Presidente do STF reassumiu cargo
após férias e agenda internacional.
Ele tinha saído de férias sem
decretar prisão de condenado no mensalão.
O presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, decretou nesta terça-feira (4/02) a
prisão do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP).
O mandado de prisão foi assinado
no início desta tarde, segundo a assessoria de imprensa do STF. Ainda não há
informações sobre se a Polícia Federal (PF) já recebeu a ordem de prisão.
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Antes de Barbosa sair de férias
no começo de janeiro, decretou o fim do processo do mensalão para Cunha, mas
não expediu o mandado de prisão.
Barbosa reassumiu a presidência
do tribunal nesta segunda e, nesta terça, expediu o mandado.
Os ministros Cármen Lúcia e
Ricardo Lewandowski, que assumiram a presidência do tribunal provisoriamente
por conta da ausência de Joaquim Barbosa, não tomaram nenhuma decisão sobre o
caso. Durante a viagem, Barbosa chegou a criticar os colegas de tribunal por
não terem assinado a ordem de prisão do parlamentar, mas ninguém se envolveu na
polêmica.
Na Europa, Barbosa também
comentou uma entrevista dada por João Paulo Cunha, que criticou a atuação do
presidente do Supremo. O magistrado afirmou que não ficaria "de
conversinha com réu" e afirmou que, na opinião dele, a imprensa dá espaço
indevidamente a condenados e que eles deveriam permanecer no
"ostracismo".
A declaração gerou reações entre
petistas e, segundo o coordenador da área júridica do PT, Marco Aurélio
Carvalho, foi responsável pela arrecadação de R$ 1 milhão em doações para o
ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares pagar a multa imposta no julgamento do
processo do mensalão.
Além da definição sobre a
situação de João Paulo Cunha, o retorno de Joaquim Barbosa ao Supremo deve dar
fim ao impasse relacionado a outro réu, o ex-deputado Roberto Jefferson
(PTB-RJ).
Jefferson pediu o direito a
prisão domiciliar, e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, opinou
para que ele cumpra a pena na cadeia. Joaquim Barbosa, agora, terá de dar uma
decisão final.
Dos 25 condenados pelo STF no
julgamento do processo do mensalão, 19 estão em presídios, um em prisão
domiciliar (José Genoino), outro foragido (Henrique Pizzolato) e dois aguardam
julgamento de recursos (João Cláudio Genu e Breno Fischberg). Dos que já
poderiam estar presos, somente Cunha e Jefferson permanecem em liberdade.
Fonte: G1
Terça-feira,04 de fevereiro,
2014.
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