem suas bancadas a favor da emenda no
âmbito da PEC da Reforma Política, a reeleição foi extinta para prefeitos,
governadores e presidente da República, a partir das próximas eleições, por 452
votos. Apenas 19 deputados foram contra a mudança. Houve uma abstenção.
O
fim da reeleição foi o segundo item da reforma política aprovada pela Câmara,
após uma série de rejeições ocorridas entre anteontem e ontem. Os deputados já
haviam aprovados, na noite de quarta-feira, 27, a inclusão de uma emenda na
Constituição autorizando empresas privadas a fazem doações para as campanhas
eleitorais dos partidos políticos. Além da autorização para pessoas físicas
doarem diretamente para os candidatos.
A
Câmara retomará hoje a votação de outras emendas da PEC da Reforma Política,
como a coincidência ou não das eleições para presidente, governador, prefeito,
senador, deputado e vereador num mesmo pleito e não mais a cada dois anos como
ocorre hoje. A pauta inclui o fim do voto obrigatório.
(A/E)
Quinta-feira,
28 de maio, 2015
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