Na solenidade (com inegável
objetivo eleitoral) de lançamento do programa Mais Médicos, a presidente Dilma
Rousseff (candidata à reeleição) e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha
(candidato ao governo paulista), pediram desculpas ao “médico” cubano Juan Delgado.
Delgado é aquele que foi vaiado, com outros colegas, na chegada ao Brasil, mais
precisamente em Fortaleza, dia 26 de agosto passado. Desculpas mais que
necessárias, pois Juan Delgado é um homem isento de culpa, em todo esse
episódio de importação de profissionais da saúde. É mais que um inocente, é um
abnegado, e mais que isso, é uma vítima de um abjeto processo de trabalhos
forçados, que uma ditadura — a cubana — e um regime que só não é stalinista
porque não pode — o do governo petista — levam a cabo.
Delgado é um homem arrancado do seio da família, que lá fica como refém, enviado a um país que não conhece, e cuja língua não fala e apenas entende pela metade. Tem que trabalhar em condições precárias, com restrições de liberdade — sequer pode fazer amizades, e tem que limitar suas declarações a outras pessoas. Será permanentemente vigiado por policiais cubanos, que atuam ilegalmente onde há “médicos” vindos da ilha, alugados como animais de jugo pela ditadura castrista. Recebe uma ínfima parte de seu salário, quase todo confiscado pela ditadura cubana.
Delgado merece, sim, o pedido de desculpas, mas quem o fez é quem menos poderia fazê-lo, pois ele soa falso, na boca de quem é feitor nessa ação de moderna escravidão de que Delgado passou a ser um símbolo. Em vez de se desculpar, poderia a presidente pagar a ele seu salário integral, e não entregá-lo à ditadura militar cubana. Seria melhor para todos. E o Ministério Público do Trabalho, sempre tão pronto a descobrir trabalhadores “em regime similar ao da escravidão” nas fazendas brasileiras, faz que não vê, covardemente, essa exploração às claras, tão evidente, de servidão humana. De que tem medo?
Delgado é um homem arrancado do seio da família, que lá fica como refém, enviado a um país que não conhece, e cuja língua não fala e apenas entende pela metade. Tem que trabalhar em condições precárias, com restrições de liberdade — sequer pode fazer amizades, e tem que limitar suas declarações a outras pessoas. Será permanentemente vigiado por policiais cubanos, que atuam ilegalmente onde há “médicos” vindos da ilha, alugados como animais de jugo pela ditadura castrista. Recebe uma ínfima parte de seu salário, quase todo confiscado pela ditadura cubana.
Delgado merece, sim, o pedido de desculpas, mas quem o fez é quem menos poderia fazê-lo, pois ele soa falso, na boca de quem é feitor nessa ação de moderna escravidão de que Delgado passou a ser um símbolo. Em vez de se desculpar, poderia a presidente pagar a ele seu salário integral, e não entregá-lo à ditadura militar cubana. Seria melhor para todos. E o Ministério Público do Trabalho, sempre tão pronto a descobrir trabalhadores “em regime similar ao da escravidão” nas fazendas brasileiras, faz que não vê, covardemente, essa exploração às claras, tão evidente, de servidão humana. De que tem medo?
Por: Wilson Silvestre
Domingo 3 de novembro
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