A inflação para as famílias com
renda mensal de até 2,5 salários mínimos subiu mais que o dobro na passagem de
setembro para outubro deste ano. Os dados divulgados hoje (12/11) pela Fundação
Getulio Vargas (FGV) mostram que os alimentos foram os responsáveis pela alta,
pois os preços saíram de uma deflação de 0,16% para alta de 1,13%. O tomate
teve os preços reajustados em 21,32% em outubro, ante a deflação de 7,61% em
setembro.
De acordo com a FGV, o Índice de
Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) de outubro subiu 0,73%, ante a taxa de
0,16% registrada em setembro. Com esse resultado, o indicador acumula alta de
3,72% no ano e de 4,97% nos últimos 12 meses. Já o IPC-Br, que mede a inflação
para as famílias com renda mensal de até 33 salários mínimos, subiu 0,55% em
outubro e em 12 meses acumula alta de 5,36%, percentual acima da inflação
registrada para os consumidores de baixa renda.
Além dos alimentos, a alta do
IPC-C1, em outubro, foi influenciada pelo reajuste nos preços do aluguel
residencial, de 0,68% para 0,83%; botijão de gás, de 1,24% para 2,40%; artigos
de higiene e cuidado pessoal, de 0,37% para 1,05%; salas de espetáculo, de
-0,58% para 0,64%; alimentos para animais domésticos, de 0,18% para 1,52%; e
tarifa de telefone móvel, de -0,23% para 1,16%.
O grupo vestuário foi o que
apresentou a maior queda na taxa de outubro em relação a setembro, passando de
0,90% para 0,69%, sob a influência dos calçados, cuja taxa recuou de 0,95% para
0,2%. Ainda com preços em queda, na mesma base de comparação, aparecem a cebola
(de -13,42% para -16,98%) e o leite do tipo longa vida (de 0,77% para -1,25%).
Cristiane Ribeiro - da Agência Brasil
Terça-feira 12 de novembro 2013
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