Há quatro anos, os candidatos informaram teto de 611,5
milhões de reais
Os onze candidatos à presidência
da República nas eleições deste ano fizeram previsão de gastar juntos até 916,7
milhões de reais em suas campanhas. O valor representa quase o dobro do
previsto em 2010, quando nove candidatos concorreram ao cargo. Na ocasião, o
máximo de gastos registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi 611,5
milhões de reais, dos quais 359,3 milhões foram realmente utilizados, segundo
prestação de contas fornecidas pelos comitês na época (em valores corrigidos
pela inflação segundo IPCA).
Entre os candidatos, a petista
Dilma Rousseff, que disputa a reeleição, registrou junto ao TSE o maior teto de
gastos para a disputa: 298 milhões de reais. Em 2010, quando venceu o
ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), Dilma gastou 170 milhões de
reais (222,8 milhões de reais, em valores corrigidos pelo IPCA), sendo 98%
arrecadados junto a empresas privadas.
Os segundo e terceiro maiores
orçamentos para a corrida pelo Palácio do Planalto são, respectivamente, do
senador tucano Aécio Neves (PSDB), que registrou teto de 290 milhões de reais,
e, bem atrás, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos que pretende gastar
até 150 milhões de reais. Em 2010, o então candidato tucano à presidência José
Serra gastou cerca de 120 milhões de reais (157,3 milhões de reais, em valores
corrigidos). A ex-senadora Marina Silva, atual vice de Eduardo Campos, que
disputou a presidência pelo PV há quatro anos, estimou gastar até 90 milhões de
reais.
Outros candidatos – Eduardo
Jorge, candidato à presidência da República pelo PV, informou limite de 90
milhões de reais. Pastor Everaldo, do PSC, prevê gastar no máximo 50 milhões de
reais em sua campanha. Eymael, do PSDC, e Levi Fidelix, do PRTB, registraram
teto de despesas de 25 milhões de reais e 12 milhões de reais, respectivamente.
A campanha da ex-deputada federal Luciana Genro (PSOL) tem teto de 900.000 reais;
a de Zé Maria (PSTU), 400.000 reais; a de Rui Costa Pimenta (PCO), 300.000
reais; e a de Mauro Iasi (PCB), 100.000 reais.
Multa – A obrigação de informar o
gasto total de campanha é prevista pela Justiça Eleitoral. Quem extrapolar esse
valor está sujeito a multa de cinco até dez vezes o valor em excesso. Por isso,
é comum que os comitês informem orçamentos acima do que realmente preveem
gastar na corrida eleitoral.
Declaração de bens - Os
principais candidatos à presidência da República tiveram aumento de patrimônio
nos últimos quatro anos. Segundo declaração de bens obrigatoriamente entregue à
Justiça Federal por quem deseja disputar um cargo eletivo, patrimônio de Aécio
aumentou 303,25% desde 2010, de 617.938,42 reais para 2.491.876,65 reais. Em
nota, o PSDB explicou que o patrimônio do tucano cresceu porque ele recebeu uma
herança de seu pai, Aécio Ferreira da Cunha, falecido em outubro de 2010, no
valor de 666.600 reais, referentes às 19.791 cotas da Perfil Agropecuária e
Florestal Ltda.
No mesmo período, a presidente da
República, o patrimônio de Dilma Rousseff cresceu 64%, de 1.066.347,47 reais
para 1.750.695,64 reais. Já o patrimônio de Eduardo Campo, do PSB, teve pequena
variação, passando de 520.626,04 reais em 2010, quando concorreu ao governo de
Pernambuco, para 546.799,40 reais. (Laryssa Borges)
Sábado, 05 de julho, 2014.
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