"Não
houve vencedores e derrotados, ganhou o país", disse Renan,
presidente do Senado.
As
mesas do Senado e da Câmara dos Deputados promulgaram no início desta tarde (28/11),
em sessão solene conjunta, a emenda constitucional que acaba com o voto secreto
nas votações em processos de cassação de parlamentares e no exame dos vetos
presidenciais.
A
PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 43/2013, mais conhecida como PEC
do Voto Aberto, foi aprovada na terça-feira (26/11) no Senado. Seu texto-base
previa o voto aberto em todas as votações do Congresso e das assembleias
legislativas e das câmaras municipais.
Os
senadores alteraram o texto original para manter as votações secretas no caso
de escolha de autoridades e dos membros das mesas diretoras da Câmara e do
Senado.
O
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) conduziu a breve cerimônia, que
durou cerca de 10 minutos.
—
Não houve vencedores e derrotados, ganhou o país, com o aumento do controle
social e da transparência.
Presidente
da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) disse que “não há mais espaço na
política brasileira para o obscurantismo das decisões envergonhadas e
escondidas".
—
Quem quer realmente representar o nosso povo tem que se abrir a esta sociedade
mais alerta aos fatos políticos, que cobra melhores serviços públicos, mais
educação, mais cultura, e um meio ambiente mais saudável. Que cada um assuma as
suas posições legítimas e busque a cada eleição o reconhecimento popular.
Fatiamento
Os
debates no Senado revelaram opiniões divididas, e o fatiamento da proposta
ocorreu por meio de destaques ao texto apresentados pelo senador Romero Jucá
(PMDB-RR). De um lado, senadores em defesa do direito da população de saber
como votam seus parlamentares. De outro, argumentos a favor de que algumas
votações devem permanecer secretas para preservar a instituição do Senado
Federal.
Sobre
a polêmica, Renan Calheiros disse que o texto aprovado reflete o desejo da
maioria nas duas casas. Calheiros destacou ainda que o Brasil está mudando e
que as instituições precisam acompanhar as mudanças, sob pena de verem
comprometida a própria credibilidade.
Segundo
ele, “as leis precisam ser modificadas na qualidade e na velocidade em que a
sociedade pede”. O presidente do Congresso destacou ainda a aprovação pelo
Parlamento de outras propostas que vão ao encontro do anseio popular, como a
que torna corrupção crime hediondo e o que prevê ficha limpa para servidores
públicos.
Com
a promulgação, os deputados condenados na ação penal do mensalão, por exemplo,
já deverão ter a cassação analisada em votação aberta. Os deputados Valdemar
Costa Neto (PR-SP), João Paulo Cunha (PT-SP) e José Genoino (PT-SP), além de
Pedro Henry (PP-MT), foram condenados à prisão pelo STF (Supremo Tribunal
Federal) e perderam os direitos políticos.
Agências
Senado e Câmara
Quinta-feira,28 de novembro,2013
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