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6 de março de 2025

ENTENDA, PONTO A PONTO, AS NOVAS REGRAS DO PIX

O BC alterou o regulamento do Pix para excluir chaves de pessoas e de empresas que supostamente não esteja regular na Receita Federal. Segundo a autoridade monetária, a medida visa aprimorar a segurança das transações e impedir a aplicação de golpes via Pix com utilização de nomes diferentes daqueles armazenados na base de dados do Fisco.

“Com as novas medidas, será mais difícil para os usuários manterem chaves Pix com nomes diferentes daqueles armazenados nas bases da Receita Federal”, afirmou o BC, em nota. “A segurança é um dos pilares fundamentais do Pix e é entendida como um processo contínuo. Em função disso, o BC atua de forma permanente para garantir a manutenção do elevado patamar de segurança do Pix”, diz a autoridade monetária.

Ainda segundo o comunicado, as chaves de pessoas e de empresas cuja situação não esteja regular deverão ser excluídas. Além disso, CPFs e CNPJs com situação cadastral irregular, tais como os que estiverem suspensos, cancelados, cujo titular tenha morrido ou diversas outras situações, não poderão ser mantidas na base de dados do Pix.

 

A estimativa é de que pelo menos 8% das chaves apresentam problemas, segundo divulgado nesta quinta-feira, 6, pela autoridade monetária. Abaixo, entenda, ponto a ponto, as novas regras.

 

Por qual motivo foram implementadas novas regras?

A medida visa combater fraudes no Pix, sem restringir seu uso baseado na situação fiscal dos usuários. Foca em impedir o uso por indivíduos com CPFs fraudulentos ou problemas cadastrais, não afetando pessoas com pendências fiscais.

Em que situações as chaves Pix do CPF não poderão ser usadas?

Segundo o chefe-adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, Breno Santana Lobo, a norma do BC prevê quatro situações em que a chave Pix do CPF ou CNPJ não poderá mais ser usada:

 

Suspensão por problema cadastral;

Cancelamento por duplicidade ou decisão judicial;

Documento considerado nulo para os casos de fraude já constatada na inscrição;

Casos de baixa no documento, como falecimento.

 

Quem ficará responsável por cancelar as chaves?

Essa tarefa caberá aos participantes do Pix, que incluem bancos, instituições financeiras e meios de pagamento que ofereçam cadastro das chaves. O BC poderá aplicar penalidades se não cumprirem as novas medidas. O próprio BC poderá detectar e corrigir chaves com nomes divergentes dos registros da Receita, de modo a reforçar a segurança.

 

Como ficam as chaves aleatórias?

A partir de agora fica proibido alterar informações vinculadas a chaves aleatórias Pix. Pessoas e empresas também ficam proibidas de reivindicar a posse de chaves do tipo e-mail, que não podem mais mudar de dono. Apenas as chaves vinculadas a números de celular podem ter a titularidade alterada.

Pendências eleitorais podem levar à suspensão do CPF e cancelamento da chave Pix?

Segundo o chefe-adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, Breno Lobo, o descumprimento de obrigações eleitorais pode levar à suspensão do CPF, o que pode levar ao cancelamento de uma chave Pix associada ao CPF. “Se você não votar, se você não justificar, é um caso possível, sim, de ter o seu CPF com situação suspensa. Então, mais uma consequência de não estar com os deveres eleitorais em dia”.

 

Quantas chaves Pix de pessoas físicas estão com algum problema?

A estimativa do BC é de que 99% das mais de 796 milhões de chaves Pix de pessoas físicas estejam regulares. Das pouco menos de 8 milhões de chaves com problemas, 98% — ou aproximadamente 7,8 milhões — dizem respeito a usuários que faleceram, mas não tiveram seus nomes retirados do Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT), a base de dados que armazena as informações.

 

Quantas chaves Pix usadas por empresas estão com algum problema?

Entre as quase 40 milhões de chaves Pix de pessoas jurídicas, 95% estão regulares – aproximadamente 38 milhões. São quase 2 milhões de chaves com alguma irregularidade usadas por empresas. Entre os problemas encontrados pelo BC estão CNPJ sem validade, não cumprimento de obrigações legais, indícios de fraude e mais de dois anos sem apresentar demonstrativos ou declaração contábil, o que, na avaliação da autoridade monetária, configuraria uma situação que beira a fraude.

 

Qual é o prazo estipulado pelo BC para que as correções sejam feitas?

O BC não fixou um prazo para a correção dos problemas, mas as instituições financeiras podem ser punidas caso não sigam o regramento. Nessa etapa inicial, o BC vai aguardar um mês para a atuação das instituições financeiras. “Depois, a gente vai voltar a fazer esse trabalho de verificação de integridade para a gente poder atuar sobre os bancos que não fizerem aquilo que a gente determinar e aí eles ficam sujeitos à aplicação, inclusive, de penalidade, se eles não seguirem o que está previsto agora com essa nova norma na regulamentação do Banco Central”.

 

Uma chave suspensa pode voltar a ser usada?

Sim. Basta regularizar a situação cadastral e fazer um novo registro dessa chave naquela instituição.

 

A medida afeta a situação fiscal das empresas?

Não. No caso de empresas, uma eventual exclusão da chave Pix não tem relação com a situação fiscal do CNPJ. A suspensão cadastral de empresas não está relacionada à sua situação fiscal, mas sim a uma variedade de outros fatores. Isso inclui ordens judiciais de suspensão, inconsistências nos dados cadastrais, indícios de fraude, atividades temporariamente interrompidas, análise de interposição fraudulenta de sócios, irregularidades em operações de comércio exterior, CNPJs que de fato não existem e indeferimento do cadastro do CNPJ.

As novas regras vão cancelar chaves Pix em nome de MEIs?

Não. Os microempreendedores individuais (MEI) poderão continuar a usar as chaves Pix normalmente, a menos que haja fraude.

*Com informações da Agência Brasil

 

 Quarta-feira, 06 de março 2025 às 20:26


 

 

26 de fevereiro de 2024

O VERDADEIRO TAMANHO DE JAIR BOLSONARO


 

Um antigo debate, adormecido desde o impeachment de Dilma Rousseff, voltou à tona no domingo, 25: quantas pessoas estavam na avenida Paulista? Jair Bolsonaro convocou um ato para reagir à investigações que o acossam na Polícia Federal e no Supremo Tribunal Federal (STF), mais precisamente à que apura uma trama para golpe de Estado. O ex-presidente conseguiu a foto que queria, com a avenida preenchida em seu ponto mais disputado, mas um número divulgado pela Secretaria de Segurança de São Paulo ressuscitou a disputa sobre os números.

 


“Não tivemos ocorrências relevantes, mesmo com público de 750 mil pessoas na avenida e em todo o entorno. Parabéns PM e PC”, escreveu o secretário de Segurança Guilherme Derrite em seu perfil no X, ex-Twitter. Questionada sobre os números, a Polícia Militar (PM) informou à Folha de S.Paulo que não faz esse tipo de conta. Não faz desde os protestos pelo impeachment de Dilma, iniciados em 2015, exatamente para não dar margem às suspeitas que surgiram naquela época, de direcionar os números.

 

A dificuldade de medir esse tipo de evento público sempre deixará em aberto o número exato — e mesmo o aproximado — de manifestantes. Os responsáveis pela manifestação arriscaram o número de 2 milhões. Já o Monitor do Debate Político no Meio Digital da Universidade de São Paulo (USP) estimou 185 mil pessoas na avenida Paulista às 15h, horário marcado para o início do ato.

 

Metodologia

Os responsáveis pelo levantamento da USP o explicaram assim:

 

“Foram tiradas 43 fotos entre as 15:00 e as 17:00. Onze fotos foram selecionadas de forma a cobrir a extensão da manifestação na avenida Paulista, sem sobreposição. Cada uma das fotos foi repartida em 8 pedaços. Em cada parte, foi aplicada uma implementação do método Point to Point Network (P2PNet)1 que identifica cabeças e estima a quantidade de pessoas em uma imagem. As imagens, reconstituídas, são apresentadas abaixo. O método tem precisão de 72,9% e acurácia de 69,5% na identificação de cada indivíduo. Na contagem de público, o erro percentual absoluto médio é de 12% para mais ou para menos para imagens aéreas com mais de 500 pessoas”.

 

O secretário de Segurança de São Paulo não detalhou o método que teria embasado o cálculo do número que divulgou. Na época do impeachment de Dilma, instalou-se um debate sobre metodologia que, no fim das contas, tentava aferir a relevância da manifestação e seu consequente impacto político.

 

Bolsonarismo

Independentemente do número exato, a história registra hoje que aqueles movimentos de rua foram essenciais para a queda da petista. O que está em jogo atualmente, após o ato de domingo (25/02), é a sobrevivência política de Jair Bolsonaro e, mais do que isso, do bolsonarismo.

 

Assim como fez Lula quando encurralado pela Justiça, Bolsonaro apelou às massas. A mobilização em torno do petista não impediu que ele fosse preso, mas contribuiu para que ele fosse solto e voltasse ao Palácio do Planalto, numa reviravolta inimaginável no momento de sua prisão.

 

Já se sabe que a PF pretende usar as palavras proferidas pelo próprio ex-presidente contra ele na investigação sobre a trama golpista. Pode ser que, assim como Lula, Bolsonaro venha a ser preso. Mas a história recente do Brasil mostra que isso está longe de significar o fim de uma carreira política ou de um movimento.

 

Tamanhos

A última grande mobilização em torno de Lula reuniu 58,2 mil pessoas na avenida Paulista em outubro de 2022, para celebrar sua vitória na eleição, de acordo com o Monitor do Debate Político no Meio Digital da USP. As motivações para os movimentos são diferentes, mas é o parâmetro de comparação mais próximo possível no momento.

 

Mesmo analistas de esquerda reconhecem hoje a força de mobilização da direita, principalmente na comparação com a débil habilidade dos esquerdistas para animar as ruas. Sob esse ponto de vista, Bolsonaro é hoje maior do que o descondenado, mesmo sem ter conseguido reverter sua popularidade em votos o bastante para se reeleger.

 

“Estado de direito”

Esse é um fato independente do que querem ou fazem os dois, do que podem oferecer à República ou como podem prejudicar o país. E as implicações práticas desse cenário de forças dependem de uma série de fatores — o papel do Judiciário é o mais relevante no momento.

 

O que se constata depois de domingo(25/02), seja qual for o número exato de pessoas nas ruas, é que Bolsonaro segue como a maior força política de oposição, e talvez tenha se fortalecido nesse aspecto nos últimos meses, como a alegada vítima de um sistema viciado.

 

Quem até outro dia bradava contra o sistema eleitoral, pondo em dúvida as urnas eletrônicas, se reúne hoje para pedir respeito ao “Estado democrático de direito”. É possível, legítimo e até óbvio duvidar de seus motivos, mas o fato é que a conduta da cúpula do Justiça nacional semeou o terreno onde Bolsonaro pretende colher agora.

 

Justiça

O desmonte da Lava Jato — e a absolvição artificial de Lula e dos seus —, do qual participou e também se beneficiou Bolsonaro, contrasta hoje com uma caçada implacável, e por vezes atrapalhada, contra um grupo político que deu todos os motivos para se tornar alvo de investigação.

 

O bolsonarismo foi à lona depois dos atos de 8 de janeiro de 2023. Os apoiadores do ex-presidente passaram um ano inteiro sem condições de sair às ruas, sob o risco de prisão. A reação do STF ao vandalismo foi tão contundente que mudou o cenário político e lhes deu o discurso de vítima.

 

Irônica e tragicamente, quanto mais a Justiça pressiona Bolsonaro, mais fortalece seu movimento. O ato de domingo foi a manifestação física disso, com 200 mil, 700 mil ou dois milhões de pessoas.

 

*O Antagonista

Segunda-feira, 26 de fevereiro 2024 às 13:32