Jonas Tadeu Nunes diz que Caio Souza recebe
'salário mínimo' para participar de manifestações e que aliciadores dão 150
reais por protesto aos 'mais pobres'. "Esses jovens são municiados",
afirmou
Depois
de afirmar que partidos políticos financiam a ação de integrantes do Black Bloc
nos protestos de rua no Rio de Janeiro, o advogado Jonas Tadeu Nunes, que
defende os dois acusados de matar o cinegrafista Santiago Andrade, disse que
jovens recebem pagamentos regulares para promover atos de vandalismo e ataques
à polícia. Em sua afirmação, Nunes diz que isso “não atenua” a situação dos
acusados.
Ele também assegura que entre os participantes das ações violentas há
“pessoas muito pobres”, que passaram a receber 150 reais por manifestação e que
são levadas em ônibus alugados para essa finalidade, numa espécie de
“bolsa-protesto”. Nunes também afirmou que Caio Silva e Souza recebia um
salário mínimo para atuar em protestos e, assim, ajudava a mãe, muito pobre, a
pagar o aluguel da casa em Nilópolis, na Baixada Fluminense.
O
advogado havia afirmado, em entrevista à rádio Jovem Pan, que jovens como Souza
recebem “mesada” para participar de protestos. Disse que são jovens revoltados,
com uma “certa ideologia” e que são “aliciados para participar de
manifestação”. Sem citar os partidos ou organizações que fomentam os protestos,
o advogado sugeriu investigar “vereadores e deputados”. E alegou estar em
“sigilo profissional” para não dar nomes e apontar instituições
De
acordo com o jornal O Globo,
Nunes também afirmou esta manhã que há um “esquema de pirâmide” para fazer os
pagamentos – sem dar mais detalhes. Assegurou que “ativistas” operam os
pagamentos e que os jovens cooptados sequer sabem a força dos explosivos.
É
claro que qualquer verniz de ingenuidade sobre Caio Silva e Souza e Rafael
Raposo Barbosa atende aos objetivos da defesa. O advogado, apesar de dizer que
os fatos por ele revelados não muda em nada a situação dos acusados, também
tenta convencer que Souza “não sabia que aquilo era um morteiro” e pensava
estar diante de uma “cabeça de nego”. Esta última afirmação não é razoável. As
bombas são bem diferentes e não é preciso ser especialista em armas ou fogos
para distingui-las.
"Esse
menino foi convocado, aliciado para participar de manifestações. Esses jovens
são remunerados para isso. Não estou eximindo ele de responsabilidade, mas
esses jovens são municiados", afirmou o advogado.
Fonte:
Veja online
Quarta-feira,
12 de fevereiro, 2014.
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