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17 de janeiro de 2016

MADAME ENDOIDOU




Com todo o respeito, Madame parece que endoidou quando, sexta-feira(15), a um grupo de jornalistas, declarou-se favorável ao aumento de impostos, inclusive a volta da CPMF, e reconheceu que no correr deste ano o número de desempregados passará dos 10 milhões.  Também confirmou que vai reformar a Previdência Social, aumentando a idade para as aposentadorias.

A presidente continua fornecendo más notícias. De reformas, só as amargas. Desse jeito, em vez de recuperar a popularidade, mais despencará. Depois, queixa-se de que a campanha do impeachment cresceu, em vez de ganhar as profundezas.


A gente fica pensando se Dilma assumiu de caso pensado a imagem do vetusto mestre-escola empenhado em assustar os alunos com a sombra da reprovação e da palmatória. Porque de alternativas para injetar otimismo na classe, ela dispõe. Mas faz questão de demonstrar o contrário.

Os dez milhões de desempregados são calculados por baixo. Na verdade, ultrapassam esse número.  A alta do custo de vida multiplica-se todos os meses, ao tempo em que se reduzem os investimentos. Esta semana os juros serão aumentados, para felicidade dos especuladores e dos banqueiros. Cresce o número dos envolvidos no lamaçal da corrupção, atingindo a cúpula da administração federal e transformando em frangalhos as bases político-partidárias do governo.

Parece inevitável a surra que levará o palácio do Planalto nas eleições municipais do próximo outubro. Os recursos do fundo partidário, mesmo elevados em 183%, não bastarão para impedir a derrota do PT e adjacências, fazendo prever a derrota nas eleições presidenciais de 2018, mesmo que o candidato venha a ser o Lula.

Em suma, enquanto não for apresentado um plano de recuperação nacional voltado para o crescimento econômico, nada feito. Obras públicas em massa financiadas pela aliança entre as empresas, os trabalhadores e o governo seriam um bom começo, mas a retração desses três fatores funciona como um sistema de vasos comunicantes: cada um puxa os demais para baixo.

Por essas e outras indaga-se outra vez: Madame endoidou? Perdeu a capacidade de dar a volta por cima? Está disposta a entregar-se? Mais uma entrevista dessas que tem concedido anunciando a falta de opções para o país sair do sufoco tornará evidente a ruptura definitiva entre a sociedade e seus representantes. Depois, será o que Deus quiser, e, pelo jeito, ELE já está querendo... 
       
(Carlos Chagas)

Domingo, 07 de janeiro, 2016

16 de janeiro de 2016

GANHA FORÇA O IMPEACHMENT




A partir dessa nova onda de delações premiadas há quem se preocupe com a sorte do governo, da presidente Dilma, do ex-presidente Lula e do PT. Só por milagre eles recuperam popularidade e prestígio, mas podem perder mais coisa. A começar pelas eleições deste ano e de 2018, entrando na equação o próprio poder. O impeachment de Madame já não está tão longe quanto há duas ou três semanas. O volume de acusações dessa nova safra de denúncias surpreende pelo envolvimento, a participação e a tolerância de gente antes considerada acima de qualquer suspeita.

Tome-se a entrega da BR Distribuidora ao ex-presidente Fernando Collor pela presidente Dilma. Foi ao vivo, em audiência palaciana. Não há como desmentir a “doação”, confirmada pelo próprio ex-presidente e por Madame.

Nem vale à pena ficar citando as delações personalizadas de Fernando Baiano, Cerveró e outros personagens. Mesmo que estejam ampliando acusações ou até mentindo em determinadas situações, prevalece a natureza das coisas. Políticos, empreiteiros e altos funcionários públicos tem sido condenados e presos por ação da Justiça. O país inteiro toma conhecimento de suas falcatruas e roubalheiras.

Reflexos e consequências surgem inevitáveis. Primeiro o desprezo dedicado pelo cidadão comum aos políticos, mesmo com uns poucos sendo injustiçados. Depois, a descrença nas instituições. Junte-se a falência dos governos, do federal aos estaduais e municipais, e se terá a receita da rejeição, pelo povo, de quantos um dia imaginaram representá-lo.

É preciso prestar atenção no retorno de deputados e senadores a Brasília, no final do mês. Trarão na bagagem o sentimento de repúdio colhido junto às suas bases, até inutilmente dispostos a demonstrar pertencerem a outro universo, mas sabendo da mesma origem. Parece provável que venham menos tolerantes com o festival de corrupção revelado cada dia em maiores detalhes. Traduzindo: o impeachment da presidenta Dilma ganhará força, senão bastante para destrona-la, pelo menos suficiente para intimidá-la. Cresce a certeza de que não adianta mais dar o dito pelo não dito e iniciar a ansiada recuperação nacional. Ninguém acreditaria. Nem eles.
(Carlos Chagas)
Sábado, 16 de janeiro, 2016

15 de janeiro de 2016

DILMA SANCIONA SEM VETOS ORÇAMENTO DE 2016




A presidente Dilma Rousseff sancionou, sem vetos, o Orçamento de 2016. O texto, que será publicado amanhã no Diário Oficial, destina 819 milhões de reais ao Fundo Partidário. A soma é 48 milhões de reais inferior ao montante previsto no Orçamento de 2015, mas muito superior aos 311 milhões de reais previstos na proposta original enviada ao Congresso. A justificativa para a manutenção do aumento decidido pelos parlamentares é que este será o primeiro ano eleitoral em que o financiamento privado de campanhas estará proibido.

O Orçamento aprovado no fim do ano pelo Congresso Nacional conta com a previsão de receita resultante do retorno da CPMF, pendente de aprovação pelo Congresso. O PSDB tentou, sem sucesso, aprovar em destaque a retirada da previsão de 10 bilhões de reais de arrecadação com o tributo, que o governo ainda espera aprovar, apesar da resistência de parlamentares à reedição do imposto.

O Orçamento aprovado de 2016 é de 2,488 trilhões de reais (654 bilhões de reais de reais para a rolagem da dívida pública) e já nasce defasado. Ele foi composto com a expectativa de queda de 1,9% do PIB em 2016 e inflação de 6,47%, enquanto o mercado financeiro, na última pesquisa Focus do Banco Central, previu retração de 2,99% e IPCA de 6,93% ao final do ano.

Para 2016, o Orçamento estima crescimento da massa salarial nominal em apenas 2,32%. O projeto aprovado prevê gastos totais com pessoal e encargos sociais de 287,5 bilhões de reais, correspondendo a incremento de 12,1% em relação à lei orçamentária para 2015, o equivalente a 31 bilhões de reais.

(Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)

Sexta-feira, 15 de janeiro, 2016