O ministro da Saúde, Alexandre
Padilha, afirmou nesta segunda-feira (4/11) que os médicos brasileiros formados
na Bolívia não poderão participar do programa Mais Médicos.
A Folha publicou ontem que o
governo do Acre, um dos principais exportadores de estudantes de medicina para
a Bolívia, propôs ao ministério que autorizasse a entrada de brasileiros
formados no país vizinho no programa sem a necessidade de revalidação de diploma.
Padilha usou o regulamento do
programa como justificativa para barrar esses profissionais, com ou sem
revalidação de diploma.
Atualmente, estão aptos a enviar
profissionais ao Brasil países com proporção igual ou superior a 1,8 médico por
mil habitantes. Caso que não é o registrado na Bolívia, que tem percentual de
1,2 médico por mil habitantes.
Uma segunda barreira do
regulamento é que os médicos do Mais Médicos têm de ter atuado em seus países
de origem, que não seria o caso de parte dos profissionais brasileiros formados
na Bolívia.
"Nós estamos implementando
ainda o programa que foi votado no Congresso. Por enquanto, vamos continuar
dentro do regulamento proposto inicialmente", disse Padilha, que
participou de evento no Rio, na manhã desta segunda-feira.
Recentemente, a secretaria de
Saúde do Acre fez um pré-cadastro com 700 potenciais participantes do Mais
Médicos, dos quais a maioria é formada na Bolívia.
Segundo reportagem da Folha,
levantamento indicou que, apenas no Acre, há 368 médicos formados no exterior
sem o Revalida, dos quais 98% estudaram na Bolívia.
Não há números oficiais sobre o
total de acreanos cursando medicina no país vizinho, mas o governo estadual
estima que chegue a 6.000.
REVALIDA
Padilha voltou a dizer que não vê
problema nos 48 médicos do programa que reprovaram na prova do Revalida.
Segundo ele, esses médicos não podem ser considerados de segunda linha.
O ministro lembrou que os médicos
do programa irão atender nos serviços mais básicos e o revalida contém questões
voltadas para quem irá atuar, por exemplo, em cirurgias e UTIs.
Nesta segunda-feira começa a
chegar ao país mais 3 mil médicos cubanos para o Mais Médicos. Eles passarão
por treinamento durante três semanas e depois atuarão em São Paulo, Distrito
Federal, Fortaleza, Belo Horizonte e Vitória.
Folha Online
Segunda-feira 04 de novembro 2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário