A Polícia Federal informou à Folha no sábado (16/11) que a fuga do
ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato (foto) aconteceu por Ponta
Porã (MS) para a cidade paraguaia Pedro Juan Caballero e, de lá, Assunção.
Como ele estava sem os dois passaportes (apreendidos pelo STF ano
passado) pode ter ido à embaixada da Itália em Assunção e obtido segunda via do
passaporte italiano. Basta dizer que havia perdido o dele.
Para atravessar esse ponto da fronteira não é necessário se identificar
--pode-se inclusive atravessar a pé. Não faltam ruas ligando as duas cidades.
A Interpol já disparou o que chamam de "difusão vermelha".
Equivale a máxima urgência para localização de foragido da Justiça brasileira.
Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão por
envolvimento no esquema do mensalão. Ele foi o único dos 12 condenados no caso
que tiveram prisão decretada que não se entregou.
COBERTURA
Amigo de Pizzolato, Alexandre Teixeira contou que "já há alguns
anos ele não tem condições financeiras de manter o apartamento sozinho".
Ele se referia à cobertura que fica no edifício número 46 da Rua
Domingos Ferreira, em Copacabana, zona sul do Rio. Pizzolato dividia as
despesas da residência com um casal de amigos, pais de uma criança.
Teixeira disse acreditar que Pizzolato deixou o Rio de Janeiro há cerca
de 45 dias, mesmo período citado por funcionários do condomínio da Domingos
Ferreira.
Duas vizinhas, que pediram anonimato, afirmaram que há cerca de três
meses não veem Henrique no edifício.
Muitos vizinhos de Pizzolato se mostravam surpresos ou incomodados com o
cerco da imprensa na entrada do prédio.
Em dia de sol forte e praia lotada na orla de Copacabana, banhistas que
passavam em frente ao prédio perguntavam a jornalistas se algum mensaleiro ali
morava, e se já havia sido preso.
Alguns transeuntes confundiram o advogado Marthius Lobato com o réu no
mensalão e o xingaram.
Fonte: Folha online
Domingo 17 de novembro 2013
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