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26 de janeiro de 2016

O RISCO DA DERROTA OU SALTAR DE BANDA





O crime não é comprar um apartamento, mesmo de luxo, a preço incompatível com a renda do comprador. Crime é permitir que uma empreiteira envolvida em corrupção com dinheiro da Petrobras se encarregue das obras de reforma e complementação do imóvel, sem ônus para o proprietário. Fica evidente a relação entre a empresa e o beneficiário, em especial se ele foi presidente da República e favoreceu a outra parte flagrada pela Justiça praticando negócios ilícitos como superfaturamento de contratos, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, entre outros. Sobre o Lula pesa a acusação de ocultação de patrimônio.  É o que deve enfrentar, prestes a ser denunciado pelo Ministério Público de São Paulo. A empreiteira OAS assumiu a construção do empreendimento e entregou as chaves do imóvel ao ex-presidente da República sem que até agora ele tenha provado que pagou pelo serviço.

Cabe ao PT defender seu criador? Por questão de lealdade, não. Afinal, o partido nada tem a ver com as atividades privadas do Lula. As conferências que pronunciou, as viagens que fez ao exterior, financiadas por empresas cujos interesses defendeu junto a governos estrangeiros, incluem-se no rol das práticas contrárias à imagem que deveria preservar. A cada dia, como agora no caso do apartamento tríplex no Guarujá, surgem novas denúncias de malfeitos debitados à ação irresponsável do Lula.

A pergunta que se faz é se, condenado ou não em longos e arrastados processos na Justiça, ele terá o respaldo dos companheiros para candidatar-se à sucessão de Dilma Rousseff, em 2018. Tudo indica que se tiver vontade, será lançado, mas enfrentará profunda reação de seus adversários. Precisará defender-se em cada palanque ou debate a que compareça.  Correrá o risco de rejeição em suas próprias bases.

Será diante dessas dúvidas que o Lula decidirá. Claro que voltar a ser presidente constitui seu principal objetivo, mas disputar sem a certeza da vitória constituirá um risco.  Ainda mais frente a uma performance mais do que sofrível da sucessora, que precisará contestar caso eleito. Há quem recomende que salte de banda, mesmo sem perspectiva de ser substituído por outro companheiro.

Em suma, o ex-presidente não está premido pelos fatos. Há tempo para decidir-se. Mas entre correr o risco da derrota ou saltar de banda, sempre haverá o sonho de reviver tempos que possivelmente não voltam mais.

(Carlos Chagas- Diário do Poder)

Terça-feira, 26 de janeiro, 2016

 

25 de janeiro de 2016

DIVIDIDO ENTRE GOVERNO E OPOSIÇÃO, PTB PODE APOIAR CIRO EM 2018



O PTB sinalizou para um apoio à candidatura presidencial do ex-ministro e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, em 2018. A presidente nacional da legenda petebista deputada Cristiane Brasil (RJ), iniciou as conversas com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, para a formação de uma aliança. A informação foi repassada pelo próprio Lupi, na sexta-feira (22), pouco antes da reunião do Diretório Nacional.

O PTB, do ministro Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Armando Monteiro (PE), é grande aliado da presidente Dilma Rousseff (PT), mas Cristiane é uma das maiores críticas do Palácio do Planalto.

Curiosamente, nas eleições de 2014 a presidente do PTB chegou a ser presa, acusada de fazer campanha de boca de urna para o então candidato Aécio Neves (PSDB-MG).

Na Câmara Federal a bancada do PTB de pouco mais de 20 deputados e também é dividida entre aliados e críticos ao governo Dilma.

Por sua vez, o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, vem dando sinais de que não poupará críticas o PT, o PSDB e nem o principal o PMDB, principal aliado do governo.

(EBC)

Segunda-feira, 25 de janeiro, 2016


“REDUÇÃO DA CAMPANHA IMPEDE RENOVAÇÃO DO QUADRO POLÍTICO”



Dygo Crosara, advogado eleitoral

Falta pouco mais de oito meses para as eleições para prefeito e vereador em todo os municípios brasileiros. E desta vez, pra não fugir a regra, muita coisa mudou na Lei Eleitoral. Diferentemente de outros pleito, após a onda de protestos que varreu o país em 2013 e também em 2014, com fortes críticas aos políticos em geral, nesta eleição entra em vigor regras que tentam barrar o abuso do poder econômico, apontado como uma das principais causas da corrupção em nosso país.

Esta será a primeira eleição desde 1994 em que as empresas serão proibidas de fazer doações eleitorais para partidos ou candidatos, por serem consideradas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal. Com isso, as campanhas eleitorais deste ano devem ser financiadas exclusivamente por contribuições de pessoas físicas e pelos recursos do Fundo Partidário. Para os críticos da proibição às doações empresariais, a medida deve aumentar o risco de caixa 2 nas campanhas. Para os defensores da restrição, isso tende a baratear as campanhas e o candidato terá de conquistar votos mais pelo debate político que pelo marketing eleitoral.

A Lei Eleitoral agora também reduziu o tempo da propaganda obrigatória no rádio e na Tv. Serão 35 dias de exibição das inserções e programas, 10 a menos que nas disputas anteriores. O formato também mudou: serão dois blocos no rádio e na TV, mas com 10 minutos de duração, e não mais 30 minutos, isso para a eleição de prefeito. Isso significa que não haverá bloco de propaganda no rádio e TV para os candidatos a vereador, somente inserções ao longo das programações, as chamadas pílulas.

Para esclarecer alguns pontos das novas regras eleitorais, a Tribuna do Planalto falou com o advogado eleitoral Dyogo Crosara, o qual é crítico da redução do tempo de campanha. Para ele, o eleitor deve entrar mais em contato com os candidatos e, não, o contrário, para poder votar de forma consciente.

“O mandato eletivo é uma coisa muito séria para se resolver em apenas 45 dias. Isso apenas vai favorecer quem já é conhecido do eleitorado, impedindo a renovação do quadro de políticos e mantendo quem já está no poder”, diz, enfático.


(TP)

Segunda-feira, 25 de janeiro, 2016