O
ex-deputado federal Roberto Jefferson, condenado a sete anos de prisão na Ação
Penal 470, o processo do mensalão, deixou quinta-feira(16) o Instituto Penal
Francisco Spargoli, em Niterói (RJ), e vai cumprir o resto da pena em prisão
domiciliar.
O
benefício foi autorizado sexta-feira(15/5) pelo ministro Luís Roberto Barroso,
do Supremo Tribunal Federal (STF), por Jefferson ter cumprido um sexto da pena
em regime inicial semiaberto. O
ex-deputado ficou 14 meses preso e conseguiu completar um sexto da pena com
desconto dos dias trabalhados em um escritório de advocacia como auxiliar de
escritório.
Condenado
por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Jefferson disse estar aliviado e
que pagou pelos crimes que cometeu. “Está pago, ainda tem algum tempo a
cumprir, mas está pago”, disse a jornalistas na saída do prédio.
Perguntado
se sabia do esquema de corrupção na Petrobras, investigado pela Operação Lava
Jato, o ex-deputado disse que não pode falar sobre esses assuntos, cumprindo
regra imposta pelo ministro Barroso. “Está aqui, mas não posso falar nada”,
disse, levando a mão à garganta.
Operado
em 2012 para a retirada de um tumor no pâncreas e de partes de outros órgãos do
sistema digestivo, Jefferson disse que vai aproveitar a saída da prisão para
cuidar da saúde e “namorar muito”. O ex-deputado deve se casar no fim deste
mês.
“Não
há prisão que seja boa, mas tirei com toda a serenidade. Evoluí, melhorei,
estou melhor que ontem. Tive o tempo de ler, de conhecer o sofrimento das
pessoas que passam por isso”, disse.
O
ex-deputado deixou o presídio dirigindo e disse que iria para um apartamento na
Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. (ABr)
Sábado,
16 de maio, 2015
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