O deputado está preso na
Penitenciária da Papuda, em Brasília. Ele foi condenado no processo do
mensalão.
O deputado João Paulo Cunha, do
PT-SP, está preso na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Ele foi condenado no
processo do mensalão, teve a prisão decretada nesta terça-feira e se entregou.
A ordem de prisão foi assinada
pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, no meio da tarde.
João Paulo Cunha vai cumprir inicialmente pena de 6 anos e 4 meses de prisão,
em regime semiaberto, pelos crimes de corrupção passiva e peculato, cometidos
na época em que foi presidente da Câmara.
O supremo ainda vai analisar um
recurso de João Paulo Cunha contra a condenação por lavagem de dinheiro. Nesse
caso, o deputado teve quatro votos favoráveis à absolvição e tem direito aos
embargos infringentes. Se a condenação for mantida, a pena de João Paulo sobe
para 9 anos e 4 meses. E ele passa para o regime fechado.
A Câmara dos Deputados recebeu o
comunicado do Supremo sobre a decretação da prisão de João Paulo. Na semana que
vem vai discutir a situação do mandato do parlamentar. No começo da noite, João
Paulo Cunha divulgou uma carta aberta dizendo estar preparado para o legítimo
julgamento do Plenário da Câmara dos Deputados. Ele disse ainda que vai provar
que é inocente. A Polícia Federal informou que João Paulo Cunha se entregou no
Presídio da Papuda.
Nesta terça-feira, o PSDB
apresentou à Corregedoria da Câmara uma representação contra o vice-presidente
da casa, o deputado André Vargas, do PT-SP. Na segunda-feira, na abertura do
ano legislativo, e na presença de Joaquim Barbosa, Vargas levantou o braço com
o punho cerrado, o mesmo gesto que os ex-deputados José Dirceu e José Genoíno
fizeram, ao se entregar à polícia, no ano passado. Para o PSDB houve quebra de
decoro parlamentar.
Em nota, o deputado André Vargas
disse que o gesto feito na segunda-feira foi uma saudação aos companheiros que
estavam em Plenário. E que sempre respeitou as instituições públicas e o estado
democrático de direito.
Com a prisão de João Paulo Cunha,
só falta o presidente do Supremo decretar a prisão do delator do mensalão,
Roberto Jefferson - condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Jefferson pediu para cumprir a pena em casa devido a problemas de saúde, mas a
decisão ainda não foi tomada por Joaquim Barbosa.
Fonte: G1.
Terça-feira, 04 de fevereiro,
2014.
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