Autoridades são citadas em
contabilidade de ato organizado pelo grupo da militante Elisa Quadros, a
Sininho(foto), ligada aos Black Blocs do Rio de Janeiro
Uma planilha obtida pelo site de
VEJA revela, pela primeira vez, nomes de políticos e autoridades do Rio de
Janeiro que doaram dinheiro ao grupo Black Bloc, responsável por protagonizar
cenas de depredação e vandalismo em manifestações pelo país. A lista cita dois
vereadores do PSOL, um delegado de polícia e um juiz.
O repasse de dinheiro por
políticos e autoridades não configura ilegalidade. Porém, as doações são um
caminho para identificar o elo entre políticos e os mascarados que aparecem na
linha de frente quando os protestos degeneram em tumulto e confusão. Um dos mais
recentes chegou ao extremo de provocar a morte do cinegrafista Santiago
Andrade.
A contabilidade da planilha a que
VEJA.com teve acesso se refere a um ato realizado pelo grupo no dia 24 de
dezembro, batizado "Mais amor, menos capital". A manifestação – convocada
como um ato cultural – não terminou em vandalismo, como outras organizadas pelo
mesmo grupo. Mas a lista de doadores sugere ligações entre autoridades e
militantes. A tabela foi repassada por Elisa Quadros, conhecida como Sininho,
em um grupo fechado do Facebook.
Neste documento, aparecem os
nomes dos vereadores Jefferson Moura (PSOL) e Renato Cinco (PSOL), apontados
como doadores de 400 reais e 300 reais, respectivamente. O juiz João Damasceno
aparece como doador de 100 reais, e o delegado Orlando Zaccone, de 200 reais.
Damasceno é um antigo apoiador
das manifestações de rua. Ele chegou a gravar um vídeo em apoio aos protestos,
apesar da violência causada pelo grupo que se veste de preto e promove
depredações. O delegado Orlando Zaccone tem um perfil pouco convencional para
delegados, e é conhecido crítico da atuação da própria polícia.
Na planilha, além de Sininho,
outros nomes aparecem como arrecadadores: Paula, Rosi, Julinho e Pâmela. Também
há menções de colaborações do grupo cracker Anonymous, que divulga
manifestações na internet e invade sites.
Fonte: VEJA.
Quinta-feira, 13 de fevereiro,
2014.
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