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4 de janeiro de 2022

SEM REAJUSTE SALARIAL, FUNCIONÁRIOS NÃO PODEM ENFRENTAR OS PREÇOS

 

Vinte e dois governadores estaduais anunciaram reajuste aos funcionários públicos a partir de janeiro deste ano. Antes, portanto, do prazo máximo para qualquer aumento nominal que se esgota no mês de abril, seis meses antes das eleições.

 

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, se encontra entre os governadores que concedem o reajuste. O governador de São Paulo, João Doria, ao contrário, e também o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

 

A decisão é lógica. Os funcionários encontram-se desde 2017 sem uma reposição inflacionária. Enquanto isso os preços sobem sem parar. Chega a um ponto, como estamos muito próximos, de uma impossibilidade de saldar os compromissos obrigatórios, como é o caso da alimentação, da energia elétrica, das tarifas de transporte, do gás e das despesas com as escolas dos filhos, incluindo cadernos e livros.

 

Esses dados já bastam para destacar bem nitidamente a impossibilidade de os salários congelados poderem enfrentar a escala incessante dos preços. No O Globo, Marlen Couto e Bernardo Melo, numa excelente reportagem, focalizam o problema e apresentam a relação dos governadores, dividindo-os entre os que estão dispostos a reajustar o funcionalismo e os que sustentam não ter condições.

 

Compreensível, em consequência das inundações que atingiram o seu estado e desabrigaram mais de 600 mil pessoas, o governador Rui Costa da Bahia. A posição do governador João Doria vai deixá-lo muito mal junto ao eleitorado paulista, tanto em seu voo para Brasília, quanto em relação ao seu apoio ao vice-governador.

 

Enquanto isso, Geralda Doca e Eliana Oliveira, também O Globo de ontem, destacam declarações do ministro Paulo Guedes de que vai continuar lutando pela sua agenda, mesmo neste ano eleitoral que altera o ambiente político do país. Reconhece que está enfrentando dificuldades, inclusive em seu projeto de privatizações de empresas estatais.

 

 Na manhã de ontem, a GloboNews divulgou declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, prevendo inflação de apenas 5% no ano que começa. Disse também que o Produto Interno Bruto deve crescer apenas 0,36%. Um desastre, pois a população cresce 1% a cada 12 meses e o PIB não pode perder a corrida contra a taxa demográfica, pois neste caso cai a renda per capita brasileira.

 

Na edição de ontem, Folha de S. Paulo, Larissa Garcia, em reportagem de grande destaque, assinala que Roberto Campo Neto vai divulgar o sexto documento de sua administração para tentar justificar o índice inflacionário fora da meta. Ele, conforme assinalei, prevê 5%. Mas é a antiga questão, 5% sobre o quê? Sobre os 10,7% do ano passado? Ou 5% sobre a situação anterior a 2021? Sim, pois são situações diversas.

*Tribuna da Internet

Terça-feira, 04 de janeiro 2022 às 11:36


 

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