O preço da cesta básica aumentou
em 15 das 18 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), segundo levantamento divulgado hoje
(7). As maiores altas foram registradas no Rio de Janeiro (5,86%), em Curitiba
(4,80%), em Porto Alegre (4,35%) e em Vitória (4,06%). Houve decréscimo apenas
em João Pessoa (2,06%), Manaus (1,23%) e no Recife (0,08%).
A capital gaúcha apresentou a cesta
mais cara, com R$ 324,87. Em seguida, aparece São Paulo (R$ 321,14), Vitória
(R$ 313,78) e Rio de Janeiro (R$ 312,90). Os menores valores médios foram
observados em Aracaju (R$ 222,55), João Pessoa (R$ 254,45) e Salvador (R$
256,78).
Com base no levantamento, o
Dieese estima que o salário mínimo pago em outubro deveria ser R$ 2.729,24, ou
seja, 4,03 vezes o mínimo em vigor (R$ 678). O valor é calculado considerando a
determinação constitucional de que o salário mínimo deve suprir as despesas de
um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação,
vestuário, higiene, transporte, lazer e Previdência.
No acumulado do ano, de janeiro a
outubro, somente duas cidades apresentaram queda na variação: Florianópolis
(-0,58%) e Goiânia (-0,27%). Salvador, por outro lado, registrou o maior
acréscimo nos últimos dez meses, com alta de 13,06%. As menores elevações foram
apuradas em Brasília e Fortaleza, ambas com variações de 2,96%.
Os produtos com elevação na
maioria das capitais foram carne, tomate, pão francês, leite e manteiga. O
preço da carne, item que tem maior peso na cesta, registrou aumento em 16
cidades, variando de 0,51%, em Brasília, a 6,55%, em Recife. De acordo com o
departamento, essa elevação, que ocorre desde setembro, é resultado do impacto
da entressafra, pois as más condições das pastagens no inverno reduzem a
quantidade de animais para abate.
A alta do tomate ocorreu em 15
das 18 capitais. No Rio de Janeiro, a elevação alcançou 52,2%. As menores
elevações foram observadas em Belém (0,33%) e Natal (0,64%). Os recuos foram
registrados em João Pessoa (6,11%), Campo Grande (3,47%) e Manaus (2,53%). No
caso do pão francês, as variações oscilaram entre 0,35%, em Vitória, e 4,44%,
em Salvador. A alta é justificada pela elevação do trigo, que tem apresentado
alta devido ao excesso de chuva nas lavouras do Rio Grande do Sul.
O feijão, por outro lado, foi o
único produto que mostrou redução em 15 localidades. As quedas mais expressivas
foram registradas em Aracaju (13,28%), São Paulo (11,48%) e Natal (0,95%). A redução, segundo o Dieese, é resultado da
terceira safra do grão que vem abastecendo o mercado e garantindo a redução dos
preços.
Camila Maciel- da Agência Brasil
Quinta-feira 07 de novembro 2013
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