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11 de janeiro de 2016

OITO PREFEITOS QUE TÊM CHANCES DE REELEIÇÃO EM GOIÁS




Mesmo quando eficientes, os prefeitos goianos têm dificuldades para administrar os municípios. Faltam recursos para investimentos e mesmo para pagar funcionários e fornecedores. O resultado é que há uma quebradeira generalizada. Oito prefeitos têm condições de serem reeleitos. Embora não sejam líderes nas pesquisas de intenção de voto, alguns deles estão em fase de recuperação. Issy Quinan, do PP, é favorito disparado em Vianópolis. Faz uma administração considerada qualitativa até por seus adversários, tanto que não tem rivais consistentes para a disputa de 2 de outubro deste ano. Evandro Magal, do PP, é favoritíssimo em Caldas Novas. É consistente tanto política quanto eleitoralmente. Tende a ser reeleito com facilidade e conta com o apoio da deputada federal Magda Mofatto (PR) e do deputado estadual Marquinho do Privê (PSDB).

Judson Lourenço (PMDB), de Santa Helena, não pretende disputar a reeleição, porém, dada sua consistência política e administrativa, é um nome forte. Pode ser empurrado para a disputa.

Jardel Sebba (PSDB), de Catalão, enfrentou uma fase difícil, mas está se recuperando. Pode surpreender Adib Elias (PMDB). Com fama de violento — numa gravação, fala em matar o empresário César da PC —, Adib Elias pode ser superado pelo afável e civilizado Jardel Sebba.


Jânio Darrot (PSDB) pôs a casa em ordem em Trindade e deve ser reeleito. Quando assumiu, em 2013, descobriu que o prefeito anterior, Ricardo Fortunato (PMDB), havia deixando a prefeitura quebrada. Aos poucos, de maneira organizada, ajeitou as contas da prefeitura e, agora, sua gestão está deslanchando. Se for reeleito, terá condições de fazer uma gestão até revolucionária. É um político decente e um gestor sério e comprometido com a sociedade. A deputada Flávia Morais, do PDT, pode apoiá-lo? É possível. Se o fizer, será imbatível.

Misael Oliveira, de Senador Canedo, não lidera as pesquisas, mas pode ser reeleito. Há um dado curioso: o prefeito do PDT é mais bem avaliado como administrador do que como político. Resta-lhe estabelecer um marketing eficiente que acoplem as imagens do gestor e do político. Zélio Cândido (PSB) é teleguiado por Vanderlan Cardoso; não tem identidade. A história de Divino Lemes (PSD), embora relativamente esquecida, não é positiva no município.

Em Itumbiara, Chico Balla (PTB), se tiver o apoio do líder José Gomes da Rocha, pode comprar o terno para a segunda posse. Não se trata de um gestor criativo e de um político popular como Zé Gomes. Porém, com o apoio do ex-prefeito, é favoritíssimo. E, até agora, a oposição não apresentou um nome sólido.

O problema de João Gomes é mais o PT do que sua gestão. O prefeito de Anápolis faz uma administração bem avaliada e articula politicamente com habilidade — tanto que mantém relação positiva com o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB —, mas o fato de pertencer ao PT o prejudica. O que o favorece é sua imagem de empresário e de que não é um petista dos mais petistas.

(Jornal Opção online)

Segunda-feira, 11 de janeiro, 2016

POR QUE FOGO ANTECIPADO SOBRE JAQUES WAGNER



Calcula-se que em política não há coincidências, valendo prospectar porque, de duas semanas para cá, o couro vem cantando no lombo do chefe da Casa Civil, Jaques Wagner. Afinal, seus dois mandatos no governo na Bahia, sua escolha para primeiro-ministro da presidente Dilma e sua performance no palácio do Planalto vinham sendo saudados como dos raros aspectos louváveis do PT e do governo.

De repente, desaba a tempestade sobre o personagem, com suposições de sua participação em maracutaias eleitorais e até referências na Operação Lava Jato.

Há que atentar para a evidência de que tudo acontece depois de o Lula perder altura como obvio candidato natural do PT à sucessão de 2018. No PT, registrou-se muita ebulição, com o próprio ex-presidente reagindo à crise econômica e sugerindo propostas que a presidente Dilma ignora. Ainda mais depois de referências ao seu filho mais novo em atividades pouco claras. Apesar de continuarem se encontrando com periodicidade, antecessor e sucessora divergem cada vez mais, com Jaques Wagner chefiando a resistência de Madame, peça fundamental para a queda de Joaquim Levy do ministério da Fazenda. A bolha estourou quando, entre parte dos companheiros, o principal auxiliar começou a ter seu nome lembrado como alternativa para a indicação presidencial. Muitos entendem tratar-se de um sacrilégio, além de uma hipótese quase impossível o afastamento do Lula. Mesmo assim, incomoda. Eis a coincidência, em especial quando Wagner colocou em campo um exército de coelhos. De seu próprio partido foram disparados petardos, claro que também acionados de trincheiras variadas.  Existem ministros felizes com a blitz. Da mesma forma, gente no PMDB, para não falar das oposições.

Não tivesse o ex-governador sido mencionado como alternativa sucessória e não estaria sendo alvo antecipado.

OS RICOS E OS POBRES

O passado costuma sempre apontar o que devemos evitar, mais do que o que fazer. Há exceções, no entanto. Will Durant, na sua magistral “História da Civilização”, conta que nos séculos de Augusto a Marco Aurélio, na maioria das municipalidades da península, assembleias escolhiam os governantes, magistrados e demais autoridades. Só que eles se obrigavam a dar às cidades apreciável quantidade de dinheiro em troca do privilégio de servi-las. O costume determinava que fizessem donativos para o bem público. Os cargos não tinham remuneração, e além de obras públicas como estradas, pontes, aquedutos e bibliotecas, também teatros, jogos, templos, e banhos eram por conta da municipalidade. É claro que a aristocracia unia-se à oligarquia, em detrimento da imensa maioria de pobres, mas nunca o rico fez tanto pelo pobre, até fornecendo viveres grátis em tempos de carestia. Em retribuição as cidades votavam aos doadores estátuas e inscrições. Os pobres não se entusiasmavam muito, pois acusavam os ricos de haver enriquecido às custas deles e pediam menos edifícios belamente ornados e mais trigo em conta.

A diferença é de que dois mil anos depois dos romanos assistimos autoridades, magistrados e governantes não apenas muito bem remunerados, mas continuando a prática do enriquecimento às custas do conluio entre aristocratas e oligarcas. Só que o rico, agora, faz muito menos pelo pobre...

(Carlos Chagas)

Segunda-feira, 11 de janeiro, 2016

10 de janeiro de 2016

NEM PACOTINHO, NEM PACOTÃO




O Planalto resolveu adotar uma postura mais cautelosa em relação às medidas que a equipe do ministro Nelson Barbosa discute para fazer o país sair do fundo do poço. E isso não é uma má ideia.

Administrar expectativas é uma tarefa fundamental para o bom andamento da política econômica.

Veja o caso da inflação. Se o Banco Central não consegue fazer com que as pessoas acreditem que os preços estarão em patamar adequado no futuro, o efeito das ações tomadas no curto prazo para atingir esse objetivo acaba tendo pouco efeito e os indicadores seguem sua escalada.

Diante da baixíssima taxa de credibilidade que ainda tem na praça, o governo Dilma Rousseff parece ter entendido que é preciso avisar, de antemão, que desta vez não vai ter pacote, pacotinho ou pacotão.

As medidas terão figurino mais austero, em consonância com os tempos magros que vivemos por aqui. O lema é baixar a bola agora para evitar desilusões futuras.

Como resumiu o ministro Jaques Wagner, o país não está mais em condições de oferecer pacotes bombásticos ou tirar coelhos da cartola, apesar de muita gente no PT ainda acreditar que boas intenções são suficientes para gerar dinheiro no caixa.

Vale lembrar que delírio não é uma exclusividade petista. Alguns segmentos da iniciativa privada ainda sonham com uma esticada na festa do dinheiro público bom, barato e direcionado ao cofre dos amigos.

Apesar do surto de sensatez, a pauta de medidas que a presidente pretende tocar ao longo dos próximos meses conta com dois itens que, por si só, garantem muita encrenca.

O mais simples é nada menos do que o renascimento da CPMF, o odiado imposto do cheque. Mas a bomba mesmo é a reforma da Previdência, tema mais impopular do que a própria presidente petista, como mostrou recente pesquisa da CUT.

Não teremos pacotão até o Carnaval, mas o barulho está garantido.

 (Renato Andrade)

Domingo, 10 de janeiro, 2016