A segunda Copa do Mundo realizada no país
ficará marcada pela pior derrota da história da seleção pentacampeã, massacrada
de forma inapelável no Mineirão
A decisão da primeira Copa do Mundo realizada no Brasil, no dia
16 de julho de 1950, no Maracanã, deixou de ser o episódio mais desastroso da
história centenária do futebol pentacampeão. Essa página foi escrita nesta
terça-feira, 8 de julho de 2014, no Mineirão, com a mais trágica derrota já
sofrida pela seleção. O segundo Mundial sediado no país terminará com a equipe
da casa tentando reunir forças para disputar apenas uma medalha de bronze, um
prêmio de consolação que ficará esquecido no extenso currículo de glórias da
equipe.
A finalíssima será
disputada pela Alemanha, que goleou o Brasil de forma arrasadora e
inquestionável, 7 a 1, numa tarde de pesadelo em Belo Horizonte. Depois de um
bom início, em que a equipe do técnico Luiz Felipe Scolari procurou compensar a
falta de Neymar com um jogo combativo e aguerrido, o Brasil desabou em questão
de minutos. Para espanto dos torcedores – que, depois de brigar por um lugar no
estádio na semifinal da Copa, acabaram amargando um longo sofrimento nas
arquibancadas –, o Brasil foi superado de forma inapelável e traumática, na
maior goleada já aplicada na equipe.
Se a seleção foi
empurrada pela torcida mesmo nos momentos difíceis de sua campanha na Copa –
como no empate sem gols com o México, a classificação nos pênaltis contra o
Chile e a vitória apertada contra a Colômbia –, a fidelidade do público não
resistiu ao massacre alemão. Os torcedores perderam a paciência, xingaram Fred,
vaiaram os erros dos demais integrantes da equipe e assistiram em silêncio ao
fim melancólico do jogo. Depois de quase quatro décadas sem perder uma partida
oficial em casa (o último revés havia acontecido no mesmo Mineirão, pela Copa
América, contra o Peru, em 1975), o Brasil fica pelo caminho, tendo mais um
compromisso neste Mundial: uma viagem a Brasília, onde decide o terceiro lugar,
no sábado, contra o perdedor da outra semifinal, entre Argentina e Holanda, na
quarta, em São Paulo. A Alemanha, agora recordista em número de finais
disputadas (oito, contra sete do Brasil), segue para o Rio de Janeiro, onde
espera concluir sua passagem devastadora pelo Brasil conquistando o
tetracampeonato mundial. (Giancarlo Lepiani, de Belo Horizonte)
Terça-feira, 08 de julho, 2014.
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