Após
episódio com o banco Santander, partido atua para neutralizar análises da
consultoria Empiricus, que prevê "futuro sombrio" para a economia
brasileira caso a presidente Dilma se reeleja.
Na
última sexta-feira (25/7), toda a artilharia petista se armou contra o banco
Santander depois que um relatório enviado a clientes de alta renda previa mais
dificuldades para a economia brasileira se a presidente Dilma Rousseff se
reeleger. Temendo represália, o banco enviou nota ao mercado desculpando-se
pelo texto da equipe de análise e assegurando que medidas haviam sido tomadas
em relação aos responsáveis.
No mesmo dia, o partido silenciosamente
protocolou uma representação contra a consultoria de investimentos Empiricus
Research no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A justificativa foi a mesma que
a usada pelo presidente do PT, Rui Falcão, para recriminar o banco Santander na
sexta-feira: "terrorismo eleitoral". Ou, de forma mais sofisticada,
"fazer manifestações que interfiram na decisão de voto".
Segundo
a representação, a Empiricus estaria vinculada ao candidato tucano Aécio Neves,
à coligação Muda Brasil e ao Google numa campanha com o intuito de manchar a
imagem da presidente Dilma por meio de propaganda paga. A consultoria,
conhecida no mercado pela forma dinâmica e descomplicada com que produz suas
análises, anunciou alguns de seus textos por meio da ferramenta Google Ads. Ao
longo do último mês, permaneceram em evidência no Google os anúncios mais
clicados por leitores, que eram justamente os textos intitulados: Como se
proteger de Dilma e E se Aécio ganhar. O ministro Admar Gonzaga, do TSE, acatou
o pedido protocolado em nome de Dilma e concedeu liminar impedindo a Empiricus
de propagandear suas análises no Google.
O gigante da internet também foi alvo de
representação, assim como o candidato do PSDB e sua coligação. Em entrevista ao
site de VEJA, o autor dos textos, Felipe Miranda, afirmou que a medida não
intimidará seu trabalho. "O que já vínhamos falando aos nossos clientes
sobre a gestão do governo e a condução da política econômica só piorou com esse
cerceamento. Mas vamos continuar atuando da mesma forma. Não tenho rabo preso e
sou pago pelos meus clientes para falar o que penso", afirma.
Confira trechos da conversa. (Clic aqui)
Por: Ana Clara Costa
Segunda-feira, 28 de julho, 2014.
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