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2 de fevereiro de 2014

A IDADE DAS TREVAS




"A lei e a ordem são o primeiro pré-requisito da civilização e em grande parte do mundo elas parecem estar evaporando." A observação, feita há cerca de 20 anos pelo professor da Universidade Harvard Samuel P. Huntington, no clássico O Choque das Civilizações, mostra-se pertinente para uma avaliação do atual estado da humanidade.

A ideia ganha consistência quando se puxam para o cenário as manifestações turbulentas em várias cidades do mundo, na onda de conflitos entre grupos étnicos, gangues de jovens, turbas desfraldando a bandeira de um nacionalismo xenófobo, situações que forçam a expansão de partidos de extrema direita, principalmente na Europa. Ressentem-se todos das instituições políticas, que não conseguem dar vazão às demandas sociais, e brandem a arma do ódio contra o outro, o estrangeiro, o não europeu, notadamente a comunidade muçulmana. Há quem garanta, como o professor britânico Jamie Bartlett, pesquisador do Instituto Demos e principal autor de um estudo sobre os grupos radicais de extrema direita na Europa, que o continente vive um impasse: deixar de ser caixa de ressonância das liberdades para se transformar em bastião do autoritarismo, ancorado nos eixos do ultranacionalismo, da islamofobia e do antissemitismo, entre outros.

Um horror! Em seis anos de guerra foram assassinados 6 milhões de judeus - incluindo 1,5 milhão de crianças -, representando um terço da comunidade judaica da época. Foram massacrados também comunistas, ciganos, deficientes, homossexuais, testemunhas de Jeová, doentes psiquiátricos e sindicalistas.
Imaginar que por esse mundão afora haja fanáticos que ainda hoje aplaudem um dos maiores genocídios da História é apostar na hipótese de Samuel P. Huntington: nas esquinas do mundo desenha-se o paradigma do "puro caos".

GAUDÊNCIO TORQUATO - O Estado de S.Paulo

Domingo,02 de fevereiro, 2014.

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